Terça-feira, 21 de maio de 2024 - 14h08
DECISÃO
Diferente do que
avaliam por aí, a pré-candidatura a prefeito da capital de Léo Moraes,
atualmente Diretor Geral do Detran, não está condicionada a qualquer aval do
governador Marcos Rocha, embora o apoio seria bem recebido pelo ex-deputado
federal. Léo está decidido a pedir demissão do Detran no próximo dia cinco de
junho, data fatal para ocupantes de cargos em autarquias. É uma decisão que vem
amadurecendo uma vez que nas sondagens informais sobre as probabilidades de
sucesso se mostram cada vez alvissareiras, depois da desistência do deputado
federal Fernando Máximo.
IMPREVISIBILIDADE
O ingresso de Léo
Moraes na disputa pela prefeitura da capital mexe com todos os cálculos que
vinham sendo feitos pelos partidos, especialmente os menores. Provoca também
impacto entre os entusiastas da pré-candidatura de Mariana Carvalho que terão
de rever as estratégias porque achavam que a eleição já estava no papo e
pousavam nas cercanias da prefeitura com ar vitorioso. Como não existe eleição
ganha antes da apuração, neste primeiro momento a entrada de Léo põe água
quente no chopp frio dos partidários da filha de Aparício de Carvalho. A
disputa começa a se desenhar acirradíssima e imprevisível.
GABOLAS
O grupo em torno do
prefeito Hildon Chaves (PSDB), que anda cantando vitória antecipada de Mariana
Carvalho, comete o mesmo erro de anos atrás quando Mauro Nazif e Léo Moraes não
contavam com o imponderável e foram surpreendidos com a eleição do próprio
Chaves. É coisa de amador acreditar que basta o apoio de um prefeito bem
avaliado para que o ungido seja obrigatoriamente o vencedor. É verdade que tal
apoio ajuda, mas não significa vitória por antecipação sem que as urnas
expressem a vontade soberana do eleitor. Voto e ouro, segundo o adágio, somente
após apuração. Mariana é uma candidata forte e viável, mas não é imbatível como
exaltam os bufões em seu entorno.
MÚSCULOS
Quem também vem ao
pleito bem escoltado é o professor Vinícius Miguel (PSB), principalmente com
músculos anabolizados na hipótese de confirmação da união entre os partidos de
centro-esquerda. Na última eleição municipal ficou fora do segundo turno por um
pouco mais de 1% dos votos válidos. Na época, caso estivesse coligado com o PT,
teria passado para o segundo turno contra Hildon Chaves. Pelo que a coluna tem
apurado a tendência nestas eleições são os petistas retirarem a pré-candidatura
de Fátima Cleide e coligarem com Vinícius.
PERFIL
Quem analisa pesquisa
com o mínimo de isenção não erra em concluir que os apoios anunciados pelo
ex-senador Ivo Cassol (PP) e pelo senador Jaime Bagatolli (PL) ao pré-candidato
a prefeito da capital pelo PP, Valdir Vargas, não são tão substanciosos quanto
veicularam na imprensa e redes sociais. Tal assertiva está fundada em duas
premissas: primeiro ligada aos números de rejeição do eleitor da capital aos
dois proeminentes do PP e PL e, segundo, também importante, é o próprio
pré-candidato que aparentemente não possui um perfil com as características de
alcaide incutidas no inconsciente coletivo exigido pelo eleitor.
PERORAÇÃO
O evento no PP que
indicou Valdir Vargas a pré-candidato na capital não revelou nada de novo na
política senão o retorno de Cassol ao cenário, sem o mesmo brilho e bajulação do
mundo da política quanto no passado. Os parlamentares que compareceram o fazem
em qualquer evento em que juntem pessoas para ouvir as mesmas perorações
extremadas que repete por onde passa e consegue público.
FERA
Rafael Fera (PSD),
pré-candidato a prefeito em Ariquemes, dependerá de uma decisão favorável no
Tribunal de Justiça e reverter uma polêmica cassação na Câmara dos Vereadores
para se garantir na disputa eleitoral. Não é uma tarefa fácil por razão
comportamental do ex-edil, que termina contaminando o processo. Polemista por
oportunismo e agressivo por natureza, Fera é um candidato difícil de ser domado
pelos adversários caso seja liberado judicialmente para registrar candidatura.
A família Redano fará o impossível para evitar que esta fera seja reabilitada,
embora o “bicho” esteja em plena campanha.
JIPA
Depois de dois
afastamentos judiciais das funções de prefeito de Ji-Paraná, com retornos
consecutivos, o prefeito Isaú Fonseca é candidato à reeleição mesmo sob
investigações de supostos malfeitos. Encalacrado nas denúncias é ainda um
candidato com fôlego para um segundo mandato. Seja Ji-Paraná, seja Candeias do
Jamari, seja Guajará-Mirim, os últimos prefeitos têm feito mais desgoverno do
que governar. Há uma percepção nos órgãos de controle que visa conter o ímpeto
desta turma, mas é um trabalho diário uma vez que esta turma não brinca em
‘serviço’.
RURALISMO
Invariavelmente todo
o mundo político estadual comparece na maior festa agropecuária da região
Norte, em Ji-Paraná. A Rondônia Rural Show é uma das maiores feiras do agro que
cruzou as fronteiras nacionais e internacionais. Criada durante o governo de
Confúcio Moura é um negócio que transcendeu as estruturas governamentais pelo
engajamento do setor privado. Uma oportunidade para os políticos oportunistas
faturarem em seus shows particulares.
RESERVAS
As operações
policiais devem voltar às reservas indígenas para conter a fúria predadora de
madeireiros, garimpeiros e pecuaristas que insistem em invadir áreas de
preservação sob a cumplicidade de vários setores rondonienses.
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