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Rondônia

Agroindústria de farinha é inaugurada na região de Nova Mutum Paraná

Com capacidade para produzir diariamente até uma tonelada de farinha, a Agroindústria de Farinha incentiva o cultivo da mandioca e proporciona geração de renda entre pequenos produtores familiares


Agroindústria de farinha é inaugurada na região de Nova Mutum Paraná - Gente de Opinião

Pequenos produtores familiares de mandioca ganharam um incentivo para gerar mais renda e emprego nessa cadeia produtiva. Foi inaugurada nesta quinta-feira (19), no Projeto Piloto próximo à Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau, a Agroindústria de Farinha localizada na região de Nova Mutum Paraná. Com capacidade operacional para processar diariamente até cinco toneladas de raiz de mandioca, o que resulta em uma tonelada de farinha, a iniciativa já criou 20 empregos diretos e 27 indiretos, além dos produtores envolvidos.

A Agroindústria nasce de uma parceria entre a Associação do Reassentamento Rural Coletivo Vida Nova, Cooperativa de Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (COOPPROJIRAU) e Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da UHE Jirau, que viabilizou a implantação da Agroindústria de Farinha investindo R$ 1 milhão, por meio de recurso do subcrédito social do BNDES na construção, aquisição de equipamentos e materiais.

Além de gestores da ESBR, da Associação Vida Nova e da COOPPROJIRAU, estes últimos responsáveis pela gestão da Agroindústria e comercialização dos produtos, participaram da inauguração o Prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, o Presidente da Câmara dos Vereadores de Porto Velho, Edwilson Negreiros, e o representante da Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), Paulo Arruda, responsável pela orientação técnica do Programa de Agroindústrias em Rondônia.

Em um discurso emocionado, a Presidente da COOPPROJIRAU, Sandra Vicentini, agradeceu o apoio de todos os parceiros na implantação da Agroindústria de Farinha. “É um ciclo que se inicia, com uma bela estrutura e um excelente produto. Vamos ter bastante trabalho pela frente, mas graças a Deus temos parceiros que estão sempre ao nosso lado”, ressaltou, acrescentando que dentro de cada embalagem não vai só o produto, “vai muito mais que farinha: vai amor, força, trabalho, dignidade, e acima de tudo, esperança de modificar nossa região e de dar oportunidade para nossos agricultores, pais de família, que precisam de trabalho”, destacou Sandra.

O Gerente de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Veríssimo Neto, contou que a inauguração da Agroindústria de Farinha é um sonho realizado. “Quando começamos com o reassentamento rural em Nova Mutum Paraná, os reassentados surgiram com uma demanda para construção de uma casa de farinha, ação que não estava prevista em nossos programas”, relatou, acrescentando que depois de estudar a demanda e verificar seu potencial comercial, contou com todo o apoio da direção da ESBR para potencializar a solicitação para uma agroindústria.

Carlos Rocha, Vice-Presidente da Associação do Reassentamento Rural Coletivo Vida Nova, agradeceu à ESBR por ter acreditado e viabilizado o projeto. “Eles cumpriram com a palavra que nos deram, nos orientando como fazer o trabalho”.

O Diretor de Operação da ESBR, Isac Teixeira, disse que a inauguração é importante tanto para a Empresa quanto para a comunidade do entorno da Usina Hidrelétrica Jirau. “A Agroindústria de Farinha vai proporcionar aumento da renda e da condição socioeconômica dessa comunidade de forma participativa e sustentável”, afirmou.

Paulo Arruda, representante da Seagri, disse que Rondônia possui hoje cerca de 500 agroindústrias legalizadas. “Sabemos das dificuldades que o pequeno produtor sempre teve. Hoje temos vias vicinais de fácil acesso e pontes para escoar sua produção. A agroindústria está realmente transformando a vida dos agricultores familiares”, comemorou.

O Presidente da ESBR, Victor Paranhos, disse que a agroindústria é um exemplo dos muitos investimentos que a Empresa faz para estimular o desenvolvimento social e a sustentabilidade da região. “É uma agroindústria com tecnologia e capacidade de produção muito boa, uma forma de elevar a renda da população e assim melhorar a qualidade de vida dos produtores familiares, dando um passo à frente. Saber que há um futuro melhor, aumenta a esperança. Meu maior sonho é trazer mais indústrias para o Estado. Tudo o que a gente sonha é a melhoria da qualidade de vida, com mais educação e geração de renda”, afirmou.

A inauguração da Agroindústria de Farinha, segundo o Prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, é uma “Semente importantíssima para fomentar o plantio da mandioca e a renda de agricultores familiares. Esse primeiro passo dado pela ESBR foi uma ação de responsabilidade social voluntária e não uma compensação socioambiental. Um hectare de mandioca plantada representa faturamento anual em torno de R$ 25 mil. O potencial de transformação desta iniciativa é gigantesco. A Prefeitura compra farinha para as refeições escolares e queremos ser clientes desta agroindústria. Quero ser um garoto-propaganda dessa farinha”, disse o Prefeito.

Edwilson Negreiros, Presidente da Câmara dos Vereadores de Porto Velho, salientou o fomento da agricultura familiar. “Esses investimentos são necessários e a gente fica muito feliz de saber que Porto Velho a cada dia está crescendo, tanto na agricultura familiar quanto no seu desenvolvimento de infraestrutura”, revelou Negreiros.

Qualidade e segurança alimentar

Composta por maquinário industrial, como triturador, prensa, forno, torrador e ensacador, a agroindústria profissionaliza o trabalho de agricultores familiares que já produziam farinha. O grupo foi capacitado com novas técnicas agrícolas, utilização de equipamentos e normas produtivas para assegurar a qualidade e a segurança alimentar de três tipos de farinha: d’água, seca e mista. Atualmente já são produzidos 600 kg de farinha por dia, presentes em supermercados da região de Nova Mutum Paraná e em Porto Velho.

Sandra Vicentini, Presidente da COOPPROJIRAU, afirmou que os agricultores familiares que hoje são fornecedores de matéria-prima para a Agroindústria, produziam a farinha de maneira artesanal, no quintal de casa. “A Associação Vida Nova viu que eles precisavam de algum lugar para que pudessem processar essa produção, que hoje chega a 40 hectares de plantio de mandioca”, destaca Sandra.

Com toda a infraestrutura e equipe capacitada na produção da farinha, ao comprar esse produto, o consumidor vai ter a garantia de qualidade, segurança alimentar, além de contribuir com o fortalecimento da agricultura familiar da nossa região.

 

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