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Robson Oliveira

A investigação denominada “presságio”, envolvendo a empresa de Rondônia Amazon Forte, terminou com reflexos em Porto Velho


A investigação denominada “presságio”, envolvendo a empresa de Rondônia Amazon Forte, terminou com reflexos em Porto Velho - Gente de Opinião

PREPOSTO 

A investigação denominada “presságio”, sobre um suposto esquema na coleta de lixo em Florianópolis envolvendo a empresa de Rondônia Amazon Forte, terminou com reflexos na capital em razão da busca e apreensão que a Justiça Federal autorizou. Como a empresa mantém contrato com a prefeitura de Porto Velho, o chefe da municipalidade emitiu nota explicando que as investigações em curso do contrato com a capital catarinense nada têm a ver com o firmado com o da capital rondoniense. O que é verdade. O que mais tem se comentado nos bastidores é uma suposta influência de um jovem parlamentar na administração da empresa investigada.  

SIMETRIA 

O problema nesses contratos, caso haja, é a simetria entre a forma contratual de ambos, ou seja, sem o devido processo legal amparado por uma licitação. No entanto, o prefeito Hildon Chaves, em nota à imprensa, revelou que a contratação precária da Amazon Forte pela prefeitura de Porto Velho se deu em razão de interferências administrativas e jurídicas do Tribunal de Contas no âmbito do processo licitatório da coleta seletiva do lixo. Situação que se arrasta por anos, mesmo a municipalidade sanando todas as eventuais irregularidades apontadas pelo TCE. 

PRESSÁGIO 

Como o próprio batismo do nome da operação policial é um prenúncio de algo que ainda está para acontecer, é possível que todo o material documental arrecadado nas buscas e apreensões revelem os tentáculos políticos envolvendo os contratos e suas tratativas. A coluna conversou em “off” com uma autoridade que conhece os bastidores e ouviu fatos que, na hipótese de comprovados, serão suficientes para causar em Rondônia o mesmo escândalo que a investigação causa nos agentes públicos e políticos na capital catarinense. E não é um bom presságio. A coluna ficará atenta aos desdobramentos das investigações. 

ERRATA 

Na coluna passada informamos que o ex-vereador de Ariquemes, Rafael Fera, é filiado ao PSD, mas ele continua com filiação ao Podemos, embora mantenha tratativas para ingressar no PSD caso o deputado federal do MDB, Thiago Flores, não se migre para a legenda. A opção do PSD é por Flores, mas não descarta a Fera. Erramos também ao informar que PSB e PT estariam federados. O PT está federado com PCdoB e os Verdes.  

EXTREMISTAS 

Vinícius Miguel, portanto, pode ser candidato a prefeito da capital pelo PSB independente de uma candidatura de Fátima Cleide pelo PT. O que seria eleitoralmente um péssimo negócio para os partidos de esquerda que, em Rondônia, enfrentam uma direita rancorosa, atrasada, ‘terraplanista’ e fortíssima eleitoralmente. 

ANIMADO 

Em conversa amistosa com a coluna o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) explicou que ainda não decidiu sobre candidatura a prefeito da capital. Mas adiantou que é uma possibilidade real caso o União Brasil (partido cujo governador Marcos Rocha é o maior expoente em Rondônia) assim desejar. Revelou também que mantém contatos com outras legendas do mesmo espectro ideológico para avaliar as probabilidades de uma eventual candidatura a prefeito de Porto Velho.  Após as consultas internas anunciará a decisão sobre a candidatura. 

CORAJOSO 

 Durante todo o papo Fernando Máximo demonstrou a este cabeça chata animação com a possibilidade de administrar Porto Velho. Disposição e desprendimento para enfrentar um candidato ungido pelo atual prefeito Hildon Chaves (PSDB), de acordo com o deputado federal, não lhes faltam. Embora reconheça que a administração do prefeito da capital está bem avaliada e no maior percentual desde que assumiu.  

HOMEM DO TEMPO 

O ex-policial e ex-dublê de jornalista, William Ferreira, preso há onze meses por participar dos atos terroristas de oito de janeiro, em Brasília, merece e deve ser julgado sob as garantias constitucionais que são de direito a todo brasileiro. A coluna também concorda que a prisão do indigitado não se sustenta do ponto de vista processual penal em razão do lapso temporal. Não cabe a este escriba analisar os fatos em si, visto que desconhece as investigações e as condutas que o “Homem do Tempo” cometeu uma vez que é um processo que corre em segredo de justiça.  

JURISPRUDÊNCIA 

Dito isto, visualizando os flashes de Wiliam Ferreira em suas mídias sociais um dia antes e no próprio dia oito de janeiro é fácil concluir que a apologia a tipos penais de abolição do estado democrático de direito, entre outros, eram costumeiros em suas transmissões. Independentemente de suas convicções extremistas, merece um julgamento justo e sem revanchismo. Que seja julgado na forma da lei e com as garantias que dela derivam.  A perpetuação da prisão provisória fere o que dispõe toda a jurisprudência. 

ESPAVENTO 

Não causará nenhuma surpresa caso ocorra nos próximos meses alguma decisão judicial que volte a afastar do cargo da municipalidade Isaú Fonseca. Depois de um ano afastado, o prefeito voltou às funções por formalidades meramente processuais, o que não significa absolvição sumária das suspeitas que lhe pesam sobre os primeiros anos de gestão. Em seu retorno causou o maior quiproquó ao exonerar todos os cargos nomeados pelos desafetos num só ato administrativo. Isso mexeu com os processos internos em andamento e refletiu nas ações governamentais que estavam programadas pelo antecessor. Isaú é um político polêmico, astucioso e audaz. São traços pessoais que redundam sempre em confusões.  Aguardem! 

DEFENESTRADO 

Inicialmente protegido do senador Valdir Raupp, depois adotado politicamente pelo senador Marcos Rogério o advogado rondoniense Efraim Cruz subiu de forma meteórica nos cargos políticos de altos escalões na mesma velocidade com que se esborrachou.  

INVESTIGADO 

Conselheiro da Agência Nacional de Energia (Aneel) por indicação de Raupp, reconduzido por apadrinhamento de Rogério, Efraim Cruz chegou à Secretaria Geral do Ministério das Energias no governo Lula pela habilidade de encantar com a lábia os senadores, o que o habilitou ao cobiçado cargo no Conselho Administrativo da Petrobras, onde os salários ultrapassam as cifras dos cem mil reais. Semana passada Cruz perdeu de uma só canetada todos os cargos públicos na administração sem uma explicação convincente. A única informação disponível é que responde a uma investigação por “supostos desvios éticos”, segundo o G1. Nada mais foi informado. Ele que não é bobo nem insolente saiu pela porta de trás sem dar um pio. Como diz o adágio: o bom cabrito não berra... 

INTERCEPT 

Segundo site Intercept Brasil, na delação feita pelo assassino confesso da Mariella, ex-policial militar Ronnie Lessa, foi o Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão mandante do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro. Os detalhes começam a ser divulgados e as motivações.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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