Quarta-feira, 29 de março de 2017 - 05h06
Doação por aférese. O nome pode parecer estranho, mas as vantagens desse tipo de doação são muitas. De acordo com a gerente técnica da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), Carola Hurtado, com essa metodologia é possível extrair de um único doador volume e quantidade de plaquetas idênticas a de seis a oito e em alguns casos até 10 doadores em uma doação tradicional de sangue.
O sangue é composto de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plasma e plaquetas, mas são as plaquetas as responsáveis pelo controle de hemorragias. Na doação por aférese, através de uma máquina coletora, os componentes do sangue são separados por centrifugação, quando é feita a coleta seletiva direcionada às plaquetas e os demais componentes voltam para o doador.
‘‘Quem recebe plaquetas nunca precisa só de uma unidade, a não ser que seja um recém-nascido. Geralmente é preciso de quatro a oito unidades de plaquetas para o tratamento do paciente’’, afirmou a gerente.
Em uma doação de sangue tradicional, para o tratamento de um paciente seria preciso envolver até 10 doadores diferentes.
‘‘Não podemos esquecer que existe uma janela imunológica [período em que o organismo já está infectado, mas ainda não produz anticorpos suficientes para serem detectados nos testes da triagem sorológica], isso é mundial, não só do nosso estado. Com a aférese nós deixamos de expor o paciente para oito doadores diferentes’’, disse.
Quanto menos doadores envolvidos, mais segura se torna para o paciente a doação. ‘‘E para o doador a recuperação é muito mais rápida. Inclusive em até 72 horas ele pode retornar a fazer a doação, esse é o nosso protocolo interno e ele consegue salvar mais vidas e o paciente se expõe a menos pessoas’’, destacou.
Durante a terça-feira (28) e quarta-feira (29) profissionais da Fhemeron e do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, participam de capacitação sobre captação por aférese. Na Fhemeron esse tipo de coleta diferenciada já é utilizado há mais de cinco anos e os profissionais vêm sendo capacitados para melhorar ainda mais o desempenho da técnica.
‘‘A Fhemeron, enquanto banco de sangue, vai melhorar e ampliar o atendimento para doadores na coleta de plaquetas conforme a metodologia aférese’’, garante a gerente.
Já no Hospital de Base, o curso vai dá base para implantação da aférese terapêutica pela própria equipe do hospital, uma vez que esse tratamento já era realizado, mas pela equipe da Fhemeron.
A consultora da empresa responsável pela máquina de coleta por aférese, enfermeira Mônica Torres, veio de São Paulo para capacitar os profissionais quanto ao uso do equipamento. ‘‘O estado tem um instrumento de ponta na mão, tanto atende a doadores como a pacientes. No caso do Hospital de Base é direcionado a pacientes que precisam fazer plasmaférese, leucaférese, então ao invés de mandarem o paciente para outro estado, vocês têm equipamento para isso’’, disse a enfermeira.
Participam cerca de 12 profissionais das áreas de serviço social, enfermagem e médicos. ‘‘É preciso ter uma equipe extremamente capacitada, não é qualquer profissional que pode se envolver nessa metodologia, é preciso ter um treinamento especifico’’, avalia a gerente.
‘‘Nós já fazemos procedimento de plaquetas aférese e já fizemos também alguns plasmaférese com pacientes nos hospitais. Esse é o terceiro treinamento que nós fazemos, então é mais um reforço para que tenhamos segurança em desempenhar nossas funções e prestar um serviço de excelência’’, contou a enfermeira da Fhemeron, Irenir Sousa.
A iniciativa é um reflexo da preocupação da Fhemeron em atender ainda melhor á sociedade rondoniense. ‘‘Atender melhor tanto em qualidade quanto em quantidade, porque a demanda aumentou muito. Temos que ter um número maior de doadores, mas primando sempre pela qualidade do serviço’’, observou a gerente.
‘‘Estamos sempre atualizados quanto às metodologias e equipamentos. O governo do estado tem priorizado a qualidade dos serviços pensando sempre na população rondoniense’’, reforçou o vice-diretor da Fhemeron, João Ricardo Souza.
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Fonte
Texto: Vanessa Moura
Fotos: Jeferson Mota
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