Quarta-feira, 4 de abril de 2012 - 15h51
Ao nascer toda criança tem uma série de direitos e um deles é a realização do teste do pezinho que é disponibilizado em todas as unidades de atenção básica à saúde, urbanas e rurais do município de Porto Velho. A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realiza em média 500 testes por mês. As munícipes podem contar com o serviço humanizado da Maternidade Municipal Mãe Esperança onde elas recebem todas as orientações de como e onde o teste do pezinho pode ser realizado.
O período ideal para a realização do Teste do Pezinho é do 3º até 30º dia de vida do bebê, mas segundo o secretário adjunto da Semusa, Luis Eduardo Maiorquin, o teste deve ser feito o quanto antes, pois se detectada alguma patologia, o tratamento terá mais eficácia: “O Teste do Pezinho não pode ser realizado logo após o nascimento, pois o bebê precisa ser amamentado por pelo menos 62 horas antes da coleta. Passado este período a mãe deve ter o cuidado de levar a criança, o quanto antes, até uma das nossas unidades de saúde, pois com o teste podemos detectar várias anormalidades, evitando problemas que podem mudar a vida da criança para sempre”, diz o secretário.
O Teste do Pezinho é um exame laboratorial simples, porém de extrema importância, que tem por objetivo a detecção precoce de doenças metabólicas, genéticas e ou infecciosas que, se não detectadas, podem causar lesões irreversíveis ao bebê, como por exemplo, problemas mentais. A maioria das doenças descobertas através do teste do pezinho pode ser tratada com sucesso, desde que diagnosticadas antes mesmo de manifestarem os primeiros sintomas.
Procedimento
Quando as mães deixam a maternidade elas são orientadas a procurar depois de três dias a mesma unidade de saúde onde ela realizou o pré-natal, lá é coletado o material que é retirado do calcanhar do bebê, por ser um local bastante vascularizado permitindo assim a detecção de doenças.
Depois da coleta, o material é enviado para análise e retorna para a unidade básica onde foi coletado, e em menos de dez dias a mãe fica sabendo se seu bebê é saudável. Nos casos em que o resultado é positivo para algumas das doenças analisadas o teste é imediatamente refeito para conferência e adequação do tratamento para que se evite o desenvolvimento das doenças.
É imprescindível que além de levar os bebês para realização do teste, a mãe compareça na unidade no dia marcado, para buscar o resultado isso pode salvar a vida ou agregar a ela uma maior qualidade de vida no caso de anomalias graves e de difícil tratamento.
Doenças
O exame pode detectar várias doenças como a fenilcetonúria, uma doença genética caracterizada pela ausência ou carência de uma enzima ligada ao metabolismo que pode ocasionar gravíssimas lesões no sistema nervoso central, com comprometimento no desenvolvimento neurológico da criança; O hipotireoidismo congênito que resulta na baixa produção dos hormônios da glândula tireóide, essenciais para o desenvolvimento, em especial do sistema nervoso. A carência desses hormônios pode causar uma série de problemas, incluindo retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico; A anemia falciforme que é uma doença hereditária; A hiperplasia adrenal congênita, ou hiperplasia congênita de suprarrenais, em meninas, essa anomalia pode deflagrar características sexuais masculinas, como pêlos e aumento do clitóris, e em meninos no aumento do pênis e no surgimento precoce de pêlos, em ambos os sexos, a doença pode causar perda exagerada de sais e aumento de potássio, levando até a morte; A galactosemia trata-se de uma doença genética que leva à deficiência de uma enzima do metabolismo da galactose, os sintomas aparecem nas primeiras semanas de vida, com vômitos, diarréia, icterícia, distúrbios do fígado e dos olhos com isso a criança corre risco de morte por insuficiência hepática e renal; Além das já conhecidas toxoplasmose, a doença de chagas, sífilis e HIV.
Fonte: Edina Silva
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