Terça-feira, 13 de setembro de 2022 - 13h26
INEFICIÊNCIA
Foi
divulgado ontem o ranking de competividade dos estados, levantamento anual
realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Tendências
Consultoria e a Seall.
Dos
dez pilares analisados pelo levantamento, Rondônia apresenta queda em seis
deles: Segurança Pública, Educação, Inovação, Eficiência da Máquina Pública,
Solidez Fiscal e Potencial de Mercado.
CAOS
A segurança hoje
é um dos calcanhares de Aquiles do governo de Rondônia uma vez que a queda em
relação aos dados anteriores foi de sete posições. Isto é confirmado pelas
estatísticas divulgadas pelo próprio executivo estadual quando anuncia
equivocadamente se regozijando de estatísticas do setor. A violência se
instalou no campo e na cidade, em especial nas áreas periféricas com os
tentáculos do PCC. A queda nestes índices revela um caos na política pública de
combate à violência.
PROMESSAS
Uma das promessas
do atual governador para a educação foi a melhoria da área com a construção de
colégios em tempo integral e a expansão dos militarizados. Em quatro anos, o
governador Marcos Rocha, candidato à reeleição, construiu
apenas uma única unidade escolar no estado, das quatrocentos existentes, ainda
assim não funciona em tempo integral. Quanto ao aumento do número de escolas
administradas aos moldes do Colégio Tiradentes, da capital, o funcionamento é
infinitamente menor do que prometeu na campanha eleitoral de 2018.
RETALIAÇÃO
O
Parlamento Europeu aprovou hoje (terça-feira), uma resolução estabelecendo
sanções comerciais aos produtos oriundos de regiões que sofrem devastação, a
exemplo da Amazônia. O Brasil vem sendo criticado pelo aumento do desmatamento
e esta retaliação afeta os estados produtores de grãos e proteína animal.
Rondônia é um deles, visto que a carne bovina e a soja são carro chefe da nossa
cadeia produtiva.
AGRO
Quem
visita o interior de Rondônia percebe o quanto o agronegócio se expandiu no
estado, produzindo riquezas. Há estudos que mostram que a mecanização com que
são produzidos os grãos, vinculados ao agro, não criam os postos de trabalho na
escala da sua grandeza em razão de toda tecnologia empregada no cultivo, mas
são extremamente importantes na balança comercial estadual.
ALVO
Medidas
restritivas agora impostas pela Comunidade Europeia aos produtos desta região
criam obstáculos para a exportação da nossa produção aos mercados consumidores,
uma vez que é na Amazônia Legal onde se concentram as principais críticas dos
europeus. A tendência é que tais medidas retaliativas aumentem cada vez
mais.
VEXAME
Causou
surpresa o péssimo desempenho do governador Marcos Rocha no último debate entre
os candidatos ocorrido na Rede TV, em Porto Velho. Além de não saber defender o
legado administrativo, usou uma cola na primeira manifestação para dizer por
qual motivo quer permanecer no cargo. Nervoso, inseguro e acuado, dominaram um
governante totalmente apático ao debate. Há quem defenda na assessoria que
Marcos Rocha vá apenas ao último debate, organizado pela filial da Globo. Assim
evitaria passar novo vexame.
DESEMPENHO
Os
candidatos de oposição Léo Moraes (Podemos) e Marcos Rogério (PL) conseguiram
melhor desempenho. O primeiro, seguro, firme e com propostas exequíveis e, o
segundo, aproveitando a confusão da mediação e do sorteio, obteve êxito ao
antagonizar com um governador atordoado e despreparado para o
embate.
AFUNILANDO
Eleição
em Rondônia é costumeiramente uma caixinha de surpresa e nem sempre quem larga
na frente é quem consegue vencer o pleito. Os exemplos são fartos e o próprio
governador é um deles. Há entre os palacianos os que tentam passar a versão de
que as eleições podem ser resolvidas no primeiro turno, uma lorota. Hoje o
número de indecisos é tão expressivo que é possível uma reviravolta inesperada
nesta reta final. E não será a primeira vez a ocorrer em Rondônia.
COMISSIONADOS
Com
três candidaturas competitivas ao governo de Rondônia é quase impossível as
eleições rondonienses serem resolvida no dia 2 de outubro. Exceto pela torcida
das pessoas que se prestam a ficar nas principais avenidas pedindo votos por
ocuparem cargos comissionados, numa temperatura que humilha qualquer ser
humano.
MÁQUINA
É
perceptível em tese o uso da máquina administrativa nas eleições. Em reservado,
as manobras anteriores e que são denunciadas a cada eleição pelo uso indevido
da máquina pública, continuam a desafiar os órgãos de controle. Alinhado a
isto, tem candidato bamburrando com a tulha cheia de grana do fundo eleitoral o
que tem desequilibrado a disputa com quem não conta com tanto financiamento. É
uma eleição onde a grana vai interferir no resultado. Haja máquina a favor dos
bacanas.
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