Segunda-feira, 6 de julho de 2015 - 15h39
O Ministério da Saúde (MS) disponibilizou mais R$ R$ 2.279.266,40 para custear as cirurgias eletivas em Rondônia. A portaria com o repasse foi publicada nesta segunda-feira (6) no Diário Oficial da União (DOU).
Com o recurso, que será pago em parcela única por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC), o governo federal possibilita que os estados e municípios continuem a ampliar a realização desses procedimentos. No total, 143 milhões foram liberados para atender dez estados.
O número de cirurgias eletivas no Brasil aumentou 11,7% em dois anos, passando de 2.120.580 em 2012 para 2.370.039 procedimentos em 2014. No mesmo período, o investimento do Ministério da Saúde saltou de R$ 1,04 bilhão para R$ 1,33 bilhão (crescimento de 27,2%).
Em Rondônia, número de cirurgias realizadas no Hospital de Base Ary Pinheiro (HB) – referência no atendimento de alta complexidade em Rondônia – tem estimativa de crescer mais de 70% ao mês. As 900 intervenções cirúrgicas no início de 2014 devem saltar para 1600. Os dados são do setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
O crescimento é possível com a inauguração de dez novas salas cirúrgicas, equipadas com o que há de mais moderno no mercado. São quatro salas para cirurgias – com monitoramento com câmeras, através de arco cirúrgico, equivalente a vídeo-cirurgia – e seis para recuperação pós anestésico (RPA). Com as novas salas, o número de cirurgias diárias passaram de 60 para 90 intervenções.
JOÃO PAULO II
O programa de cirurgias eletivas – as que podem ser agendadas – implantado pela direção-geral do Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II – referência no atendimento de urgência e emergência em Rondônia -, conseguiu desafogar em pelo menos 40% a demanda do setor de ortopedia.
No total, 36 cirurgias são realizadas por semana. São procedimentos de baixa e média complexidades que antes superlotavam a unidade hospitalar. Hoje, com o novo método, esses casos são resolvidos num prazo que varia de dois a sete dias.
O sistema é feito com os mesmos médicos plantonistas. Após o horário de plantão, ou entre uma escala e outra, eles fazem extras para manter a média de 36 intervenções cirúrgicas por semana.
Antes da implantação do programa, não havia essa qualificação. Todos os pacientes esperavam em uma mesma fila, juntamente com os casos de urgência e emergência. Isso gerava uma espera por um procedimento mais simples de 30 a 60 dias.
ESTRATÉGIA
Os recursos integram a estratégia do Ministério da Saúde para garantir o acesso da população aos procedimentos cirúrgicos eletivos disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). O montante pode ser usado para cirurgias de varizes, ortopédicas, de urologia, oftalmologia e otorrinolaringologia, incluindo retirada de amígdalas.
Para o cálculo dos valores estabelecidos na portaria, foram considerados os saldos existentes em cada Unidade da Federação, após a apuração da produção realizada. O recurso é um adicional destinado às cirurgias realizadas até fevereiro deste ano.
Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
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