Quarta-feira, 27 de abril de 2011 - 14h25
A poluição sonora é a terceira forma de poluição que mais afeta o planeta. Dada a sua repercussão na saúde e no meio ambiente, é considerado um problema de Saúde Pública mundial. Por conviver diuturnamente com o barulho, a humanidade está acostumada com sua presença e em muitos casos não percebe seus efeitos maléficos na saúde e na qualidade de vida. O resultado disso é o aumento da incidência de perdas auditivas causadas pelo ruído, inclusive em crianças e adolescentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 76% da população que vive nos grandes centros urbanos sofrem impacto acústico muito superior ao recomendável e cerca de 120 milhões de pessoas no mundo tem a audição afetada pelo ruído. Além das dificuldades auditivas, os efeitos da poluição sonora na saúde podem ser zumbidos nos ouvidos, dor de cabeça, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, gastrite, cansaço, estresse, queda no rendimento do trabalho, entre outros agravantes. Esses efeitos não são imediatos, pois dependem do nível de intensidade do ruído, tempo de exposição e predisposição pessoal. Eles aparecem com o tempo e são cumulativos. Os pesquisadores da área alertam para o fato de que como os efeitos do ruído na saúde têm início insidioso e são lentamente progressivos porque as pessoas não tomam consciência da gravidade do problema.
Por este conjunto de fatores, há 16 anos o Leangue for the Hard of Hearing, atualmente o Center for Hearing and Comunication, promove mundialmente um evento de conscientização que são 60 segundos de silêncio que ocorre das 14h25 às 14h26 para destacar o impacto do ruído na vida cotidiana, proporcionando aos participantes uma pausa e uma oportunidade de conscientização sobre um problema que atinge a todos. Trata-se do International Noise Awareness Day (INAD) ou Dia Internacional de Conscientização sobre o Ruído que ocorre em uma data móvel, sempre uma quarta-feira do mês de abril. Neste ano, as atividades são desencadeadas hoje.
No Brasil, a Academia Brasileira de Audiologia (ABA) e Sociedade Brasileira de Acústica (SOBRAC) apoiam as ações há quatro anos que incorporaram outras atividades respeitando a diversidade do território nacional e criatividade dos parceiros locais, como por exemplo, reuniões com autoridades governamentais e ambientais, distribuição de protetores auditivos, estratégias educativas e avaliação do ruído e da audição. Este ano o lema da campanha é “não deixe o ruído invadir nossa cidade” destacando a questão do ruído urbano.
Segundo a fonoaudióloga Isabel Cristiane Kuniyoshi, vice-coordenadora geral do INAD no Brasil, os organizadores têm incentivado ações que tenham uma repercussão mais duradoura por entender que somente assim haverá mudança de hábitos e conscientização para a problemática. “Um destaque é dado às atividades em escolas porque a mudança de mentalidade deve ser fomentada desde cedo e, além disso, a preocupação dos pais em relação à formação das crianças é uma importante ferramenta para impactar hábitos já cristalizados na sociedade”, destaca a fonoaudióloga.
Rondônia participa da campanha desde 2009. A Campanha do 16º Dia Internacional de Conscientização sobre o Ruído no estado é coordenada pelo Curso de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas e desenvolvida em parceria com o Ministério Público, por meio do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Batalhão da Polícia Ambiental, Clínica Limiar, Associação dos Fonoaudiólogos do Estado de Rondônia, SESI, Concessionária Saga e Construtora Camargo Corrêa.
Segundo as organizadoras no estado, fonoaudiólogas Ana Karolina Zampronio Bassi e Liliane Barbosa Rodrigues, o foco das ações da campanha em 2011 vem de encontro ao momento histórico de Rondônia que está em pleno desenvolvimento e por conta disto é crescente número da população e de veículos, fatores que elevam os índices de poluição sonora. Por se tratar de um problema que extrapola o setor saúde, o Curso de Fonoaudiologia estendeu os propósitos da campanha para as questões ambientais e legais firmando parceria com o Ministério Público e Batalhão da Polícia Ambiental.
A coordenadora do Curso de Fonoaudiologia, Professora Viviane Castro de Araújo Perillo, salienta que, devido à complexidade do assunto ‘poluição sonora’, faz-se necessário uma ação intersetorial em seu enfrentamento de forma que articule saberes e poderes diversos. Nesse sentido, considera que a parceria firmada entre a Fonoaudiologia - ciência da Saúde, com o Ministério Público e Batalhão da Polícia Ambiental terá repercussão importante no combate educativo à poluição sonora no estado.
Para o Tenente Coronel Vilson de Salles Machado, Comandante do Batalhão Ambiental, a poluição sonora é um problema ambiental grave na capital, embora exista legislação específica que regula os limites de emissão de ruídos e estabelece medidas de proteção para a coletividade dos efeitos danosos à saúde. “A conscientização do problema por parte da população é uma valiosa contribuição para a redução do ruído urbano”, argumenta.
No decorrer desta semana, em diversos locais da cidade há grupos formados por alunos e professores de Fonoaudiologia e policiais do Batalhão Ambiental prestando orientações sobre os efeitos da poluição sonora na saúde e meio ambiente. Como a ênfase é a conscientização da população sobre a poluição sonora, escolas, unidades de saúde, pontos de grande circulação de pessoas e região de bares e casas noturnas contarão com algum tipo de ação na cidade.
Fonte: Chagas Pereira
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