Terça-feira, 6 de junho de 2023 - 11h58
HEURO
O
Governo de Rondônia comemorou o acordo fechado com a Fundação Azute que apoiará
a Secretaria de Estado as Saúde na elaboração de estudos de viabilidade
técnica, econômica, jurídica e ambiental, na modalidade de concessão, destinado
ao Hospital de Emergências de Rondônia (HEURO), em Porto Velho. Caberá também à
Azute todo o apoio na modalidade de Parceria Público Privado (PPP). Entre
outras obrigações, a fundação dará consultoria
jurídico-institucional.
INIDÔNEA
O
que o Governo de Rondônia não informou, uma vez que minimizaria a comemoração,
é que o Tribunal de Contas da União, em acórdão 1363/2022, analisando parceria
entre a fundação e o Estado do Mato Grosso, a declarou inidônea por supostas
irregularidades. A coluna não conseguiu apurar se o acórdão citado foi
reformado por recursos, mas é um indicativo preocupante para que eventuais
erros não ocorram no contrato firmado com a fundação.
CURIOSIDADE
É
no mínimo curioso que todos os contratos de parceria público privado para o
Heuro estejam sendo firmados sem o aval do Conselho Estadual de Saúde, uma vez
que os recursos a serem despendidos para o funcionamento da nova unidade de
saúde sejam públicos. É uma obra importante e imprescindível para a população
rondoniense o que não afasta a responsabilidade dos agentes públicos envolvidos
nesse processo serem extremamente diligentes e rigorosos com as empresas
parceiras. Razão pela qual esse processo sem o controle social tem despertado a
curiosidade de todos.
RATOS
Um
vídeo publicado nas mídias sociais com ratos perambulando entre pacientes no
João Paulo II revela a situação catastrófica por que passa a principal unidade
de saúde de Porto Velho, que, aliás, recebe pacientes dos municípios do estado.
O HEURO é a esperança que todos aguardam para que a situação caótica mude,
embora haja cobranças para mais transparência nas contratações das inúmeras
empresas que visam tão somente a viabilidade das contratações dos estudos
técnicos para o funcionamento da unidade.
VILHENA
O
Tribunal de Contas do Estado, em parecer técnico, concluiu que a decretação de
emergência pública baixada pela Prefeitura de Vilhena para a contratação de um
empresa privada de assistência médica carece de maiores subsídios que permitam
uma aferição confiável da gravidade apontada como fundamento para a decretação.
O parecer foi em resposta os questionamentos formulados à corte pelo Coren-RO
que apontou supostas irregularidades na contratação da Santa Casa de
Misericórdia de Chavantinhos frente à gestão da saúde de Vilhena.
INCONSTITUCIONALIDADE
Já
virou rotina o STF declarar inconstitucional lei aprovada pelo Legislativo de
Rondônia que afeta as questões ambientais. Desta vez a Suprema Corte declarou a
inconstitucionalidade de lei do estado de Rondônia que proibia órgãos
ambientais e a Polícia Militar de destruir ou inutilizar bens particulares
apreendidos em operações que exploram ilegalmente áreas por lei protegidas. O
que percebemos é que algo está em desconexão entre o legislador estadual e a
assessoria da Casa responsável pela análise da constitucionalidade dos projetos
de leis. De rotina, começa a virar piada.
AMBIENTALISMO
Para
quem acreditava que o retrocesso legislativo ao derrotar o Governo Federal na
estruturação dos órgãos ambientais ligados ao Ministério do Meio Ambiente e dos
Povos Originários iriam acuar os governistas na pauta ambientalista viu, ontem,
que a pauta vai avançar após Lula assinar o Plano de Ação para Prevenção e
Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. O plano consiste em criar as
condições para a transição de um modelo de desenvolvimento sustentável para a
região. O desmatamento, alvo de críticas mundo afora, é a principal meta do
governo nessa pauta que pretende intensificar.
REALIDADE
Embora
setores minoritários do agronegócio insistam em avançar suas ações predatórias
em áreas de preservação ambiental, inclusive reservas indígenas, outra parte
que exporta grãos e proteína animal já começou a perceber que a realidade nos
mercados dos negócios agrícolas exige um maior compromissos das empresas com a
preservação e a adequação às regras internacionais sobre produtos oriundos da
região da Amazônia Legal.
CERCO
As
barreiras comerciais que estão sendo erguidas contra esses produtos sem origem
são o cerco que começa a se fechar contra os crimes ambientais. Na área aurífera,
um mercado altamente rentoso em razão do contrabando do ouro e diamante, a
polícia mapeia os grupos criminosos que atuam na região à margem da
lei.
MADEIRA
Há,
no município de Espigão do Oeste, suspeitas de que tais grupos criminosos atuam
sistematicamente na exploração do diamante extraído de uma reserva indígena. A
Madeira, de igual modo, também tem sido um produto comercializado ilegalmente
por maus empresários do município. A cada dia que passa mais dificuldades terão
para comercializar esses produtos de origem criminosa.
EXTREMA
No
município de Porto Velho, distrito de Extrema e adjacências, vários conflitos
foram registrados e que possuem origem em invasões de terras públicas. Os
invasores, pecuaristas e madeireiros, sempre conseguem apoio de políticos que
não possuem o mínimo de empatia com a preservação do meio ambiente. Aliás,
existem alguns que chegam a incentivar abertamente esta prática
ilegal.
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