Sábado, 13 de julho de 2019 - 09h24
O Estado de Rondônia trava batalha contra a corrupção com a inclusão de
mecanismos e parcerias inéditas que coíbam a prática a partir do avanço
da transparência e fiscalização. Na manhã desta sexta-feira (12), uma
das iniciativas estratégicas para esta finalidade – o compartilhamento
da base de dados – foi tema da reunião entre o governador de Rondônia,
coronel Marcos Rocha, equipe técnica do governo e membros do Ministério
Público Federal (MPF).
De acordo com o controlador geral do Estado (CGE), Francisco Netto, o
Acordo de Cooperação Técnica entre a CGE e o MPF publicado no Diário
Oficial de 5 de junho tem como objetivo a efetividade do combate a
corrupção. ‘‘O banco de dados público como de compras, licitações e
folha fica à disposição do Ministério Público Federal. Além disso, o
Ministério Público Federal encaminhará procedimentos que envolvam
indícios de prática de corrupção para que Estado possa punir’’, explica
Francisco Netto, ao destacar que a cooperação envolve ainda a realização
de cursos, seminários e capacitações.
‘‘É determinação do governador ampliar as parceria com órgãos de combate
à corrupção, estamos abrindo os dados do Estado de informações públicas
para ter sucesso na efetivação de ações’’, afirma o controlador. O
governador também destacou que ao mesmo tempo que as práticas ilícitas
não são toleradas no Executivo é adotado um conjunto de medidas para
destravar o Estado, dar condições para o desenvolvimento e melhorar a
qualidade de vida da sociedade, como a construção no novo Hospital e
Urgência e Emergência (Heuro).
Para o procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF/RO), Daniel
Azevedo Lôbo, a disponibilização da base de dados permite uma
investigação mais precisa e eficiente. ‘‘Vemos o interesse do governo
em trabalhar o combate à corrupção dando acesso ao Ministério Público
Federal a informações que nos ajudam a trabalhar melhor nas atividades
investigativas’’, considera.
ETNODESENVOLVIMENTO
Daniel Lôbo juntamente com a procuradora Gisele Bleggi Cunha disse,
ainda, que o MPF trabalha com a proteção dos povos indígenas e
apresentou ao governador a necessidade de destravar as ações de
etnodesenvolvimento. O que deve ser feito através de compensações
ambientais para beneficiar a economia dos povos indígenas com
investimento em infraestrutura e também com capacitações para fomento da
produção agrícola . Marcos Rocha garantiu que esse também é um
interesse do Estado e que buscará fazer os encaminhamentos necessários
para ajudar a solucionar essa demanda.
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