Quarta-feira, 23 de abril de 2025 - 12h23
A extravagante despedida de um homem simples e bem-intencionado que trocaria essas honrarias por solidariedade aos pobres que defendeu em suas falas. As mudanças teóricas de natureza teológica são inúteis e o abismo de desigualdades existente entre RICOS e POBRES não será transposto sem ações de fraternidade e compaixão. A guerra não deve ser entre o bem e o mal, mas, entre a RAZÃO e a IGNORÂNCIA crônica milenar.
Com
pensamentos tão díspares, o Papa Francisco deve ter-se sentido prisioneiro da
realidade que combatia, clamando por justiça social e pelo fim das crises
globais causadas pela ganância, a sede de poder e a falta de consciência dos
seres sobre os quais pesa a responsabilidade moral e espiritual de conduzir com
decência povos e nações ao bem-estar, a coexistência pacífica e justa para
todos.
Simplicidade
e frustração do Papa Francisco
Nesse
momento, nos corredores e salões suntuosos daquele ambiente que respira a busca
pelo poder papal, em meio a lamentos duvidosos, disputa-se agora o comando de
uma instituição financeiro-religiosa poderosa que soma mais de um bilhão de
fiéis, os quais, em sua maioria, são pobres esquecidos que sofrem e desaparecem
sem receber ajuda dos céus, ou daqueles que se dizem representantes de Deus
enquanto acumulam tesouros na Terra. Incapazes de doar aos pobres esquecidos
tudo o que acumularam, glorificam Jesus Cristo com rezas, mas não praticam seus
ensinamentos nem seguem seu exemplo de vida humilde.
O
acumulo imoral de riqueza contrasta com os ensinamentos
Essas
contradições entre a fé apregoada e as obras geram uma série de perguntas
razoáveis e legítimas de fácil resposta, como, por exemplo, cita o livro que
propalam considerar sagrado, a Bíblia, e as palavras do homem a quem, por
decisão política de Roma, decidiram endeusar e dizem seguir o exemplo: “Não
ajunteis tesouros na terra” Mateus 6:19; ou ainda, “vende tudo quanto tens,
e dá aos pobres, e tiras um tesouro no céu, e vem, toma a cruz, e segue-me”.
Enquanto a miséria, a fome e a morte campeiam massacrando os mais
vulneráveis, a igreja católica, por exemplo, cujo valor total do patrimônio é
impossível calcular, seus imóveis no mundo são estimados em aproximadamente 3
trilhões de dólares, o compatível com o produto interno bruto (PIB) de países
como a Rússia, Índia ou Brasil.
O
Banco de propriedade do Vaticano é dono de um ativo e depósitos que somam 6
bilhões de dólares. Enquanto essas indagações tão óbvias
seguem sem respostas, quanto o dever moral e espiritual que lhes impõe praticar a doutrina que apregoam
para ganhar dinheiro fácil à custa da fé de cidadãos crédulos e sinceros, segue
em expansão o número de incrédulos. Pessoas que acreditam que a fé sem as obras
é morta, conforme Tiago 2:17, que pontuaria de forma clara: “significa que uma
fé verdadeira, genuína e salvadora, deve se manifestar por meio de ações
concretas e amor ao próximo, não apenas em crenças e palavras”. Enquanto
isso, relatórios oficiais da Organização das Nações Unidas indicam que “cerca
de 780 milhões de ”criaturas de Deus” passam fome”.
Desprovidos
de qualquer amparo para sustentar uma justificativa minimamente razoável a
tanto apego material, de um patrimônio que não interessa a Deus, e preferem
usufruir eles mesmos, em total desprezo às promessas de recompensa no paraíso,
sobretudo, a metáfora de Jesus, de que, “é mais fácil um camelo passar pelo
buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”. Mateus
19:24.
Religiosos
e políticos gananciosos ignoram a ética
Essa
realidade aponta para a cumplicidade das elites dos Estados-Nações numa visível
parcialidade e abandono do povo à mais vil exploração, tanto no pagamento de
impostos terrenas quanto “divinos”.
Os terrenais recebem parcialmente de volta de forma precária em termos de
serviços, enquanto os celestiais devem se contentar com a promessa de mansões a
serem entregues no plano espiritual, como se espírito necessitasse de morada ao
estilo da terra.
Tudo
continuará igual no planeta: uns substituirão os outros, enquanto a humanidade
seguirá atrelada a dogmas arcaicos, tradições e rituais medievais, desprovidos
do sentido que realmente elevaria a consciência humana. Sem excetuar nenhuma
organização, observamos a transformação da religiosidade num lucrativo comércio,
onde se vendem promessas a serem entregues num plano espiritual hipotético. Terminou
o pontificado do Papa Francisco, que partiu libertando-se da materialidade e
dos inimigos declarados ou dissimulados com os quais conviveu dentro da própria
instituição.
A
descarada hipocrisia das elites num desfile patético.
Agora,
o ex pontificie está, ironicamente, sendo louvado pelos senhores das guerras,
representantes do poder político, militar e econômico do mundo, causadores das
desigualdades e de tantas desgraças que castigam impiedosamente a parcela
majoritária e vulnerável da população da Terra. Não o escutaram, deram-lhe as
costas, e hoje se dirigem a Roma com numerosas comitivas de parasitas a seu
funeral, gastando milhares de dólares num turismo-funerário bancado pelos
contribuintes desfavorecidos. Contrariam, mais uma vez, a
simplicidade do líder religioso que tanto condenou as extravagâncias pagas com
o sacrifício de multidões humildes, manipuladas e exploradas. Cristalizam
a hipocrisia que lhes serve de máscara, numa cerimônia fúnebre mais triste que
o próprio funeral — uma homenagem póstuma que contraria a vontade do morto, com
um desfile de ostentação, poder, vaidade e desperdício, constituindo um
escárnio à realidade dos que sofrem, e uma absoluta falta de bom senso e
respeito.
Discrepância,
falácia e mentira em nome de Deus
Evidencia-se
uma realidade imoral na qual os discursos elogiosos desprovidos de sinceridade
exortam solidariedade, fraternidade, compaixão e piedade, mas se contradizem
com a perversidade covarde das guerras motivadas pela busca doentia de poder e
riquezas. Esquecem-se de que TUDO fica ao cruzarmos a linha dimensional que
separa a vida material da espiritual. Como ratazanas vorazes sem qualquer
racionalidade, deixam para trás a destruição irreversível do meio-ambiente,
entre outras mazelas absurdas.
Aplausos
a grotesca
comédia
Com
lágrimas pouco credíveis, sorrisos e abraços aparentando cordialidade, os
egoístas, corruptos e hipócritas dissimulam a vergonhosa maldade que carregam
na própria essência. Distanciados da razão e alheios aos sentimentos mais
elementares de respeito e consideração pela raça humana, continuarão a
praticar a irracionalidade de guerras por hegemonia e riqueza, e derramando
de forma covarde e injustificável o sangue dos justos. Os prolongados
aplausos de despedida não conseguirão
abafar o clamor legítimo daqueles que sofrem e morrem no anonimato, à espera de
respeito à vida, solidariedade e dignidade. O alívio ao sofrimento humano se dá
com ações de solidariedade e compaixão, não apenas com oração.
Alheia
a isso, a humanidade continuará assistindo a obra eterna de um circo macabro,
insano e, sobretudo, vergonhoso.
“Ignorância
somada ao fanatismo religioso leva ao terrorismo.
Ignorância
e poder leva à tirania.
Ignorância
e democracia corrompida criam o caos.
Ignorância
somada ao dinheiro dá origem à corrupção.
A
ignorância somada à pobreza faz o crime prosperar.
Ignorância
faz o homem esquecer que TODOS somos iguais, diferenciados apenas pela
capacidade de discernir.
O
maior perigo social é a ignorância.
A
ignorância é a raiz de todo mal que castiga e envergonha a humanidade!”
Humanos: uma definição factual desconcertante e perturbadora
Pelos antecedentes históricos e indicativos atuais, poder-se-ia classificar a ação humana sob três formas.A ação intelectual é naturalmente propens
Enquanto MENTES COMUNS ou atrofiadas devaneiam com visão microscópica da realidade, gastam o tempo com vaidades fúteis, discutem pessoas e eventos, s
De um lado, a China com objetivos estratégicos de longo prazo para conquistar a hegemonia militar através da expansão econômica; de outro, os Estad