Terça-feira, 30 de janeiro de 2024 - 15h02
AGASTADO
Por
todo o ano passado os extremados tentaram a qualquer custo acuar o senador
Confúcio Moura (MDB), especialmente nas plataformas digitais, por ele não
expressar publicamente (nem reservadamente) ódio ao governo de Luís Inácio da
Silva. Único político rondoniense com mais de dois neurônios em processo
efetivo de ebulição intelectual, Moura, embora conservador em várias matérias
de cunho ideológico, é um democrata convicto e tem experiência acumulada ao
longo do tempo em conviver com as mais diferentes posições políticas sem
expressar qualquer conduta de rancor ou discriminatória. Mesmo sendo tolerante
com posições diversas, anda agastado com alguns membros do MDB em razão de
posições políticas exacerbadas que somente realimentam a atual radicalização
ideológica e nada constroem para a pacificação política.
ATIVO
O
senador emedebista está bem ativo nos bastidores construindo pontes entre as
mais diversas lideranças municipais para reunir os diferentes numa proposta
comum que prime pela democracia, tolerância e desenvolvimento rondoniense.
Pelas movimentações nos bastidores, Confúcio Moura está longe de pegar o
pijama, deixar a política e cuidar apenas dos netinhos. Lúcido em intuir para
que lado o vento sopra, atua com maestria para reunir as forças de oposição
estadual de olho nas eleições rondonienses de 2026.
PAPO
No
final da semana passada, em Porto Velho, o senador Confúcio Moura teve um longo
papo com o professor universitário Vinícius Miguel e o incentivou a insistir
numa candidatura na capital para que novas lideranças possam continuar
renovando os quadros políticos de Rondônia e que contribuam com suas
experiências profissionais na melhoria da boa política. Vini ouviu a velha
raposa com atenção de um bom aluno, mas com a astúcia de um militante escolado.
LIDERANÇAS
As
novas lideranças que surgiram nos últimos anos em Rondônia revelam mudanças
substanciais nas eleições 26. Adailton Fúria (prefeito Cacoal), Hildon
Chaves (prefeito capital), João Gonçalves (prefeito de Jaru), Fernando Máximo
(deputado federal), Marcelo Cruz (presidente da ALE), são nomes que vão ser
decisivos nas eleições municipais e as estaduais. Confúcio Moura (senador) e
Ivo Cassol (deverá estar elegível) são nomes fortes do passado, ainda rijo no
presente que devem influir no futuro das eleições. É bom registrar que o atual
governador Marcos Rocha, apesar de se manter longe dos grupos partidários, de
sonso não tem nada e tende a também influir nos destinos políticos
rondonienses. Embora na próxima disputa (possivelmente Senado) Rocha não
poderá dispor da mesma estrutura de poder nem continuar repetindo apenas os
mesmos bordões que o catapultaram aos dois mandatos governamentais.
ARDILOSO
Não
havendo nenhuma pedra no meio do caminho (leia-se aí jurídico) o prefeito de
Cacoal, Adailton Fúria, é favoritíssimo para mais um mandato numa região
politicamente importante aos planos de todos os aspirantes para os cargos majoritários
de 2026. Além de bem avaliado para prefeitura este ano, é um político ardiloso
o suficiente para alçar voos maiores nas eleições estaduais de 26. Razão pela
qual o chamam de Fúria.
UNGIDO
Em
contato com a coluna o deputado federal Coronel Crisóstomo (PL) informou que é
o único pré-candidato a prefeito de Porto Velho genuinamente de direita, e que
será ungido pelo espectro do clã Bolsonaro. A coluna não sabe se o parlamentar
combinou com os “russos”.
DELAÇÃO
Surgiram
na mídia alguns comentários que o “Homem do tempo”, William Ferreira, estaria
propenso a dedurar a entourage golpista que teria financiado a ida de vândalos
rondonienses para depredarem os poderes em Brasília, naquele malfadado 8 de
janeiro. Caso estes comentários sejam verdadeiros, cai por terra a tese dos
apoiadores dos golpistas que alegavam inocência de William nos atos terroristas
na capital federal. Só há deleção de quem se reúne em bando para o cometimento
de crime. Aliás, este tem sido um instrumento (deduragem) bem usual entre os
extremistas da direita. A chibarrada berra apenas com alguns dias de sol
quadrado. Bem diferente da cabritada da esquerda.
TOC
TOC
A
peça publicitária sobre a visita de agentes comunitários do Governo Federal com
“toc, toc, toc” veiculada no mesmo dia que a Polícia Federal cumpriu decisão do
STF de busca e apreensão na casa do filho 03 de Bolsonaro, Carlos, é de péssima
qualidade e revela o ódio revanchista de setores do petismo, repetindo os
mesmos erros do governo Bolsonarista. Utilizar-se da máquina pública para
tripudiar dos desafetos não é correto, nem republicano. O estado é impessoal.
Não é a personificação de quem está momentaneamente respondendo pelo governo.
Ademais, espezinhar em decisão penal, mesmo contra o inimigo, não é coisa de
gente civilizada. Alguém tem que fazer um “toc, toc, toc” na cabeça dos
aloprados para lembrá-los que um dia este toque já soou em suas portas.
GRAMPO
Não
é nova a bisbilhotagem nas entranhas governamentais e nas relações privadas.
Mesmo sendo ilegal e imoral, a grampolândia com o uso indevido destas
engenhocas sob a justificativa de que os meios justificam os fins para
desvendamento de crimes é repulsiva. Merece ser combatida energicamente pelas
instituições, embora não raro elas (instituições) são desidiosas com essas
práticas. Apesar de governo novo, as práticas ilegais clandestinas continuam
velhas.
AUDITAGEM
Anos
atrás um entrevero entre um Secretário de Segurança Pública e o Ministério
Público expôs divergências do suposto uso indevido dessas engenhocas em
suspeitas de bisbilhotagem. Na mídia o assunto veio a público. No entanto, em
privado, nada que foi dito foi apurado. Ficou o dito por não dito e nenhuma
auditagem nas engenhocas seguiram em frente, embora sugerida na época.
GUAJARÁ
A
coluna está aguardando documentos suplementares para abordar sobre os fatos que
ensejaram o afastamento judicial da prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Bento, do
MDB. Na próxima coluna, após análise apurada dos fatos, faremos considerações à
situação que ainda não foram abordadas em todo o processo de afastamento.
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