Terça-feira, 5 de março de 2024 - 14h31
ESCÁRNIO
Não
pegou de surpresa apenas a comunidade acadêmica da Universidade Federal de
Rondônia o falso diploma de doutora que a professora Viviane Ricciotti
apresentou no registro da candidatura para o cargo de vice-reitora da Unir.
Todos estão perplexos com o ato criminoso da mestre que, pelo honroso ofício
que labuta, deveria ser um exemplo profissional de ética e de denodo. A ousadia
de Ricciotti é um verdadeiro escárnio para a comunidade acadêmica e um acinte
às normas que regem a administração pública.
DESCONFIANÇA
A
professora nunca frequentou o curso, seja no mestrado, seja no doutorado,
embora tenha apresentado um diploma de doutoramento de 2010. O que intrigou a
direção da universidade é que, ao concluir o doutorado, o diplomado percebe um
acréscimo salarial mensal de quatro mil reais, o que não ocorreu. Esperou
quatorze anos para pedir a progressão, o que despertou desconfiança pelo tempo
das perdas salariais.
COMPROVAÇÃO
Em
comunicação enviada à Unir, a direção da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRS) apontou as incompatibilidades no suposto diploma de doutora da
professora da Unir, entre outros, consta como diretor do Instituto de Física o
nome de Rudinei Dias da Cunha – que não é docente daquele Instituto e
nunca foi diretor. Em 2009, data do diploma, o reitor da UFRS era o
professor Carlos Alexandre Neto, consta o do ex-reitor José Carlos Ferraz.
Ademais, a numeração do processo que consta no verso é inexistente. E no final
informa categoricamente que Viviane Barrozo da Silva Ricciotti nunca
cursou o Programa de Pós-Graduação na UFRS. Atestando que o diploma é falso.
DESGASTE
Mesmo
o episódio sendo um desgaste moral e acadêmico enorme para a única universidade
pública de Rondônia (UNIR), atualmente é um problema que ultrapassa os muros da
instituição e vai também ser objeto de apuração na esfera policial. É
importante registrar que tal ilegalidade, se confirmada, não deve ser
interpretada como regra na Unir. Foi uma exceção que deixa uma marca inexorável
numa academia já administrada por ex-reitores da melhor qualidade moral e
intelectual, a exemplo de José Dettoni, Osmar Siena, Ene Glória, Berenice
Tourinho e Ari Ott. A Unir não merecia tamanho escárnio.
TAPETE
Mesmo
sendo um deputado federal com a maior votação individual nas últimas eleições,
alcançando sozinho a quociente eleitoral pelo União Brasil, Fernando Máximo não
tem ainda a garantia da candidatura a prefeito da capital. Há nos bastidores
uma queda de braço na direção regional do partido para impedir a postulação de
Máximo, apesar das chances promissoras de vencer. Com a mudança na direção
nacional do União Brasil, os reflexos nos regionais foram imediatos e Máximo
perdeu espaço. Isto abriu a possibilidade de os dirigentes locais tentarem
puxar o tapete do deputado para que Mariana Carvalho ingresse na legenda e seja
ungida a candidata a prefeito. Num acordo, com lances de bastidores, ainda não
tão claros.
PLANO
B
Instado
por este cabeça chata a comentar a possibilidade de o União Brasil negar-lhe a
candidatura, o deputado federal Fernando Máximo não se fez de rogado e disse
que acompanha tudo com tranquilidade e que tem um plano B na hipótese da
negativa. Não adiantou, contudo, qual seja. Mas a coluna apurou que o
parlamentar mantém conversas com várias legendas, em particular com o PL.
PREOCUPAÇÃO
A
verdade é que Fernando Máximo surgiu na política como uma enorme surpresa
eleitoral e com uma votação jamais mensurada corretamente pelos institutos de
pesquisa, assustando os principais dirigentes partidários que, não raro, adoram
ser os protagonistas principais das eleições, mesmo não tendo a densidade
eleitoral dos próprios candidatos. A preocupação aumentou depois que perceberam
que é um candidato que corre por fora da influência da velha burocracia
partidária e contrasta com os vícios dessas castas que dominam as máquinas
partidárias.
PÉRIPLO
Quem
andou por Brasília em conversas reservadas com os dirigentes nacionais do PSB
foi o advogado Vinícius Miguel, provável candidato a prefeito de Porto Velho.
Nessas conversas, Vini recebeu as garantias partidárias para o projeto e foi
orientado a dialogar com os demais partidos para tentar viabilizar uma frente
que não seja apenas do espectro ideológico da esquerda. Caberia aí partidos
mais ao centro, inclusive mais à direita. Ficariam de fora os extremos.
ARMÍGERA
É
de gosto duvidoso a propaganda da prefeitura da capital com a ilustração de um
revólver apontado para a cabeça de uma pessoa como estratégia de marketing no
combate ao mosquito da Dengue, em outdoors espalhados na
cidade. A mensagem subliminar belicosa é bem diversa daquela pensada na peça
publicitária. É ruim em todos os aspectos, especialmente na estratégia. Aliás,
a criação peca também por falta de criatividade. É tão horrível que passa despercebida
pela maioria da população, não para mentes mais atentas e menos armígeras.
COINCIDÊNCIAS
O
que há de coincidências nas administrações municipais de Guajará-Mirim e
Ji-Paraná que tantos problemas causam aos órgão de controle? Em ambos, é
possível intuir qual futuro está reservado aos mandatários. A ver...
O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
PLO encontro promovido em Ji-Paraná pelo PL revelou mais no que não foi dito do que o que falaram em seus discursos os líderes da direita rondoniens
Deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador
PROJETOEm conversa com este cabeça chata, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador dependendo do cen
As eleições municipais rondonienses traçaram um novo cenário
TRANSIÇÃOAs equipes de transição foram indicadas pelo prefeito eleito Leo Moraes e pelo atual prefeito Hildon Chaves para que todos os dados sejam pr
Somente alguém muito ingênuo não previa pressão dos vereadores eleitos sobre o novo prefeito
TRANSIÇÃONão tem motivo para o prefeito Hildon Chaves não acolher o pedido do prefeito eleito Leo Moraes para adiantar a transição. Leo precisa de t