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Saúde

Câncer: jovens deveriam ser aconselhados sobre fertilidade


De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), anualmente, há quase 15 milhões de novos casos de câncer no mundo todo e esse número deve atingir 21 milhões em 2030. A infertilidade é considerada um dos mais angustiantes efeitos colaterais de longo prazo do tratamento de câncer entre adolescentes e jovens adultos. Sendo assim, deveria haver um aconselhamento mais frequente no sentido de apresentar ao paciente – seja homem ou mulher – alternativas de preservar a fertilidade. Essa é a opinião de Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Fertilização Assistida e diretor do Grupo Fertility. “É importante que o próprio centro oncológico identifique os pacientes com maior risco de perder a fertilidade, os informe apropriadamente, e os oriente a buscar aconselhamento com especialistas em Medicina Reprodutiva. Uma vez superado o câncer, isso evitaria grande parte dos problemas para seguir normalmente com a vida e ter filhos.”

O especialista afirma, ainda, que essa preocupação vem ganhando cada vez mais força, já que as chances de cura do câncer aumentaram consideravelmente nas últimas décadas. “Tratamentos quimioterápicos e radioterápicos têm permitido taxas de sobrevivência em torno de 80% entre crianças e adolescentes. Por isso, a qualidade de vida após o tratamento é cada vez mais discutida e deve ser levada em consideração. Depois de superar o câncer, mais e mais jovens adultos se dão conta de que têm uma vida toda pela frente e se preocupam com a possibilidade de ter filhos. É natural, a essa altura, que o desejo principal seja levar uma vida mais próxima do que era antes da doença.”

O dano à função reprodutiva após tratamentos de tumores malignos é muito bem documentado. Iaconelli afirma que os danos podem ser transitórios ou permanentes, dependendo de variações na sensibilidade de cada pessoa ao tratamento. Recentemente, diversas estratégias de preservação da fertilidade desses pacientes foram desenvolvidas. Ainda assim, as técnicas disponíveis para crianças e adolescentes ainda são limitadas.

“A proteção do tecido germinativo através de hormônios pode ser uma alternativa para a preservação da fertilidade, por ser um tratamento simples e relativamente seguro. É ideal para pacientes jovens ou quando não há tempo para o estímulo ovariano antes do tratamento do câncer. Mas o método mais seguro para evitar a infertilidade como efeito colateral nesses casos é a criopreservação de gametas ou embriões – antes da terapia gonadotóxica. Contudo, a criopreservação de sêmen só é viável para pacientes em idade reprodutiva, sexualmente maduros. Já a criopreservação de embriões só é indicada no caso de pacientes do sexo feminino e que tenham uma amostra de sêmen disponível proveniente do parceiro ou de um doador”.

O especialista diz que, antes de considerar as opções disponíveis, a seleção do paciente é de extrema importância, já que os riscos variam de acordo com o câncer. “O nascimento de bebês saudáveis após o transplante de tecido germinativo descongelado tem aumentado a esperança de fertilidade para jovens pacientes com câncer, mas ainda há muita pesquisa e muito trabalho a ser feito”.

Fonte: Dr. Assumpto Iaconelli Junior, médico ginecologista, especialista em Medicina Reprodutiva, diretor do Grupo Fertility e do Instituto Sapientiae (www.fertility.com.br / www.sapientiae.org.br)
 

Mais sobre o Grupo Fertility

Há 21 anos o Fertility – Centro de Fertilização Assistida transforma em realidade o sonho de muitos casais: ter um bebê. Os especialistas Assumpto Iaconelli Jr. e Edson Borges Jr. – grandes nomes da Medicina Reprodutiva no Brasil – estão na liderança dessa equipe que conta com profissionais altamente capacitados e comprometidos com os objetivos dos pacientes.

Por ocupar uma posição de destaque nos congressos internacionais (tendo sido premiado pela apresentação de inúmeros trabalhos nos últimos dez anos seguidos) e adotar rigorosamente todas as normas de controle de qualidade requeridas para cada um dos procedimentos realizados, o Fertility é referência em Medicina Reprodutiva, sendo certificado pela Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida.

Tamanha expertise e prestígio também foram ponto de partida, há 15 anos, para a criação do Instituto Sapientiae – entidade assistencial e educacional sem fins lucrativos e que atua em três frentes: ensino, formando profissionais na área de Medicina Reprodutiva; pesquisa, gerando inúmeros trabalhos científicos publicados em revistas de relevância nacional e internacional e apresentados em congressos; e assistencial, atendendo cerca de 500 casais ao ano, sendo 20% tratados gratuitamente.

Para consolidar ainda mais e consagrar essa trajetória, o Fertility ampliou o alcance de seu trabalho, dando origem às unidades de Bauru, no Interior Paulista, e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Foi criado, assim, o Grupo Fertility.

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