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Cânceres de mama, útero e estômago são os que mais incidem em mulheres de Rondônia


Desde o mês de novembro dados sobre os tipos de cânceres que mais incidem em mulheres de Rondônia estão disponíveis no site do Inca - Gente de Opinião
Desde o mês de novembro dados sobre os tipos de cânceres que mais incidem em mulheres de Rondônia estão disponíveis no site do Inca

O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) divulga informações sobre o registro de câncer de base populacional que mais incidem em mulheres no Estado de Rondônia, que são: de mama, de útero e de estômago. Essas e demais informações sobre o registro da doença podem ser conferidas no site do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que desde o mês de novembro disponibiliza os dados de Rondônia.

Tendo como base os anos de 2015 a 2017 foram registrados 915 casos de câncer de mama em Rondônia, 504 de câncer de útero e 123 de câncer de estômago em mulheres que residem em Rondônia.

Rose Britto, coordenadora do câncer na Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) explica que o Estado trabalha o registro de base populacional em Rondônia e apesar do cenário de pandemia conseguiu consolidar a implantação dos dados, que hoje colaboram para indicar a incidência, tipos de câncer, atendendo a vários indicadores, como perfil dos pacientes, incluindo idade, sexo e região da incidência.

Ao longo de três anos foram registrados 915 casos de câncer de mama em Rondônia

Marceli de Oliveira Santos, coordenadora de prevenção e vigilância do Inca, atua na divisão de vigilância e análise de situação e registro de câncer de base populacional do Brasil. Ela afirma que Rondônia evoluiu muito rápido desde a implantação até a produção das informações. “Hoje temos três anos de informações consolidadas, é possível saber qual  é a realidade da incidência em Rondônia por municípios, não somente estimativa, mas informações coletadas pelo próprio registro. Nosso objetivo é conhecer a incidência da doença nos locais, com isso podemos monitorar e atuar com relação à vigilância do câncer, traçar um perfil do Estado, da capital, dos municípios, justamente para trabalhar o planejamento, a avaliação, propor estratégias do planejamento e controle de câncer no Estado”, garante.

Ela explica que o perfil identificado na primeira análise está alinhado ao que o Inca havia prospectado. “O valor emitido é próximo do que a gente estimou para o Estado, com o perfil mais preciso já podemos pensar, inclusive, que as ações sejam delineadas com base nessas informações que o Estado produziu”, reforça.

Ana Flora Gehardt, diretora-geral da Agevisa lembra que apresentar o perfil do câncer pode promover uma interface com outras áreas e até mesmo incentivar à pesquisa na região. “Com o registro implantado, as informações consolidadas, disponibilizamos as informações e já temos condição de trabalhar muito bem esses dados e traçar estratégias de gestão, avaliação, inclusive subsidiar pesquisas, com relação as informações que temos”.

RESULTADO

Em relação ao resultado, a coordenadora diz que casos de câncer de mama e de colo de útero seguem a tendência registrada na região Norte. “Já em relação a questão do estômago vemos que Rondônia ainda se assemelha ao perfil de país em desenvolvimento. Temos vários desafios para enfrentar, tem todo um trabalho de melhorar as condições de saneamento, de alimentação, para que a incidência no estomago não seja tão frequente”, detalha.

“Temos que  entender que câncer é tempo dependente, essa exposição não é igual a doença aguda. Ela aconteceu ao longo dos últimos 20 anos, é uma exposição contínua. Não temos como achar que vamos fazer uma ação hoje e ela vai ser vista amanhã, por isso que a questão do câncer temos que ter uma análise de décadas, e a série histórica é importante. Mas com o perfil que já temos é possível analisar quais são os principais indicadores a serem trabalhados. O próximo passo é fazer uma análise por regional de saúde, aí vamos conseguir identificar se existe diferença entre regionais com relação ao perfil que desenvolvemos para o Estado”, continua Marceli.

A coordenadora de prevenção e vigilância do Inca, também observa que as taxas observadas para Rondônia são baixa para média. Em nível de região Norte o câncer de útero apresenta registros similares aos de câncer de mama.

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