Terça-feira, 2 de maio de 2023 - 15h46
MENTIRAS
Os extremistas de Rondônia continuam com a
mesma prática utilizada de forma abusiva na campanha eleitoral de
espalhar fake news contra quem defende o meio ambiente. Estado
onde o agronegócio e a pecuárias estão em expansão, qualquer política voltada à
preservação das nossas riquezas naturais é rechaçada com inverdades e
agressividade. Os embargos das terras protegidas por lei na região de Extrema,
por exemplo, determinados por decisão judicial, vêm sendo anunciados nos
conteúdos dos extremistas como ação direta do Ibama e do Governo Federal que
estariam confiscando os bois que estão nessas reservas. Não é verdade que o
Ibama tenha lançado à força essas reses. A função do órgãos é fiscalizar as
reservas e coibir invasões feitas ilegalmente.
CONFISCOS
A verdade é que aquelas áreas de proteção
ambiental do município de Porto Velho não podem ser invadidas. É ilegal e,
portanto, devem ser desocupadas mesmo que seja sob vara uma vez que os
invasores não demonstram que vão sair de forma voluntária. É uma empulhação
meramente demagógica a justificativa de que a área por estar antropizada,
ilegalmente, as autoridades deveriam arrumar uma brecha jurídica para que as
pessoas que lá estão exercendo as atividades pecuárias e agrícolas permaneçam.
Não podem as autoridades dispor de áreas públicas reconhecidas como de
preservação porque estariam abrindo um precedente criminoso que terminaria
refletindo em outras ocupadas igualmente fora da lei. Os bois deveriam ser
confiscados já que os proprietários insistem em mantê-los em área destinadas à
conservação e proteção como se fossem deles as propriedades.
IMPORTÂNCIA
Ninguém desconhece a importância econômica do
agronegócio para o estado e parte privilegiada da população estadual. É um
setor que produz e merece o apoio no fomento e nas estradas para que os
produtos agrícolas e a proteína animal de Rondônia sejam comercializadas nos
maiores mercados nacionais e internacionais. Ninguém com o juízo em perfeito
funcionamento é contra um setor tão vital para a economia do país, mas as leis
devem ser cumpridas e as áreas amazônicas destinadas à preservação não podem
continuar sendo invadidas sob qualquer pretexto politiqueiro. É imperioso
separar o joio do trigo uma vez que o agronegócio insiste em misturar o que é
público nas suas relações privadas. Ao meio ambiente o joio, uma vez que o
trigo, seja qual for a origem, é privativo deles.
RONDÔNIA RURAL SHOW
Ji-Paraná se organiza para a principal feira do
agronegócio da região norte do país. A Rondônia Rural Show é uma feira exitosa
com a exposição de equipamentos agrícolas de última geração, além de práticas
tecnológicas avançadas. A cada edição é batido o recorde de negócios, o que
atrai as maiores marcas de equipamentos e máquinas do mercado. Ainda bem que,
diferentemente da feira de Ribeirão Preto (SP), a de Rondônia, pelo menos por
enquanto, não misturou negócios com política.
FOMENTO
O setor agrícola precisa de linhas de créditos
de bancos públicos, com juros subsidiados, para que cada vez mais se
desenvolva. O Banco do Brasil é a instituição responsável pelo maior número de
negócios no setor do agro. Este ano, em Rondônia, não vai ser diferente. Caso
os organizadores do evento rondoniense cometam o erro de politizar o evento
como os paulistas, os prejudicados serão os negócios. Créditos em tempos de
juros altos somente são atraentes quando os governos subsidiam. Do contrário,
todos perdem.
CPI
Os governistas vão sofrer um desgaste
incomensurável quando a CPI dos movimentos sem terras começar a funcionar
porque o objetivo dessa apuração é criminalizar o MST e as organizações
ambientais com narrativas distorcidas, e o governo não percebeu ainda a
armadilha parlamentar que está se formando com esta CPI. Não duvidem que ao seu
término leis ambientais que produzem políticas afirmativas no setor sejam
revogadas com a edição de novas regras que abram a porteira da depredação,
tanto no setor agrícola e pecuária, quanto no aurífero.
LIBERDADE
Há também um movimento bem articulado nas redes
sociais contrário à legislação que põe regras civilizatórias no uso criminoso
das ferramentas na internet. Os extremistas, que em sua maioria são contra a
livre manifestação do pensamento de quem se manifesta de forma distinta,
reverberam contra a votação do PL das Fake News que vai esta
semana à votação sob a falsa justificativa de cerceamento à liberdade de
expressão. Logo essa turma que recentemente demonizou as artes, currículos
escolares e livros. Até na música tentaram reeditar a censura. Liberdade para
esses radicais é um conceito meramente maniqueísta.
PLATAFORMAS
Os congressistas vão colocar travas nas redes
que viraram um território livre para criminosos propagarem mentiras, violência,
pedofilia, entre outras condutas criminosas. A internet não pode ser um espaço
para o vale tudo com conteúdos criminosos. O que as plataformas tentam evitar é
a corresponsabilidade jurídica desses conteúdos criminosos, razão pela qual
lançam sobre o PL a falsa impressão de que a legislação é para inibir a
liberdade de expressão e reeditar a censura. Lorota.
CONVERTIDA
Mariana
Carvalho, ex-deputada federal, vai ser uma forte candidata a prefeita da
capital depois que se converteu ao extremismo de direita após dois mandatos no
Congresso Nacional se destacando como uma tucana social-democrata. Ao que
parece a conversão também alcançou a fé que professa uma vez que assumiu a
direção do Republicanos, partido sob influência dos bispos da Universal. “Em
política até boi voa”, como disse o conde Maurício de Nassau. Mariana está tão
convertida ao manequim no “Republicanos” que até as vestes mudaram
para um corte mais conservador.
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