Quinta-feira, 11 de maio de 2023 - 10h11
A Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) indica que houve estabilidade ao longo
da série histórica em relação aos rendimentos médios habitualmente recebidos
pelos rondonienses por todos os trabalhos. Em valores corrigidos, no ano de
2012, um trabalhador rondoniense recebia mensalmente em média R$ 2.257,00,
passando para R$ 2.334,00 no ano de 2022.
A estabilidade também ocorreu
acerca dos rendimentos por outras fontes, como aposentadoria, pensão
alimentícia, aluguel, entre outros. Em valores corrigidos, os rondonienses com
este tipo rendimento receberam R$ 1.183,00 mensais no ano de 2012 e R$ 1.346,00
em 2022.
A PNAD Contínua – Rendimentos de
todas as fontes também analisa acerca dos rendimentos por programas sociais.
Verificou-se que, em 2022, 11,3% dos domicílios rondonienses tinham alguém que
recebia Bolsa Família/Auxílio Brasil. A média é inferior às taxas brasileira e
da Região Norte: 16,9% e 29,1% respectivamente.
Nos domicílios rondonienses com
algum beneficiário, o rendimento médio per capita era de R$ 563,00, um pouco
acima das médias do Brasil (R$ 533,00) e da Região Norte (R$ 525,00).
Em relação ao número médio de
moradores por residência, em Rondônia, nos domicílios que receberam Bolsa
Família/Auxílio Brasil, esta média era de quatro pessoas, enquanto que nos
domicílios que não receberam o benefício a média era de 2,7.
Em Rondônia, 19,5% dos trabalhadores
tinham ensino superior em 2022
A PNAD Contínua – Rendimentos de
todas as fontes mostra que aumentou a participação de pessoas com nível
superior no mercado de trabalho em Rondônia. Em 2012, 10,5% (73 mil) das 695
mil pessoas ocupadas no estado tinham este nível de instrução. Já em 2022, os
trabalhadores com ensino superior completo representaram 19,5% (162 mil) do
total de 828 mil pessoas ocupadas.
Apesar do aumento da
representação do grupo com nível de instrução maior, Rondônia ainda apresenta
índice menor que o brasileiro. Em todo o país, no ano de 2022, 22,9% dos 95
milhões de trabalhadores haviam concluído o ensino superior. Comparando com as
demais Unidades Federativas, Rondônia tem a décima menor participação de
trabalhadores com ensino superior entre o total de trabalhadores.
Ainda em relação ao grupo de
trabalhadores com ensino superior, nota-se que, em 2022, os rondonienses
tiveram o quarto menor rendimento habitual do país e o menor da Região Norte.
Em Rondônia, um trabalhador com este nível de instrução recebeu, em média
mensal, R$ 4.022,00, quase o dobro que um trabalhador com ensino médio completo
(R$ 2.055,00).
As menores médias de rendimentos
habituais por trabalhadores com ensino superior foram registradas no Maranhão
(R$ 3.783,00), Alagoas (R$ 3.799,00) e Bahia (R$ 3.904,00). Já as maiores foram
no Distrito Federal (R$ 7.696,00), Rio de Janeiro (R$ 6.369,00) e Paraíba (R$
6.313,00).
Homens são maioria no mercado de
trabalho rondoniense
Outro ponto observado na pesquisa
é que os homens têm uma participação mais expressiva no mercado de trabalho
rondoniense que as mulheres. Em 2022, eles representavam 62,4% (516 mil) dos
828 mil trabalhadores.
Constata-se ainda que o rendimento
habitualmente recebido por todos os trabalhos das mulheres é menor que o
rendimento dos homens. Em média, um rondoniense recebeu R$ 2.554,00 em 2022,
enquanto que uma rondoniense recebeu R$ 1.971,00. A diferença por gênero também
é percebida em nível nacional. Os trabalhadores homens tiveram rendimento de R$
2.920,00 e as trabalhadoras receberam R$ 2.303,00.
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