Domingo, 30 de agosto de 2015 - 07h50
A partir de setembro, o Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero) abrirá seus consultórios, no bairro Mariana, em Porto Velho, para o atendimento a autistas, numa parceria com a Universidade Federal de Rondônia (Unir). A informação foi dada nesta quinta-feira (27) pelo coordenador, Yargo Machado.
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida, comprometendo habilidades de comunicação e interação social. Suas causas ainda são desconhecidas, porém, ele é cada vez mais pesquisado.
Cada paciente será avaliado por áreas específicas, e sua evolução observada na tríade psicopedagogia, psicologia e terapia ocupacional, explicou Yargo Machado.
Para ativar esse atendimento, a direção adotou a proposta oferecida pela terapeuta ocupacional, Vanilda Maria Dantas de Morais, e pela psicóloga Marlene Mazarello. Elas integram o Programa de Pós-Graduação em Administração Pública da Unir, que detectou carência nessa área em todo o estado.
Pacientes autistas terão à disposição a maioria dos consultórios em dias e horários a ser acertados e informados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Famílias que necessitarem transporte adaptado adaptado já podem informar ao setor de assistência social do Cero. Um microônibus transporta pacientes de segunda a sexta-feira, da Policlínica Oswaldo Cruz, no Setor Industrial à unidade de reabilitação.
PROCEDIMENTOS
Em média, atualmente entram no Cero seis novos pacientes, por dia. Isso obrigou a direção a promover a seleção de prioridades. Dentro dessa nova conduta, inclui-se o atendimento a autistas, no mês que vem, adiantou Yargo Machado.
Segundo ele, o recorde de atendimento no período de janeiro a julho deste ano ocorreu na fisioterapia de adultos (5.972), seguido de pacientes infantis (1.619) e fonoaudiologia (1.331). Na sequência da estatística, vêm pacientes de psicologia (856), terapia ocupacional (627) e psicopedagogia (551). Já os procedimentos gerais totalizam 16.016 nesse período.
No Cero trabalha a única psicopedagoga na área de saúde do estado, Nilda da Silva Aranda. Até há pouco tempo só havia um terapeuta ocupacional, hoje três estão disponíveis.
Vamos completar um ano de atividades em outubro, e com avanços, assinalou Machado entusiasmado.
Estagiários acadêmicos trabalham durante dois dias da semana recebendo orientações de profissionais mais antigos de fisioterapia e enfermagem, principalmente.
A fila de espera para terapia ocupacional era grande, bem antes da existência do Cero, lembrou outro coordenador, Rodrigo Campos, explicando que hoje as vítimas de acidentes automobilísticos e causas externas [tiros, facadas, queda no solo, queda de altura e violências diversas] constituem a maior clientela.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
Secom - Governo de Rondônia
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