Terça-feira, 10 de outubro de 2023 - 16h21
BELINGERÂNCIA
Embora haja vários comentários nos meios
políticos sobre uma suposta desavença entre Hildon Chaves, prefeito da capital,
e o governador Marcos Rocha, em razão de uma postagem do prefeito nas
plataformas criticando a CAERD por esburacar ruas com asfalto novíssimo e
remendando de forma inadequada, não é verdadeira tal animosidade, segundo a
coluna apurou com o próprio prefeito.
REAÇÃO
Após
as críticas do prefeito à buraqueira causada nas ruas da capital pela Caerd, um
serviçal governamental também foi às mídias sociais para rebater as críticas de
Hildon Chaves. Em nome da Secretaria Estadual de Obras o servidor soltou o
verbo de forma grotesca contra o prefeito. Uma reação entendida nos meios
políticos como declaração de ruptura entre os dois governantes. Segundo Chaves,
tudo não passa de fofoca política e que a relação com Rocha é respeitosa.
Quanto à reação acerba do servidor o prefeito disse que não bate boca com
serviçal.
PPP
A
verdade é que no âmbito da Caerd, empresa estadual de saneamento e água potável
deficitária, há uma preocupação enorme com a possibilidade do prefeito da
capital firmar uma Parceria Público Privado (PPP) para o saneamento básico, o
que impactaria sensivelmente as finanças da companhia.
PRIVATIZAÇÃO
Esta
PPP está bem avançada e a prefeitura de Porto Velho pretende decretar a
caducidade do contrato com a Caerd nos próximos três meses, abrindo caminho
para a privatização do fornecimento da água e esgoto da capital.
MANOBRA
Caso
tudo ocorra no cronograma da prefeitura de Porto Velho, em três meses a Caerd
perderá a principal fonte de receita. Empresa hoje em estado de insolvência
devido a um precatório milionário recheado de dúvidas que inviabilizou
economicamente novos investimentos. A PPP, portanto, passou a ser uma alternativa
à insolvência, embora o sindicato tente ideologizar o problema numa manobra que
em outra época deu resultado, mas agora dificilmente vinga.
IRRESPONSÁVEL
É
impressionante o silêncio dos órgãos ambientais do estado, especialmente da
Secretaria de Meio Ambiente, com os impactos climáticos que levaram à maior
crise hídrica regional, provocando nível baixíssimo no Rio Madeira. Por razões
meramente políticas (política menor), a omissão dos órgãos governamentais sobre
o problema beira à irresponsabilidade, além de gestores sem a mínima noção de
sustentabilidade.
CRISE
A
crise hídrica que assola nossas bacias hidrográficas afeta toda a cadeia
produtiva, uma vez que impede a navegação, a pesca, o escoamento dos grãos e o
isolamento de comunidades ribeirinhas. O Governo de Rondônia, por omissão,
passa uma sensação de cumplicidade com os malfeitos ambientais.
ERRO
Por
mera barbeiragem processual, o senador Jaime Bagattoli conseguiu escapar da
Investigação Judicial Eleitoral que pugnava pela cassação do mandato. Mesmo com
provas de uma robustez relevante de cometimento de crime eleitoral, o senador
se safou ao arguir preliminares processualmente relevantes que o salvaram da
cassação. Neste caso um erro terminou justificando o outro. Razão pela qual os
juízes do Tribunal Regional Eleitoral foram obrigados a arquivar os autos por
força do erro processual da parte requerente.
CRIMES
Embora
no âmbito do TRE o senador tenha conseguido êxito, o relator do processo,
desembargador Miguel Mônico, vislumbrando crimes supostamente de lavagem de
capitais, entre outros, determinou o envio dos autos ao Ministério Público
Federal para avaliar se há elementos suficientes para denúncias de crimes em
outras esferas judiciais. Significa dizer que os problemas de Jaime Bagattoli
com a justiça ainda não estão totalmente encerrados. E como são fatos
anteriores à posse senatorial, sem a prerrogativa de foro, a tendência é que na
hipótese de uma nova denúncia a decisão ficará a cargo de um juiz
estadual.
INEXPUGNÁVEL
Inicialmente
é obrigação de qualquer cidadão repudiar firme atos violentos contra a
sociedade civil, idênticos aos ocorridos contra o povo judeu de Israel por um
grupo extremista denominado Hamas. Foi uma ação covarde e inadmissível, assim
como as reações desproporcionais do governo israelense na faixa de Gaza contra
civis inocentes e desarmados. Um ato violento não justiça uma reação ainda mais
violenta. O governo Israel tem ocupado territórios palestinos ao longo do tempo
com um exército altamente treinado e com um serviço secreto considerado de
excelência e até então implacável devido à alta tecnologia usada para antecipar
ataques. A sensação de território inexpugnável ruiu com o ataque inesperado e
planejado do Hamas, causando um número altíssimo de vítimas no próprio
território israelense. Ninguém vai vencer essa guerra, mas os dirigentes e
comandantes israelenses serão os perdedores e vão ser responsabilizados pela
agressão sofrida. Quando o conflito acabar, acabará junto o governo do
impopular e extremado Benjamin Netanyahu.
PRÊMIO
Os
editoriais publicados do site Rondônia Dinâmica têm se notabilizado pela
profundidade da abordagem dos temas. Não raro, essas abordagens têm agraciado
os redatores com prêmios de instituições estaduais, a exemplo do MP. O site já
venceu cinco disputas de melhores reportagens no MPE, e este ano é forte
candidato a vencer o sexto com a matéria “Ao obter as primeiras condenações
criminais, MP de Rondônia se destaca na vanguarda de resoluções de casos sobre
atos antidemocráticos após eleição 2022”. Na matéria, o redator esgrime o
vernáculo de forma investigativa ao rememorar os atos violentos de extremistas
que fizeram todo tipo de ameaças e agressões nos municípios do Cone Sul, o que
redundou em condenações criminais. Um texto primoroso merecedor do sexto
prêmio.
ANTENA
Nesta
terça-feira, 10, participei de um debate de rede estadual radiofônico do grupo
Antena Hits, de propriedade de Dirceu Fernandes. Com Fernandes abordamos
variados temas, em especial sobre sucessão municipal. O programa pode ser
acessado no youtube pelo link: https://www.youtube.com/live/cFC-4OXD0yk?si=0TKTTI1hb4qqjc2G.
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