Terça-feira, 2 de abril de 2024 - 12h47
DATA FATAL
Sábado (6), é último
dia para que os prováveis candidatos a prefeitos se filiem aos partidos pelos
quais vão disputar as eleições municipais. Na capital, por exemplo, não está
sendo fácil para o deputado federal Fernando Máximo a indicação pelo União Brasil,
embora seja no momento o pré-candidato mais bem avaliado, o partido tem
sinalizado que vai apoiar Mariana Carvalho (Republicanos) e prepara uma grande
festa para a filiação.
MINADO
Máximo também
enfrenta outros óbices caso queira deixar o União Brasil e ingressar numa outra
legenda que garanta a candidatura. O primeiro obstáculo é deixar o atual
partido sem que seja penalizado com a perda do mandato de deputado federal por
infidelidade. O segundo, tão complicado quando o anterior, é conseguir um
partido com tempo de TV e Rádio disponível a resistir as investidas do grupo
que se formou em torno de Mariana Carvalho, liderado pelo atual prefeito Hildon
Chaves. Como podemos perceber o campo partidário está minado para uma eventual
candidatura a prefeito da capital de Fernando Máximo sem que aja reflexos
jurídicos e prejuízos políticos.
INANIÇÃO
Não é a primeira vez
que um político bom de votos é esmagado pelas máquinas partidárias cuja eleição
é aparentemente promissora. Na verdade, é uma briga aberta no mesmo espectro
ideológico que esteve unido nas eleições estaduais passadas, mas não permanece
junto por vários aspectos, entre eles, as eleições de 2026. Matar de inanição a
pré-candidatura do deputado federal mais votado nas últimas eleições, para se
aliar com uma pré-candidata derrotada por duas vezes a cargos majoritários, é a
velha e surrada tática de empurrar garganta a dentro os interesses
inconfessáveis dos burocratas que dominam as máquinas partidárias.
BARULHO
Embora haja uma boa
fiscalização dos órgãos de controle para conter o ímpeto de administradores que
transgridam as normas comezinhas da administração pública, ao que parece não
perceberam que os malfeitos são expostos pelos próprios portais de
transparência. Ao seguir uma pista oriunda da própria administração a coluna
apurou que breve teremos barulho de novas incursos dos órgãos de controle
contra malfeitos. Mês de março os alvos foram municípios, agora, em abril, a
tendência é subir a escalada para alvos mais específicos e vistosos. Aguardem o
barulho ensurdecedor que vem por aí. Já é possível ouvir a pulsação do relógio.
PREDADORES
Um projeto de lei que
tramita na Comissão de Minas e Energia vai provocar o maior bafafá entre
ambientalista e negacionistas. Pelo fica liberado o licenciamento ambiental de
garimpos em reservas extrativistas e parques nacionais – Unidades de
Conservação. O relator da matéria é o deputado federal rondoniense Coronel
Crisóstomo que sustenta que a lavra garimpeira é compatível com as
características das reservas, uma vez que a atividade a ser legalizada usa
técnica de baixo impacto ambiental e seria explorada pelas próprias
populações tradicionais que ocupam essas áreas. Já os contrário ao projeto,
alegam que é uma ação predatória de parlamentares que querem passar a boiada e
depredar as reservas e parques de conservação.
LOROTA
Os argumentos de que
as populações tradicionais vão ser as únicas a explorar o garimpo não passam de
lorota. Todos sabem que desde que o ouro passou a ser explorado, em todos os
locais onde uma bateia apurou o metal vil, estas localidades são tomadas por
levas de garimpeiros. E não tem quem consiga conter a corrida aurífera porque
onde a garimpagem vai, leva consigo todas as mazelas que a humanidade consegue
produzir. Portanto, é lorota sim os argumentos utilizados pelo parlamentar
rondoniense para abrir a porteira e deixar “o gado passar”. Garimpar em áreas
proteção é um absurdo que os negacionistas forçam a qualquer custo.
RETROCESSO
Com um Congresso
Nacional majoritariamente conservador os pequenos avanços que mantém nossas
unidades conservação e reservas extrativistas longe da ganancia do homem estão
correndo o risco de um retrocesso pela mudança da legislação, no momento em que
registramos as mudanças climáticas que produzem aumento da temperatura e, em
razão disto, provoca o aumento da temperatura e produzindo
desequilíbrios com os desastres naturais nunca antes vistos. Os reflexos
das mudanças climáticas não têm sido suficiente para sensibilizar os
parlamentares em recuarem na flexibilização das leis que protegem o Meio
Ambiente.
KAMIKAZEM
Nossos congressistas
sabem que tais impactos vão refletir na produção agrícola, visto que haverá
retaliações dos mercados internacionais. Contudo, insistem em revogar todo
conjunto normativo construído ao longo do tempo para que as áreas de
preservação sejam exploradas. E o fazem sabendo das restrições que nossos
produtos podem sofrerem nos mercados, especialmente europeu. Parecem Kamikazes
porque não há limites para estupidez.
MEME
Viralizou nas mídias
socais um vídeo com o governador Marcos Rocha inaugurando uma ponte sobre o Rio
Jamari, Região do Vale do Jamari, como se fosse a oitava maravilha da
engenharia mundial. O Vídeo que bombou traz uma imagem sobreposta da
ponte, no dia da inauguração, onde o governador percorre sua extensão
correndo e empunhando uma bandeira de Rondônia, sendo acompanhado por uma reca
de puxas-sacos do mundo políticos – a maioria com silhuetas acentuadas e se
esbaforindo para acompanha o coronel naquela pequena distância entre as
“cabeças” da ponte. A outra imagem que compõe o meme retrata a situação atual
da ponte, trinta dias após aquela corrida festiva, revelando rachaduras enormes
no asfalto e colando em perigo por quem nela trafega. Há inclusive uma fala
exagerada de um parlamentar profetizando que em cem anos ouviríamos a lembrança
de que aquela ponte era uma obra de Marcos Rocha. E não dá para esquecer que
toda aquela pirotécnica de inauguração viraria piada da engenharia civil.
Bastaram apenas algumas poucas chuvas, em menos de cinquenta dias, para
que a obra desmoronasse. É trágico assistir o erário escorrer pela sarjeta.
ARL
Os membros da
Academia Rondoniense de Letras elegeram o professor doutor Diego Vasconcelos
para dirigir a entidade pelos próximos três anos. Em seu primeiro ato na
presidência, Diego Vasconcelos anunciou que a principal meta é regulamentar
internamente a arcádia para a partir daí ser referência na produção literária e
cultural de Rondônia. Foi o nome que uniu a confraria e motivou os confrades que
já estavam ausentes da instituição. Compõem também a nova diretoria os
acadêmicos Zenia Cernov, William Havert, Heinz Jakobi, Abel Sidney, Lucineide
Monteiro, Delcio Pereira e Heverton Aguiar.
ERRATA
A operação que culminou com o afastamento do prefeito do município de
Ji-Paraná, realizada na semana passada, é fruto de uma investigação minuciosa
do Ministério Público estadual com apoio da Polícia Civil. Informamos
equivocadamente que teria sido da PF, apesar destas instituições realizarem
operações em sincronização. Erramos também quanto a participação do senador
Marcos Rogério (PL) no encontro com Bolsonaro na capital acreana. O senador não
compareceu porque estava no velório de um parente.
IMPUNIDADE
Todo o material apreendido na busca da operação em Ji e Guajará está
sendo analisado tecnicamente o que pode redundar em novos toc toc nas
residências e escritórios dos investigados. Como havia tempo que a turma do
malfeito não era incomodada, confundiram com impunidade, as operações voltaram.
Seja na esfera municipal, seja na estadual. A ver!
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