Terça-feira, 31 de janeiro de 2023 - 15h22
Correção
Em razão da última
coluna que atribuiu ao deputado federal eleito Fernando Máximo (UB) a
responsabilidade por convencer o prefeito de Vilhena, Fiore Cordeiro, pela
contratação de uma empresa privada para administrar e prestar assistência à
saúde municipal, Máximo ligou à este escriba para informar que não procede a
informação e que esteve na coletiva do prefeito durante o anúncio da decretação
de emergência na saúde daquele município para prestar apoio e se colocar à
disposição junto ao Governo Federal nos pleitos dos vilhenenses.
Correção II
Máximo também
esclareceu que a empresa contratada é paulista e não goiana como publicado. De
forma bastante educada o parlamentar apontou que tais inconsistências levam a
interpretações equivocadas do texto com ilação de que ele teria interesse no
convênio. Máximo explicou que não possui relação com ninguém da empresa, mas
fez questão de observar a expertise na área disponível no seu
portfólio.
CORREÇÃO III
Fizemos uma busca nas
redes sociais sobre a origem da Casa de Misericórdia de Chavantes e confirmamos
que se trata de uma empresa filantrópica paulista, razão pela qual a correção
apontada pelo deputado federal Fernando Máximo é obrigatória. Uma correção
necessária ao bom jornalismo. Quanto a convencer o prefeito em decretar a
emergência a coluna obteve junto a uma fonte privilegiada. O deputado nega que
tenha feito alguma gestão neste sentido.
CRÍTICAS
Esta é a primeira vez
que Máximo mantém contato com este cabeça-chata e a coluna e o fez de forma
respeitosa, apesar das críticas acerbas que dedicamos nos quatro anos ao
parlamentar quando respondeu pela Secretaria de Estado da Saúde. Nunca, em
tempo algum, Máximo questionou uma única crítica da coluna, nem mesmo as
críticas feitas à indumentária (gorro) usada por ele na
cabeça.
ILEGALIDADES
Quanto à suposta
vedação legal da prefeitura em repassar para uma empresa privada toda a gestão
e assistência dos serviços públicos de saúde, conforme convênio milionário de
55 milhões por seis meses de prestação dos respectivos serviços, Fernando
Máximo nada comentou. A conversa ficou circunscrita às inconsistências
(palavras dele) sobre sua presença em Vilhena no anúncio da contratação da
empresa. Fez questão também de observar que o alcaide é uma pessoa séria e bem
intencionada.
PREPOTÊNCIA
O extremismo no país
escalou todas as alturas possíveis na política com militantes policiando
qualquer cidadão que ouse discordar da insana orientação por eles professada.
Um caso bem típico dessa insanidade coletiva na política percebemos num vídeo
postado pelo deputado estreante Rodrigo Camargo (Republicanos) exigindo a
renúncia do senador Confúcio Moura (MDB) por anunciar voto em Rodrigo Pacheco
para a presidência do Senado Federal. Embora não seja membro do Senado Federal,
o noviço deputado rondoniense reverbera a horda bolsonarista na defesa do nome
de Rogério Marinho para substituir Pacheco. Razão pela qual destilou toda sua
prepotência contra Moura.
DIFERENÇAS
Qualquer rondoniense
isento sabe que Confúcio Moura tem uma trajetória política longeva, limpa e
vitoriosa. Foi mais de uma vez deputado federal, duas vezes prefeito, duas
vezes governador e agora senador, todos os cargos conquistados pelo MDB,
partido ao qual sempre manteve fidelidade. É um mestre experimentado e aprovado
na política e mantém a coerência partidária todas as vezes quando a legenda
fecha questão numa votação. Assim também na votação da presidência do senado ao
declarar voto ao rondoniense Rodrigo Pacheco. Em várias oportunidades a coluna
criticou Moura, mas reconhece que nos mandatos sempre manteve a coerência
partidária. Hoje não seria diferente.
PRECOCE
O debutante na
política, Rodrigo Camargo, é bem diferente de Moura na essência, experiência e
na longevidade política e estreia no primeiro mandato com cheiro de naftalina.
Alguém tem que avisar ao deputado delegado filiado ao Republicanos que a
trajetória do velho emedebista Confúcio Moura não permite renúncia,
especialmente provocada por alguém que debuta na política reverberando
prepotência e intolerância. Há exemplos de policiais que foram precoces
na política e passaram por cargos eletivos tão rapidamente quanto na que
estrearam.
PESOS
Outro membro do
Congresso Nacional que vem sendo alvo dos impropérios dos extremistas
bolsonaristas é o suplente (no exercício do cargo) de senador Samuel Araújo
(PSD) por declarar apoio a Rodrigo Pacheco (PSD). Araújo sabe o peso que é ser
patrulhado e, portanto, evita maiores exposições ao ignorar corretamente todas
as provocações. Sabe também que a votação interna das mesas do Congresso
Nacional é secreta e não desperta na maioria da população interesse, exceto nas
hordas extremistas já que na origem seguem um mundo paralelo desconectado da
realidade. Dificilmente Pacheco perde a disputa, apesar do mugido estridente da
horda.
MEDIDAS
O senador em
exercício não está nem aí com as pressões e reafirmou à coluna que vai votar em
Pacheco, que, aliás, é do mesmo partido. O policiamento a Pacheco por ser
apoiado pelos lulistas não é o mesmo feito a Lira, candidato à presidência da
Câmara Federal que, por sua vez, formou um bloco com o PT. Nem por isso sofre
oposição insana dos extremistas da direita. São dois pesos e duas medidas. A
disputa da presidência do Senado virou uma espécie fake de 3º turno entre os
bolsonaristas e lulistas. E na medida que os ‘bolsominions’ avançam
na agressividade, quem é da política, e não é bobo, se afasta dessa horda
insana.
VIOLÊNCIA
Os registros de
violência em Rondônia aumentaram neste início de ano e começam a tomar
proporções assustadoras. Ao que parece a ações repressivas são eficientes
apenas nos conflitos agrários, mas a repressão à violência urbana tem deixado a
desejar.
ACORDO
Na política não é
incomum a quebra de acordos assumidos durante a campanha por grupos políticos
até então distintos. No entanto, quando os interesses são comuns, especialmente
em segundo turno, os acordos são fechados. Alguns legítimos, outros nem tantos.
Mas a regra é que sejam respeitados. Na política palavra dada é palavra
cumprida senão quem a quebra rompe o que tem de mais respeitado numa pessoa que
é a palavra dada no fio do bigode.
BARBAS
A coluna apurou que alguns acordos assumidos pelos
coordenadores da campanha do governador no segundo turno não estão sendo
respeitados na forma pactuada. Isso tem irritado setores políticos relevantes
que colocaram as barbas de molho depois que a vitória ficou conhecida. Uma
vitória apertada que obteve sucesso depois que os articuladores da campanha da
reeleição ampliaram os apoios garantindo a vitória. Como diz o adágio: “Um fio de bigode vale mais do que qualquer contrato
escrito, palavra dada é palavra de honra, palavra de cavalheiro”
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