Sábado, 4 de julho de 2015 - 05h11
Gosto muito de vir aqui. Nesta sala tem bastante brinquedos e eu me divirto muito, nem parece um hospital. A afirmação é de Dievas Nascimento Lima, 6 anos, que se recupera de uma pneumonia, em um dos leitos do Hospital Infantil Cosme e Damião – referência no atendimento infantil de média e alta complexidade em Rondônia.
A sala a que se refere o comunicativo Dievas é a moderna brinquedoteca da unidade de Saúde, que passou recentemente por uma ampla reforma, ampliação e sistematização. No total, 200 crianças, em média, têm acesso ao local, estima a diretora-geral, Maria Antonieta Gama.
A dona de casa Elizete Nascimento, moradora do bairro Planalto, zona Leste de Porto Velho, mãe do pequeno Dievas, afirma que a brinquedoteca é uma terapia para o filho. De acordo com Elizete, o menino responde bem ao tratamento e sempre pede para ir à sala onde brinca, faz pinturas, assiste desenhos e se diverte, apesar de estar doente.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, que visitou nesta sexta-feira (3) a nova brinquedoteca do Cosme e Damião, a internação hospitalar é vista pela criança como desagradável. É uma experiência acompanhada de dor, ansiedade, medo, além de sensações de abandono e culpa. A brincadeira é a maneira mais autêntica pela qual a criança expressa e elabora suas vivências, ajudando, de forma natural, em sua recuperação, afirma o secretário.
Segundo Pimentel, a brincadeira age como promotora de bem-estar físico, emocional e amenizadora dos traumas gerados pela doença e do processo de hospitalização, assim como possibilita a continuidade do desenvolvimento da criança. As atividades oferecidas abrangem situações lúdicas como jogos, desenhos, fantoches, entre outros.
Em vários estudos publicados por especialistas em medicina, foi observado que a intervenção das brinquedistas ajuda a criança a atender as solicitações feitas pelos médicos, entender o processo da doença e, ainda, possibilita melhor interação com a equipe médica.
Os mesmo estudos mostram, também, que a brincadeira, de fato, ameniza os traumas da internação, portanto, não deve ser considerada como uma atividade de tempo livre, mas sim como parte do tratamento, otimizando a intervenção e diminuindo o tempo de internação.
Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
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