Domingo, 25 de junho de 2023 - 13h15
Com o objetivo de contribuir com a meta proposta
pelo Ministério da Saúde de eliminação do tracoma – doença que pode levar à
cegueira – até o ano de 2030, uma equipe da Coordenação Estadual do Tracoma da
Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, juntamente com técnicos das
secretarias municipais de Saúde e da Educação estiveram na sexta-feira (23) na
escola Engenheiro Wadih Darwich Zacarias, no bairro Guaporé, em Porto Velho,
para mais uma etapa do Programa de Saúde na Escola (PSE) para a busca
ativa nas unidades escolares com o objetivo de detectar eventuais casos da
doença.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o
governo do Estado junto aos gestores municipais estará contribuindo com a meta
proposta pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o diretor-geral da Agevisa,
Gilvander Gregório de Lima, “no final de julho e início de agosto, nossa equipe
da Coordenação do Tracoma, juntamente com técnicos do Ministério da Saúde vão
visitar cinco comunidades indígenas da região de Guajará-Mirim. Além de
examinar as pessoas, serão capacitados membros das próprias comunidades para
fazer o exame, que é simples, rápido e indolor”, explicou.
Ao longo da semana a equipe esteve fazendo a
busca ativa nas escolas: Nacional, Tucumã, na zona sul e na escola Pé de
Murici, bairro Planalto, em Porto Velho. O público prioritário são crianças na
faixa etária dos 5 aos 14 anos, De acordo com o responsável pelo programa de
Tracoma da Semusa da capital, Roberto Tetsuro Nakaoka, este ano não foi
detectado nenhum caso de tracoma em alunos da rede pública de Porto Velho.
Segundo a coordenadora estadual do Programa de
Controle do Tracoma, da Agevisa, Margarida Capelette, a incidência de casos vem
reduzindo, sobretudo após a pandemia, quando as pessoas começaram a cuidar mais
da higiene das mãos, uma das principais portas de entrada da bactéria chlamydia
trachomatis, causadora da doença, que as vezes é negligenciada por ser
confundida com conjuntivite, mas que pode levar à cegueira.
O cuidado com a higiene das mãos e o não
compartilhamento de objetos, como lápis, borracha, caneta, artigos de maquiagem
e toalha de rosto são as principais orientações feitas aos alunos como forma de
evitar e prevenir o contágio.
A examinadora Carmelita Ribeiro Filha, também
da Agevisa, uma das responsáveis pelas palestras às crianças nas escolas, adota
uma dinâmica de explicações sobre a doença, em que enfatiza: o que é? Como se
adquire? Tratamento, etc e, ao final, faz questionamentos para se certificar de
que as crianças realmente absorveram as informações e a partir daí procurarão
se cuidar melhor.
Segundo a coordenadora estadual do Tracoma,
Margarida Capelette, os sintomas são olhos vermelhos, irritados, lacrimejantes
e com secreção, coceira com sensação de areia nos olhos e intolerância à luz,
por isso se confunde com a conjuntivite comum.
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