Terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 - 17h20
AVALIAÇÃO
Os primeiros trinta
dias da administração de Léo Moraes podem ser considerados exitosos para quem
inicia o mandato em substituição ao seu principal opositor na capital.
Independente de quem goste ou não do prefeito, o slogan da campanha “nos braços
do povo” virou de fato uma marca da administração: Léo governa em sintonia com
a população e vai pessoalmente às ruas verificar as ações administrativas. A
avaliação neste início de mandato é positiva, o que exigirá do prefeito se
desdobrar para mantê-la em alta nos próximos quatro anos, além da colaboração
técnica do primeiro escalão.
EDUCAÇÃO
Com uma votação
expressiva no servidor público municipal da capital, Leo comprovou que cumpre
com o que fala e reuniu todos os trabalhadores de educação num encontro memorável.
São esses profissionais que mais sofrem por administrações que não dão o devido
valor a quem educa nossos filhos. O piso salarial, uma reivindicação antiga e
que consta em lei, sequer foi quitado por quem usou a categoria na eleição
prometendo a incorporação. Aliás, sindicalistas se prestaram na campanha em
poses fotográficas para registrar a mentira deslavada da falsa incorporação, o
que configurou, em tese, crime eleitoral. Caberá a Leo reparar a esparrela.
NEVRÁLGICO
Eleito com críticas
acerbas contra a pasta da Saúde, Léo Moraes foi obrigado a decretar estado de
emergência na área com o objetivo de minimizar o caos e priorizar a população
com um atendimento mais humanizado. É, sem dúvida, o serviço público mais
nevrálgico por inúmeros gargalos administrativos, entre eles a resistência de
alguns profissionais em que cumprir rigorosamente as horas estatuídas nos
contratos.
REAÇÃO
Há quem tenha
criticado a forma que o prefeito adota para intervir na saúde da capital sem
dialogar com outros atores do setor. Como o atendimento à população é da pior
qualidade pela falta de medicamentos, equipamentos e profissionais
habilitados, a situação exigiu uma ação enérgica. Foi o que ocorreu. O
curioso é que por oito anos não se ouvia a contundência de tais críticas quando
a área colapsou. A reação e o estrídulo foram considerados oportunistas e
desproporcionais, exatamente por quem deveria ter criticado nos últimos oito
anos, mas se manteve mudo e cego com a situação.
DESEMPENHO
A maioria dos
auxiliares do primeiro escalão da capital vem obtendo um desempenho bastante
satisfatório, principalmente aqueles com pouca experiência na vida pública. Com
a intervenção na saúde, espera-se que o titular Jaime Gazola consiga um
desempenho acima da média, embora atualmente ainda não disse para que veio.
Quem surpreende é o próprio irmão do prefeito, Paulo Moraes, que assumiu uma
pasta importante em substituição a um técnico qualificado e tem dado conta do
riscado com uma relativa desenvoltura.
DESENVOLTURA
Falando em
eficiência, quem também se revelou um administrador com uma boa desenvoltura
política é o vice-prefeito de Cacoal, Tony Pablo. Por trinta dias substituiu o
titular Adailton Fúria ( em razão de férias), imprimindo um ritmo de quem tem
intimidade com a política, embora nunca tenha assumido um cargo similar.
SUBSTITUTO
Quando indicado para
compor a chapa com Fúria, conforme a coluna na época registrou, a escolha de
Tony Pablo na chapa chegou a ser contestada entre partidários, mas bastaram
esses trinta dias na substituição do titular para o vice-prefeito empolgar os
cacoalenses incrédulos. Como Fúria é cogitado a ser candidato em 2026, Tony
começa a ser preparado para ser um substituto à altura de um prefeito bem
avaliado.
TRE
Com o retorno das
atividades judiciárias, as condenações no Tribunal Regional Eleitoral começam a
fisgar os políticos que insistiram em cometer crimes nas últimas eleições. A
expectativa é no julgamento da investigação na cota de gênero do Avante que, na
hipótese que seja comprovada, muda a formação da Câmara Municipal de Porto
Velho. O partido tem negado a acusação, embora esta investigação não seja a
única contra a agremiação. O Avante é presidido pelo ex-deputado cassado Jair
Montes que, em outras oportunidades, ligou para este cabeça chata para
registrar a irritação com a coluna e nos acusar de perseguição. O que não é
verdade, uma vez que a informação é um fato público.
CONTESTADO
Membros do Conselho
de Administração têm contestado a nomeação de Clébio Billiany de Mattos em
cargo na JUCER, reservado aos conselhos profissionais OAB-RO, CRA-RO, CREA-RO e
CORECON-RO. A crítica principal é que não houve convocação de uma plenária para
formação da lista tríplice e o membro indicado é ex-diretor do Sebrae, afastado
das funções por denúncias de cunho supostamente moral. O mimo
governamental é um prêmio a quem não preenche os requisitos que o cargo requer.
CRISE
Uma análise na crise
governamental criada pelo próprio governador Marcos Rocha e descrita
impecavelmente pelo jornalista Rubens Coutinho, do Tudorondonia, revela os
humores dos bastidores entre os principais protagonistas do Governo de
Rondônia. Assim como descrito, é uma crise com labaredas de fogo amigo e
sem a intromissão dos membros da oposição.
CRISE II
Não é algo simples
uma vez que tende a aumentar a temperatura caso a queimação frite o principal
colaborador de Marcos Rocha, Junior Gonçalves, e o mais longevo chefe da Casa
Civil. Rocha se deixou envenenar por vozes que aspiram aumentar a
influência interna na administração estadual e, portanto, cedeu a fofocas e
abriu um racha na equipe que os rondonienses assistem aturdidos para que não
contamine de vez as ações administrativas. É uma crise sem precedentes e sem um
final ainda possível de mensurar. Mas os sinais indicam céus carregados...
CRISE III
Quem acompanha os
bastidores da política estadual sabe que este racha entre o governador e o
vice, com o chefe da Casa Civil no meio, serve bem aos interesses da oposição e
aos órgãos de controle que assistem tudo de camarote. Exonerar o auxiliar chefe
da Casa Civil nessa confusão não é o maior problema. O dia seguinte é outro
papo. E com ele os personagens ocultos são conhecidos.
FURTO
As ligações de energia elétrica clandestinas são as principais
responsáveis por uma taxa mais acentuada uma vez que o que é furtado, por lei é
repassado a quem paga honestamente a conta. A Energisa tem combatido o furto e
registrou mais de 50 mil ligações irregulares no ano passado. Este ano (2025),
várias pessoas foram presas por ligações ilegais. O “gato” é crime tipificado
no Código Penal, com até quatro anos de prisão. Ademais, com o furto o estado
deixa de arrecadar cerca de 160 milhões anuais de impostos, que poderiam ser
destinados à saúde e educação.
POCAST
A coluna RESENHA POLÍTICA vai tomar sua versão nas mais diversas
plataformas digitais na primeira semana março, com entrevistas críticas e
descontraídas. O podcast apresentado por este cabeça-chata vai ao ar nas terças
e sextas, com duração de trinta minutos. Vamos falar sobre política, cultura,
religião, meio ambiente e justiça, entre outros. Uma abordagem diferente das
entrevistas sisudas, primando pelo humor e contundência.
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