Quarta-feira, 4 de março de 2015 - 16h59
Ostentando a 7ª colocação entre os estados com maior incidência de tuberculose no Brasil, Rondônia se prepara para o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, 24 de março, tendo, a partir desta data, uma semana inteira de atividades informativas e educativas sobre a doença, como estratégia para seu combate e controle, segundo informou ontem a médica sanitarista, Maria Arlete da Gama Baldez, diretora geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa).
De acordo com a diretora, a campanha educativa é essencial, haja vista que se trata de uma doença infectocontagiosa, cujos sintomas corriqueiros são tosse, perda de apetite e febre, os quais podem levar o paciente a procurar tratamento apenas para tais sintomas, desprezando uma pesquisa mais completa do quadro. Este fato gera um diagnóstico tardio da doença, o que geralmente agrava seu estado e o próprio tratamento, que exige continuidade e repouso do paciente.
Para se ter ideia, segundo dados da Agevisa, Rondônia registrou no ano passado (2014) 670 casos de tuberculose, sendo 529 de novos casos, e desse total mais da metade (267 casos) foram registrados em Porto Velho, o que pode ser justificado pelo contingente populacional do município, de pouco mais de 494 mil habitantes. Conforme esses mesmos dados, a incidência da doença é de 66 doentes para cada 100 mil habitantes. No contexto internacional, o Brasil é um dos 22 países que concentram 80% da carga mundial de casos de tuberculose e em 2013 registrou nada menos de 70 mil novos casos, numa incidência de 36 casos para cada 100 mil habitantes. “Por isso é importante a campanha informativa e de conscientização sobre a doença”, disse a médica sanitarista, para quem a informação é um aliado fundamental para o enfrentamento da doença.
ENVOLVENDO A COMUNIDADE
A proposta desta campanha de divulgação é envolver a comunidade de tal modo que possíveis casos da doença sejam diagnosticados precocemente, tornando mais simples e eficiente o tratamento. A informação é da enfermeira Nilda de Oliveira Barros, coordenadora estadual do programa de tuberculose, que deseja ver profissionais da saúde, acadêmicos e a comunidade imbuídos deste propósito e envolvidos no combate desta doença.
Segundo suas explicações, com seis meses de tratamento contínuo o paciente diagnosticado com a tuberculose estará curado. Mas segundo ela, há no âmbito da sociedade uma cultura errada sobre o tratamento, visto que muitos abandonam a dieta e a medicação no curso do tratamento, achando que já estão curados. Este fato pode gerar a resistência do bacilo (agente causador da tuberculose) aos medicamentos, dificultando ainda mais a cura da doença.
De acordo com Nilda Oliveira, a Agevisa está preparando uma campanha completa para a Semana de Luta contra a Tuberculose, envolvendo além dos serviços de saúde, as autoridades municipais de todo estado, com todo tipo de material informativo – folder, cartaz, campanha no rádio e TV, e palestras onde for possível -, visando destacar o caráter prioritário para o atendimento dos pacientes.
Segundo ela, não há um lugar, um bairro onde a incidência da doença é maior. Os dados da Agevisa indicam que a incidência é geral, e que os maiores números de notificações, pela ordem, são feitas no Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), Centro de Especialidade Médica (Cemem) e Presídio Urso Branco.
Fonte
Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Marcos Freire
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