O coordenador municipal de Turismo, Francilei Sousa, esteve reunido na última semana, com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Berto Bertagna, para além de estreitar o relacionamento entre as instituições, esclarecer sobre as demandas do município, considerando a importância do patrimônio histórico, com destaque para o complexo ferroviário da EFMM que é o principal marco da história da origem da cidade de Porto Velho e do Estado de Rondônia. Também participaram do encontro a diretora da divisão técnica do Iphan, Mônica Castro; o arquiteto do órgão Giovani Barcelos; Raphael Altomar da Fundação Cultural e os turismólogos Dárius Augustus e Gilceany Buriti.
Sobre o complexo da EFMM, Francilei explicou que a Semdestur, como gestora do espaço, elencou algumas ações urgentes no local que está em fase de restauração. “Existe a necessidade de modificação na estrutura das edificações, é preciso climatizar o Centro de Atendimento ao Turista; consertar as instalações do banheiro do complexo, que sofreu danos com o desbarrancamento do Rio Madeira causado pelo banzeiro das águas”, exemplificou o coordenador.
Raphael Altomar mencionou que é preciso definir tecnicamente um modelo mais adequado para gerir a Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Já Dárius Augustus observou que o complexo merece cuidados diferenciados, pois além de comportar um importantíssimo parque histórico que demanda cuidados especiais, é também um espaço turístico que precisa ser melhor explorado, oferecendo serviços diversos aos visitantes e turistas. “É o principal produto turístico da Capital, um espaço para circulação, integração social, diversão e contemplação aos moradores e visitantes”, disse ele.
A chefe da divisão técnica, Mônica, lembrou que a prefeitura tem a atribuição de regulamentar o espaço. “Se houver modificações na estrutura deve ser consultada manifestação do Iphan”, comentou.
Compensações
Foram abordados também assuntos diversos, entre os quais, as obras de restauração realizadas pelas compensações da construção da usina de Santo Antônio, que serão entregues para a prefeitura nos próximos meses e necessitam de um plano de funcionamento e gestão em conjunto com todas as secretarias e instituições envolvidas. “ O município deve dialogar com o Iphan, a Superintendência do Patrimônio da União SPU, Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM, Governo do Estado, Ministério Público Estadual e Federal, Associação de Moradores do Triângulo, a SEMUR e diversos outros órgãos que, em conjunto, formam o mosaico de instituições com atividades relacionadas aos temas do Turismo, da História, Cultura, Habitação, Segurança, Lazer, Polícia”, relatou Beto Bertagna.
Proposta
Foi feita a proposta de se formar um grupo de trabalho composto pelos órgãos envolvidos na questão a fim de se elaborar o regulamento para utilização do espaço. A Funcultural tem a atribuição de gerir a agenda dos eventos, a Sempla possui os projetos executados e outros para atender demandas existentes como o da climatização nas dependências do CAT e, segundo proposição do Trade Turístico da Capital, estabelecer naquele lugar as dependências da Casa do Turismo.
O superintendente do Iphan, destacou que a reativação dos trilhos no trecho até Santo Antônio depende da retirada dos moradores do bairro Triângulo. “Para isso a prefeitura deve ter iniciativa enérgica e decisiva, pois a protelação atrasa a finalização da obra, e as locomotivas serão levadas para reforma em São Paulo, fato que pode gerar comoção social, pois em nossa região não existe equipe técnica especializada para realizar os serviços”, disse ele.
Beto Bertagna finalizou a reunião solicitando envolvimento firme da prefeitura na questão informando que o Iphan vai provocar o chamamento das instituições a fim de alcançar os resultado positivos.
Fonte: Meiry Santos / CMTur
Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)