Sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023 - 17h38
PLANO
Para evitar
que em Rondônia se repita contra a etnia Uru-Eu-Wau-Wau o massacre que ocorreu
com os Yanomamis, em Roraima, a Justiça Federal determinou que a União, Funai,
ICMBio e o Governo de Rondônia estabeleçam um plano de ação continuada de
proteção à terra dos índios rondonienses com prazo para ser implementado em
noventa dias. O território, que abrange 1,8 milhão de hectares, tem sido alvo
constante de invasões, grilagem, exploração ilegal de madeira e o desmatamento
para a expansão da pecuária.
INDOLÊNCIA
Há por parte
dos órgãos ambientais nacionais uma preocupação com a política estadual para o
meio ambiente uma vez que o próprio governador anunciou por meio de uma
gravação de WhatsApp, três anos atrás, que não iria reprimir madeireiros de
Espigão do Oeste que, na época, estariam supostamente retirando madeiras das
reservas indígenas. A indolência governamental também se repetiu em relação à
invasão de garimpeiros no leito do Rio Madeira, causando todo tipo de
degradação ambiental.
ALIADOS
Também
existe uma suposta promiscuidade entre autoridades políticas com garimpeiros,
madeireiros e pecuarista em terras vedadas por lei que culminou com uma
produção enorme de legislações estaduais favorecendo a expansão destas
atividades ilegais. Felizmente, todas as mudanças legislativas feitas nos dois
últimos biênios no parlamento estadual foram declaradas inconstitucionais pelo
Poder Judiciário.
ENVOLVIMENTO
Estes
setores que exploram as riquezas naturais da Amazônia brasileira insistem em
trabalhar de forma marginal e conseguem não raro como aliados de autoridades
políticas. Há quem suspeite que nesta exploração ilegal haja políticos
envolvidos. No entanto, a coluna não conseguiu a confirmação da participação
efetiva de nenhum dos agentes públicos na ativa envolvido diretamente com a
exploração ilegal das riquezas naturais, pelo menos por enquanto. Mas o
alinhamento é real.
ADVERTÊNCIA
Pelo menos
em três colunas pretéritas fizemos o prognóstico de que com a nova postura do
governo federal em combater os crimes ambientais, especialmente na Região
Norte, os governos estaduais, em sua maioria, relaxaram na fiscalização, na
autuação e na obrigação de proteger os nossos biomas o que culminou com a maior
degradação dos últimos anos. Advertimos que daqui para frente todas autoridades
estaduais e municipais teriam que se readequar à nova realidade nacional do
contrário podem sofrer intervenções.
BANCADA
Com uma bancada
federal majoritariamente antilulista os setores produtivos do agronegócio e os
madeireiros não terão a quem recorrer para fazer interlocução com os órgãos de
controles federais quando as ações de combate às ilegalidades ambientais
aumentarem. Pode ser que a saída para esses setores seja o senador Confúcio
Moura (MDB), único com uma visão realista sobre o futuro dessas atividades,
capaz de dialogar com os setores antagônicos e, atualmente, demonizados pelos
extremistas de Rondônia.
ASBESTO
Depois de
dezoito anos pendente de julgamento de embargos de declaração, o plenário do
STF baniu definitivamente, por sete votos a um, a exploração e o uso do amianto
no Brasil. O amianto era usado principalmente para fabricação de telhas e
caixas d’agua na construção civil. No país há vários registros de pessoas
contaminadas e que desenvolveram doenças graves em razão do contato com o
asbesto, que são sais minerais metamórficos altamente corrosivos e prejudiciais
à saúde humana.
EMBUSTE
Recentemente
um parlamentar de fraldas veio a público vociferar pela renúncia do senador
Confúcio somente porque discorda das suas posições. E é o mesmo que exigiu do
alto do púlpito da Assembleia Legislativa liberdade para terroristas que
puseram fogo em Brasília, depredaram o patrimônio público e pediam de forma
criminosa uma ruptura constitucional. O curioso que o parlamentar é policial de
carreira que em tese deveria ser o primeiro a defender a lei e o estado
democrático de direito. Mas embusteiros existem em todos os segmentos da
atividade humana.
DESASTRE
Pelo censo
escolar divulgado recentemente, a educação de Rondônia aparece entre as piores
posições. Bem abaixo da média nacional e atrás da maioria dos estados do norte.
É um desastre para uma população estudantil do ensino público que tem que se
esmerar de qualquer jeito para enfrentar de forma menos desigual concursos
públicos e exames vestibulares para as universidades públicas.
TAPEAÇÃO
Mesmo com um
volume enorme de asfaltamento de ruas e avenidas, a Secretaria de Obras do
Município de Porto Velho negligenciou com o recapeamento do bairro Aponiã ao
recuperar a malha das ruas paralelas e relegou a rua principal, por onde escoa
todo o trânsito.
IGNÓBIL
A rua
Ananias Ferreira de Andrade, principal artéria do bairro Aponiã, da capital,
continua sendo remendada com um serviço horroroso que desonra qualquer mestre
de obras. Imaginem um engenheiro. A tapeação, com certeza, é sem o conhecimento
do alcaide que, por sua vez, se regozija de realizar o maior programa de asfaltamento
já registrado na capital. Agora, por aqui, poderá tomar conhecimento daquele
trabalho ignóbil feito pela pasta que mais elogia.
LEBRE
A indicação
da deputada estadual Lebrinha para assumir a presidência da Comissão de
Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa é um escárnio à população.
Dois anos atrás, na condição de prefeita de São Francisco do Guaporé, a atual
deputada foi alvo de operação policial que culminou com seu afastamento do
cargo por supostos malfeitos, além de constrição da liberdade. É uma das
principais comissões do Legislativo, responsável pelo acompanhamento e
fiscalização do Executivo estadual na aplicação dos recursos.
FÁBULA
Há uma
fábula de Esopo de La Fontaine que narra a esperteza de uma lebre querendo
passar a perna numa tartaruga. Revelando seu ardil de esperta fez a
seguinte aposta com a tartaruga para ver quem corria mais rápido, mas no final
nem tudo saiu como planejado:
“A lebre, confiante em sua rapidez, acreditava que a vitória
seria mais vitoriosa se deixasse a tartaruga passar à frente, pegando vantagem
na corrida para então ultrapassá-la. Dessa maneira, ela poderia vencer
humilhando seu oponente, a tartaruga. E assim, executou seu plano. Como estava já muito na frente da
tartaruga, a lebre parou e decidiu descansar até a tartaruga a ultrapassar. O
plano era deixar a tartaruga ficar alguns metros a sua frente, para então sair
em disparada, ultrapassá-la, e vencer a corrida. Então a lebre se deitou ao
lado da pista, recostando-se na sombra de uma árvore, fez um lanche e sem
querer, caiu no sono.
Moral da
conversa: nem sempre o mais esperto, no final, sai vencedor. É aguardar atento
os bastidores para verificar se a indicação passará incólume do crivo da lei,
uma vez que a nossa Lebrinha está sendo bem monitorada.
O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
PLO encontro promovido em Ji-Paraná pelo PL revelou mais no que não foi dito do que o que falaram em seus discursos os líderes da direita rondoniens
Deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador
PROJETOEm conversa com este cabeça chata, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador dependendo do cen
As eleições municipais rondonienses traçaram um novo cenário
TRANSIÇÃOAs equipes de transição foram indicadas pelo prefeito eleito Leo Moraes e pelo atual prefeito Hildon Chaves para que todos os dados sejam pr
Somente alguém muito ingênuo não previa pressão dos vereadores eleitos sobre o novo prefeito
TRANSIÇÃONão tem motivo para o prefeito Hildon Chaves não acolher o pedido do prefeito eleito Leo Moraes para adiantar a transição. Leo precisa de t