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Robson Oliveira

Lula não exagerou quando disse que o agronegócio na Amazônia é predatório


Lula não exagerou quando disse que o agronegócio na Amazônia é predatório  - Gente de Opinião

RESTRIÇÕES 

Já eram esperadas pela comunidade internacional as restrições que o Parlamento da União Europeia impôs aos produtos agrícolas e agropecuários de origem de países que descumprem as leis ambientais, a exemplo do Brasil. Assim que a nova regra for referendada pelos membros da UE esses produtos não mais serão comercializados com os mercados europeus.  

DESMANTELO 

O governo do presidente Jair Bolsonaro desmantelou todo o aparato estatal de fiscalização ambiental e permitiu que os crimes ambientais perpetrados por parte do agronegócio não fossem reprimidos conforme a legislação vigente. Além de permitir que o garimpo com a exploração mais predatória alcançasse índices alarmantes, especialmente na Amazônia.  

MERCÚRIO 

Quem não lembra no segundo turno das eleições autoridades rondonienses criticando vigorosamente a ação correta da Polícia Federal que culminou por atear fogo em dragas que estavam açorando o canal de navegação do Madeira. Ação amparada na mesma legislação estadual dos críticos de plantão com o objetivo de impedir o uso desregrado do mercúrio nesses garimpos que afetam de forma incontestável toda a rede pesqueira estadual e causa problemas sérios na saúde de quem consome a proteína. A humanidade pagou um preço alto pelo uso desse elemento químico que contaminou Minamata, no Japão, matando milhares de pessoas por envenenamento e contaminando outras dezenas de milhares que até hoje sofrem as consequências. Os garimpeiros de Rondônia não estão nem aí para o envenenamento das pessoas e querem o lucro fácil com a complacência dos políticos.  

AGRO 

Lula não exagerou quando disse que o agronegócio na Amazônia é predatório e não quer que os órgãos de fiscalização atuem firmes exigindo o cumprimento da legislação. É por esta razão, entre outras, que é o setor econômico mais engajado nos protestos contra a eleição do ex-presidente Lula e por defender uma ruptura constitucional com a implantação de um supostamente governo golpista e ilegítimo. Vem do agro o grosso dos recursos que mantêm os bobalhões em vigília antidemocrática na frente dos quartéis com gritos de incentivo à violência.  

ENGOLIR 

Quem não delira e conhece o mínimo de geopolítica mundial tem consciência de que não há espaço objetivo para um golpe contra um governo democraticamente recém-eleito. As instituições funcionam normalmente sem nenhum indicativo de sobressalto golpista, embora nestas instituições existam dezenas de golpistas rangendo os dentes por não poderem golpear a democracia como fizeram nos anos sessenta. Lula vai assumir a presidência sob o ódio silencioso de alguns, o barulho ensandecido dos sociopatas e para a felicidade de mais de sessenta milhões de eleitores que optaram por  votar nele. Os insurretos vão ter que engolir porque o homem assumirá e não haverá golpe.  A democracia agradece.  

FIRMEZA  

Pode ser que o ministro Alexandre de Moraes tenha exagerado aqui ou acolá em decisões durante as eleições que sejam controversas. Independente das polêmicas foi o principal guardião dos pilares que fundam o estado de direito ao não sucumbir às reiteradas tentativas de golpe que Bolsonaro tentou em vão durante a campanha eleitoral e que foram infrutíferas em razão da atuação firme e corajosa do ministro.  

XERIFE 

Não houve uma decisão tomada pelo ministro que os demais membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenham reformado no colegiado. E na formação do TSE o MPF e a OAB atuam com direito a voz, sendo que os representantes dos advogados votam igual a qualquer magistrado da corte. Xandão, como ficou conhecido, foi o xerife que assegurou a eleição livre e sem fraudes. Somente os bolsonaristas esbravejam histericamente o contrário.  

MENTECAPTOS 

Quem circula pelas imediações do campo da Brigada no centro da capital percebe que o ímpeto dos manifestantes antidemocráticos não é mais o mesmo e o movimento começa a minguar com alguns gatos pingados sob chuva e sol em barracas de lona no campo de futebol da brigada. Há um ou outro mais exaltado e nem assim suas vozes são ouvidas por quem eles verberam por uma suposta ajuda para um mentecapto golpe.  

REAÇÕES 

Alguns leitores da coluna enviam mensagens de desaprovação das linhas tortuosas que este cabeça-chata escreve sobre os protestos e o golpismo. O escriba compreende as reações, mas como profissional por quatro décadas sabe distinguir com melhor atenção a separação do joio do trigo. E por ter vivido intensamente como profissional a ditadura militar não tem como deixar de baixar o sarrafo em quem defende a reinstalação de uma nova ditadura. 

FATOS 

Por ser um velho jornalista democrata entendo as críticas de todos, mas ignoro aqueles que detratam porque para estes o problema é psiquiátrico e não merecem a minha singela atenção. Aos leitores inconformados, dedico um feliz Natal e muita saúde. Aos detratores, que Deus lhes conceda perdão por tudo e muita saúde. Lembro, no entanto, que minhas preferências eleitorais não isentam eventuais críticas ao governo a ser empossado no dia primeiro de janeiro. Da mesma forma que não isentou as sandices do atual governante. Cabe ao jornalista analisar os fatos, não reproduzir os atos sem questioná-los. Continuar lendo e criticando a coluna é o que importa para este cabeça-chata.  

ACIDENTES 

É preciso que as pessoas tomem consciência com o chamado “gato” feito à espreita para captar gratuitamente e clandestinamente energia elétrica. Têm causado vários acidentes por serem feitos em desconformidade com as normas técnicas. Algumas destas ligações ilegais têm provocado mortes, além de configurar ato vedado pela lei penal.  

REFLEXO 

Quando um consumidor furta a energia, o consumo não é registrado no medidor dele, contudo, os custos dessas ligações clandestinas são rateados entre os demais clientes, o que torna o “gato” uma injustiça para o consumidor honesto. A perda com o furto da energia reflete em prejuízos ao estado em mais de cem milhões de reais por ano devido à redução na arrecadação do ICMS, recurso que fará falta na educação, saúde e segurança estadual. Portanto, não é justo alguém pagar pelo crime do vizinho e a companhia de energia oferece um serviço para denúncias anônimas contra esse crime. Basta acionar o número 08006470120.  O tesouro estadual agradece, assim como o bom consumidor. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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