Sábado, 3 de dezembro de 2022 - 08h55
GOLPISTAS
Cedo ou tarde era previsível que a insistência do
protesto dos antidemocratas no interior de Rondônia descambaria para a violência
como ocorreu anteontem em Cacoal com uma carreta atropelando um dos insurretos.
A violência de qualquer lado é reprovável e tem que ser reprimida pelos órgãos
de segurança estatais. No caso concreto a polícia agiu rápido e corretamente ao
prender o responsável pela imperícia. O que contrasta com a falta da mesma
agilidade na investigação dos tiros dados em vias públicas pelos criminosos que
insistem em obstruir rodovias pedindo que a lei eleitoral seja descumprida para
que o presidente democraticamente eleito não seja empossado. Os sinais entre
uma ação e outra revelam em tese que os golpistas podem cometer todas as
atrocidades e não são presos, diferente de quem se posiciona de forma
contrária, embora, repito, qualquer violência é reprovável. Seja da direita,
seja da esquerda.
TRANSPOSIÇÃO
Um dos aspectos mais controversos do processo da
transposição restou circunscrito no marco temporal, ou seja, saber exatamente
se a legislação alcançava os servidores admitidos até 15/03/1987 ou até
31/12/1991. São datas que não derivam de números cabalísticos, a primeira
corresponde a posse do primeiro governador eleito do estado de Rondônia e está
prevista na Emenda Constitucional aprovada. A segunda, marca o fim do período
pelo qual a União custeou a folha de pagamento dos servidores e decorre de uma
interpretação. Tese defendida inicialmente pelo professor da Unir Diego
Vasconcelos que foi o primeiro jurista a fazer a leitura extensiva da Emenda
Constitucional, embora contestada pela União.
TESE
A interpretação dada pelo professor sempre foi
refutada pela União que administrativamente recusava a transposição a partir
desse marco temporal de 91. No entanto, a primeira vara da justiça federal de
Rondônia reconheceu a tese manejada pelo jurista em nome de uma entidade
sindical. Já a segunda vara refutou. Em razão do impasse, o dissídio foi parar
no TRF1 que, no primeiro momento, também denegou os argumentos.
DECISÃO
Porém, a Primeira Turma do TRF1, pelo voto do
desembargador Eduardo Rocha, firmou posição unânime no sentido de garantir aos
delegados de polícia de Rondônia, admitidos em 91, o direito de transporem aos
quadros da União. Na decisão, ainda fixou uma boa indenização pelo pagamento
das diferenças salariais retroativas. Outras categorias, entretanto, não tiveram
a mesma sorte e seus julgamentos foram distintos.
ATENÇÃO
Caberia à bancada federal de Rondônia uma atenção
prioritária uma vez que pode significar uma efetiva redução da folha e uma
aposentadoria mais digna para os nossos servidores que ajudaram a construir
esse estado quando assumiram seus postos de trabalho no território federal e na
transição para a unidade federativa. Há uma dívida política com esses barnabés
que se esmeraram a edificar um estado bem estruturado e economicamente viável.
A tese do professor Diego Vasconcelos, após tantas interpretações, venceu a
burocracia estatal para reconhecer um direito de quem deu sua contribuição na
construção de Rondônia.
REPROVAÇÃO
A mesma justiça em que Sérgio Moro conseguiu
notabilização nacional com a operação lavajatista sendo duro ao extremo com
aqueles réus e, tempos depois, o julgou um magistrado imparcial, é
a mesma que hoje questiona firme a legalidade na prestação de contas de
campanha. A área técnica do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná pediu a
reprovação das contas do senador eleito por encontrar inconsistências nos
gastos partidários durante a pré-campanha de Sérgio Moro. Nas hipóteses das
contas reprovadas, o senador pode ser abatido da política mais cedo do que o
esperado.
INFERNO ASTRAL
Pode ser que a análise seja mais minuciosa do que
as contas de outros candidatos, não sei, ainda assim é justificável porque Moro
quando analisava os processos da lava jato era minucioso e extensivo na
conclusão razão pela qual trocou a toga pela cadeira senatorial. No caso, são
dois pesos com duas medidas exatas. Na política o inferno astral do ex-juiz
está apenas começando…
ENERGIA
A coluna tem se debruçado na questão ambiental e
energética estadual para um trabalho cujo teor é publicar uma pesquisa em
andamento. Com relação aos investimentos em energia houve uma transformação uma
vez que os rondonienses contam atualmente com um fornecimento bem mais seguro e
sem interrupções longas como ocorriam até 2018. Nesta época qualquer chuva que
caía, a luz era a primeira a se apagar. Os cortes no fornecimento eram constantes.
Regiões inteiras ficavam às escuras e o restabelecimento da energia era
demorado.
REALIDADE
Atualmente, mesmo com temporais torrenciais e
ventanias fortes, não há interrupções. A situação mudou devido aos
investimentos feitos pela Energisa de 2,5 bilhões na construção e modernização
da rede rondoniense. Os indicadores foram melhorando mês a mês e, em julho
deste ano, a empresa registrou quase cem por cento de disponibilidade de
energia ao estado, um feito inédito. Foi a melhor marca mensal da história de
Rondônia, segundo registro da Aneel.
MODERNIZAÇÃO
Foram construídas setenta e quatro subestações, o
que propiciou um aumento na capacidade energética do estado. Os investimentos
atenderam famílias que aguardavam mais de trinta anos pelo serviço, especialmente
na área rural. No segmento empresarial, o aumento da capacidade energética
contribuiu para a expansão de negócios que necessitam de uma boa energia para
ampliação dos lucros. Os empresários, assim como os consumidores mais humildes,
foram atendidos pelos investimentos da empresa que proporcionaram a todos uma
energia de qualidade e de fácil acesso. É a modernização da empresa dando sua
contribuição no desenvolvimento de Rondônia. Sem um bom parque energético não
há desenvolvimento.
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