Segunda-feira, 24 de junho de 2019 - 19h31
Em audiência púbica realizada
na manhã dessa segunda-feira, 24, na Assembleia Legislativa, por proposição do
deputado Eyder Brasil, dirigentes de organizações da sociedade civil foram
unânimes em pedir que a legislação estadual sobre as relações do Estado com o
terceiro setor seja amplamente reformulada. “A lei 3.122 está defasada”,
reconheceu em seu pronunciamento o representante do Governo do Estado, Rafael
Vargas, que atua nas relações do Poder Executivo com as organizações do
terceiro setor.
Na ocasião, o presidente do
Centro de Estudos de Direito e Justiça, Edson Lustosa, entregou ao deputado Eyder
Brasil um relatório de pesquisa empreendida pela entidade, sob a orientação do
professor doutor Marcus Vinícius Rivoiro e com a colaboração dos pesquisadores
Nirlene Aparecida Oliveira, advogada, e Pancho Richard Pinheiro Lázaro,
cientista político, que verifica a possibilidade de aproveitamento, como
subsídio a uma nova legislação rondoniense, de um decreto do Estado da Bahia,
que cria o Conselho de Fomento e Colaboração (Confoco), órgão colegiado
previsto na Lei Federal 13.019.
Lustosa, que é também membro da diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Rondônia (Sinjor), ressaltou em sua fala a importância de que a nova legislação que venha a ser criada no Estado de Rondônia atenda efetivamente as necessidades das entidades da sociedade civil, aí incluídas as organizações religiosas e as sindicais, em especial no que se refere à redução do prazo de existência das instituições, nos casos de parcerias em que não haja no Estado entidade que preencha tal requisito.
Ele citou como exemplo a
internação involuntária de mulheres adictas a drogas, recentemente regulada por
lei federal, caso em que a única entidade em Rondônia que se propõe a atender
essa demanda reprimida é a recém-criada Clínica de Repouso Beneficente Jesus de
Nazaré, fundada pelo médico Luiz Carlos Pimentel Alves, psiquiatra com estágio
nessa área nos Estados Unidos.
O presidente do Centro de
Estudos e Pesquisas de Direito e Justiça sugeriu também ao deputado que o
Estado de Rondônia venha a ter no âmbito de sua administração lei idêntica à
que recentemente foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, proibindo que
os órgãos públicos exijam do cidadão documentos que constem nos arquivos de
outros órgãos da mesma esfera de governo.
Tal sugestão foi apresentada
como solução para um problema do qual os dirigentes de entidades, como a
diretora da Casa Família Rosetta, Giulsi Fulco, muito reclamaram na audiência:
os órgãos estaduais pedem das entidades documentos emitidos pelo próprio
Estado, como, por exemplo, a certidão de registro no Sistema Integrado de
Parcerias (Sispar). “Se um conselho estadual de política pública não consegue
acessar o sistema de informações do próprio Estado, então é o caso de demitir o
responsável pela área de informática”, sintetizou Lustosa.
Outros dois pontos
marcaram a fala do presidente da ong Direito e Justiça: a sugestão de que se
realize audiência idêntica com a participação das associações rurais, que não
podem ficar esquecidas; e a necessidade de que haja transparência no processo
administrativo do Poder Executivo que trata da elaboração do projeto de nova
lei estadual para regular as parcerias com as organizações da sociedade civil,
possibilitando-se uma discussão ampla com as partes interessadas, sugerindo ao
deputado Eyder Brasil que verifique a viabilidade de que o responsável por tal
processo seja convidado a falar a uma comissão da Casa de Leis e interagir com
o parlamento e com a
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