Quinta-feira, 6 de novembro de 2008 - 13h38
Paula Laboissière
Agência Brasil
Brasília - Uma pesquisa do Ministério da Saúde revela que as neoplasias grupo que reúne vários tipos de câncer foram responsáveis pelo maior número de mortes entre mulheres com idade fértil no Brasil em 2005, quando atingiram o percentual de 23% do total dos óbitos na faixa etária de 10 a 49 anos.
De acordo com a publicação Saúde Brasil 2007, divulgada hoje (6), o câncer chegou a superar as doenças do aparelho circulatório e já ocupa o segundo lugar no ranking da mortalidade feminina.
Em 2005, as mulheres em idade fértil representavam 65% da população feminina. As agressões por arma de fogo também são apontadas pelo estudo como uma das principais causas de morte no grupo com uma média de 1,6 mil óbitos em 2005 e seguidas pelos acidentes com veículos e pelos atropelamentos.
O câncer de mama e o câncer de colo de útero caracterizam, de acordo com a pesquisa, as principais causas de morte em meio às neoplastias. Em 2005, os tumores malignos da mama, por exemplo, mataram 2,7 mil brasileiras em idade fértil.
Ao avaliar as causas consideradas específicas de morte entre mulheres de 10 a 49 anos, o estudo indica que as doenças cerebrovasculares como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto e a hemorragia intracerebral são as que mais matam. No total, elas foram responsáveis por 4.552 mortes em 2005 e por uma taxa de 7,5 de óbitos para cada 100 mil mulheres.
Em seguida aparecem os acidentes de transporte terrestre que, no mesmo ano, foram responsáveis por sete óbitos para cada 100 mil mulheres em idade fértil. Em terceiro lugar estão os homicídios, com uma taxa de 5,3 para cada 100 mil. Doenças infecciosas e parasitárias também aparecem entre as cinco primeiras causas de morte específicas levantadas pelo estudo.
No quadro geral da mortalidade dos brasileiros, o câncer ocupa o segundo lugar entre as causas de mortes no Brasil e chegou a matar 147.418 em 2005 16,7% do total de óbitos. Já no levantamento por regiões, a doença é a segunda causa de morte no Sul e no Sudeste e a terceira nas demais regiões.
A base de informações utilizada na publicação foi a do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, que capta os óbitos ocorridos no país dentro ou fora de ambiente hospitalar e com ou sem assistência médica. De acordo com o ministério, a tendência de morte não varia muito em um curto período de tempo e as informações refletem a atual situação da mortalidade no país.
Em 2005 o SIM captou 1.006.827 óbitos em todo o país um coeficiente de 5,5 mortes por mil habitantes. A base populacional utilizada foi a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2005 184.184.074 habitantes, dos quais 50,8% do sexo feminino.
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