Quinta-feira, 13 de janeiro de 2011 - 13h44
O caos na saúde e o aspecto de hospital de guerra no pronto-socorro João Paulo II, em Porto Velho, que esta semana foram divulgados em rede nacional, causando revolta e clamor social, há mais de cinco anos vem sendo denunciado pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), segundo informou nesta quinta-feira (13) a presidente Inês Motta de Moraes.
A falta de condições de trabalho para os médicos e a superlotação, que fizeram com que o governador Confúcio Moura decretasse estado de calamidade pública, foram levados inúmeras vezes,
Na fiscalização do dia 25 de novembro foi constatado: sem espaço para mais nada, os pacientes são internados ao chão, em baixo das macas com outros doentes |
através de relatórios, com fotos, ao conhecimento do Ministério Público Estadual (MPE), do Ministério Público Federal (MPF), da Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), do Governador do Estado e dos Diretores Técnicos e Clinico do pronto-socorro, do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
No último relatório, preparado após fiscalização realizada no dia 25 de novembro, quando apurou denúncia feita por médicos ortopedistas e neurocirurgiões sobre a falta de condições de trabalho e de atendimento aos pacientes ali internados, o Cremero constatou o “descaso que as autoridades dispensam a saúde da população”. “Parecia uma zona de guerra, com gente doente deitada umas sobre as outras, no chão ou em cadeiras”.
“A superlotação no João Paulo II e a falta de condições de trabalho são tão gritantes que ali se forjou o conceito de maca-beliche, internando pacientes embaixo das macas espalhadas por todos os corredores. É um absurdo”, protestou à época os conselheiros que realizaram a fiscalização.
Além da comissão de fiscalização do Cremero, participaram da fiscalização ao João Paulo II no dia 25 de novembro o Diretor Executivo do JP II, Paulo Ricardo, o promotor de justiça do MPE, Hildon Lima Chaves, o diretor-geral do JP II, Rodrigo Bastos de Barros, o diretor clinico Franklim Almeida, o presidente do sindicato Médico, Rodrigo Almeida. A fiscalização teve ampla cobertura da imprensa e rendeu protestos coordenados por pessoas ligados ao Governo que se despedia.
O relatório apontou os vários problemas do hospital, como o estrangulamento de sua capacidade de atendimento, redundando no acúmulo de pacientes no chão. “O hospital dispõe de 131 leitos para internação, dez leitos de UTI e quatro na UCE, mas, segundo as informações colhidas no local, está com mais de 300 pacientes internados”.
Embora o diretor-executivo tenha afirmado à época que os pacientes estavam sendo medicados, a presidente do Cremero lembrou que estava recebendo informações de que nem os analgésicos estavam sendo prescritos, “havendo necessidade, muitas vezes, de os médicos ligarem ao diretor clinico para solicitar a medicação”.
Outro problema apontado pelo relatório do Cremero encaminhado às autoridades é com relação ao corpo clinico, formado por dois cirurgiões, dois clínicos gerais, um anestesista, um intensivista e dois ortopedistas, “funcionando em escala de plantão de 12 horas e sobreaviso das demais especialidades”.
Uma das observações do Cremero foi a de que o quantitativo de profissionais para prestar atendimento é insuficiente, levando ao absurdo dos pacientes ficarem sem atendimento médico por mais de sete dias, “conforme declaração das pessoas ali internadas”.
À época da fiscalização os médicos ortopedistas estavam absolutamente assoberbados em suas atividades. Eles eram obrigados a atender casos urgentes, são obrigados a passar a visita em 148 pacientes internados, muitos deles há mais de 60 dias aguardando transferência para o Hospital de Base ou encaminhamento para os hospitais credenciados pelo SUS para a realização dos procedimentos cirúrgicos.
Fonte: Ascom/CRM-RO
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