Domingo, 5 de agosto de 2018 - 11h07
247- Severamente afetados pela crise econômica e pela confusão gerencial que tomou conta da economia do país, mais de cem planos de saúde encerraram suas atividades entre o fim de 2014 e maio deste ano, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foram nada mais nada menos do que 3 milhões de brasileiros que tiverem sua renda ou emprego corroídos e foram obrigados a deixar os planos. Situação no setor é dramática.
"Enquanto os reajustes dos planos individuais são limitados pela ANS a até 10%, entre os planos coletivos, que correspondem a quase 80% dos contratos, não existe teto definido. Nos convênios com até 30 beneficiários, que servem de base para a regulamentação, essa alta foi de até 70% na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2017. Balanço de quatro anos reflete, de um lado, a queda na renda e a dificuldade do consumidor para arcar com altos reajustes; de outro, empresas afirmam que alta do dólar teve forte impacto nos custos e alegam que a viabilidade econômica do setor está em risco
As operadoras de convênios médicos e as entidades de defesa do consumidor concordam em um ponto: os planos de saúde podem ficar insustentáveis nos próximos anos. Com o envelhecimento da população e a queda do número de usuários durante a crise, as empresas têm reajustado preços e pleiteado uma maior partilha das despesas com os clientes. Já o consumidor, com o orçamento apertado, se queixa de aumentos abusivos e da queda de qualidade."
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