Terça-feira, 21 de novembro de 2023 - 11h00
TRE
Já
está à disposição do Ministério Público Eleitoral há pelo menos 30
dias, para oferecimento das alegações finais, o processo que pode
levar à cassação do governador de Rondônia por abuso de poder econômico. Após a
manifestação ministerial o processo estará maduro para julgamento.
FATOS
Esta
coluna foi a primeira a denunciar os disparos em massa por WhatsApp feitos pela
campanha eleitoral de Marcos Rocha com mensagens na própria voz do governador
rememorando os feitos governamentais, o que caracteriza, em tese, campanha
ilegal.
ILEGALIDADE
Como
este cabeça-chata foi um dos destinatários dessas mensagens sem que o número do
celular constasse entre o rol da agenda eletrônica de Marcos Rocha, denunciamos
primeiro e questionamos onde a comitê eleitoral conseguiu o banco de dados dos
celulares que foram usados para a propaganda vedada. Além do uso indevido da
ferramenta de campanha, o acesso ao banco de dados com os números dos celulares
pode ferir outros dispositivos legais.
FALSEANDO
Instado
a explicar o uso indevido da plataforma digital na campanha eleitoral, o
candidato Marcos Rocha justificou que os disparos em massa tinham como objetivo
colher dados para uma suposta pesquisa, embora seu conteúdo revelasse com
exaltação as ações governamentais como obra unipessoal de Marcos Rocha. Apesar
da negação dos fatos, a verdade é que a mensagem continha propaganda vedada
pela legislação eleitoral com condão para levar à cassação da chapa liderada por
Rocha. Aguardando, tão somente, o retorno do MPF para ser pautado em
julgamento.
INMET
Com
o calor mais escaldante dos últimos cem anos, Rondônia entra em alerta a partir
da próxima semana para o perigo de chuvas intensas na maioria dos municípios,
segundo informação obtida junto ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
O índice pluviométrico de chuvas aguardadas pode também ser maior do que anos
anteriores e provocar alagamentos e deslizamentos, entre outros fenômenos.
CLIMA
As
mudanças climáticas registradas por organismos estatais e independentes apontam
para o aumento preocupante da temperatura com sensação térmica superior aos 45
graus, reflexos reais da ação predatória do homem sobre os recursos naturais. O
clima, com as suas consequências, é atualmente o maior desafio dos governos
para evitar que as temperaturas sejam contidas antes que o planeta
entre em caos.
ESTUPIDEZ
Apesar
de uma parcela de estúpidos negar que as mudanças climáticas sejam resultado da
ação humana e rechaçar ações que ajudem na preservação, os efeitos nocivos ao
meio ambiente estão aí com todas as suas mazelas, especialmente o calor,
levando inclusive a mortes.
DESPAUTÉRIO
A
questão climática é sem dúvida um desafio aos governos exigindo políticas
preservacionistas que incomodam os setores produtivos e asseclas. No entanto, é
preciso enfrentar o problema. E quanto aos estúpidos que acham o tema coisa de
desocupado, Albert Einstein profetizava: “Duas coisas são infinitas: o universo
e a estupidez humana. Mas, em relação ao Universo, ainda não tenho certeza
absoluta”. A frase sintetiza bem o despautério dos incrédulos sobre a questão
ambiental.
319
Uma,
entre tantas outras, das críticas que se faz sobre a recuperação asfáltica da
BR 319, que liga Porto Velho a Manaus, é exatamente o caminho que se abre para
a ação predatória humana dos recursos vegetais, hídricos e minerais que
margeiam a rodovia. Embora seu traçado exista há mais de trinta anos, como
alardeiam seus defensores, é preciso sopesar no presente todos os aspectos
econômicos e ambientais para avaliar melhor sua pavimentação, algo que no
passado não foi avaliado.
EMPULHAÇÃO
É
uma fraude intelectual dos defensores da pavimentação da BR 319 alegar que a
estrada é fundamental para o comércio entre Rondônia e Amazonas. Tal mentira
cai por terra quando se verifica que o transporte de cargas terrestre é muito
mais dispendioso do que o comércio de carga pelo modal fluvial. Necessário é
que nossas autoridades façam a manutenção dos canis fluviais com sinalização e
balizamento, além de obras de prevenção em tempos de seca. A empulhação de que
os ambientalistas criam obstáculos ao desenvolvimento regional é outra fraude
intelectual que não se sustenta.
VILIDADE
Os
impactos nocivos ao meio ambiente já são sentidos no dia a dia. A tendência é
piorar, caso não implementem políticas de contenção. A BR não é
fundamental quando se tem alternativas menos dispendiosas e mais amenas às
nossas riquezas naturais. O curioso é que os defensores da rodovia não fazem
uma única crítica aos predadores, mas atacam de forma vil os ambientalistas.
PONTE
Ninguém
de bom senso é contra a construção de uma ponte que liga uma cidade a outra.
Também não é contrário quando serve de integração ligando um país a outro. Dito
isto, a coluna compreende a construção da ponte binacional ligando
Guajará-Mirim a Guayaramerín, numa integração entre Brasil e Bolívia e,
portanto, não é avesso à obra em si. No entanto, diante das necessidades de
investimentos mais urgentes, os recursos destinados à construção dessa ponte
seriam melhor empregados na duplicação da BR 364 que, todos dos dias, ceiva
vidas de rondonienses. Ademais, a ponte facilitará a vida de traficantes e
ladrões de carros uma vez que o comércio entre os dois países não justifica os
recursos orçados para obra.
CASQUINHA
Ao
senso comum, a ponte binacional serve de campanha nas redes sociais para
políticos demagógicos que adoram criticar o governo federal por razões
ideológicas, mas se jactam em tirar uma casquinha com as ações por ele
financiadas em Rondônia. Portanto, a ponte facilitará o trânsito entre Brasil e
Bolívia, mas a duplicação da BR 364 salva vidas.
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