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Comitê de Enfrentamento contra Influenza esclarece sobre notificações em Rondônia


 
 

Em coletiva à imprensa, o Comitê de Enfrentamento contra a gripe Influenza A informou na manhã desta quarta-feira, 12, as medidas que estão sendo tomadas em relação às notificações dos casos de gripe Influenza A em Rondônia.

Acompanhada do diretor clínico do Cemetron, médico Luiz Augusto Paiva Cardoso e do gerente do núcleo de Biologia Médica do Laboratório Central, Gleense Cartonílio, a presidente do comitê, a biomédica Mirlene Morais, disse que o Estado segue os protocolos internacionais e nacionais estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Em relação às notificações, Mirlene informou que até o momento são no total de vinte e cinco em Rondônia, sendo que destes, houve a confirmação de apenas um. Outros quatro foram descartados e os vinte restantes aguardam resultados que podem chegar ainda nesta quarta-feira, procedentes do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

A biomédica garantiu para a imprensa que, apesar das informações sobre as ações do comitê serem públicas e qualquer pessoa poder acessá-las, é facultada a inviolabilidade da identidade das pessoas que possivelmente estejam no aguardo de exames com suspeitas de terem contraído a gripe.

Ela garantiu que em nenhum momento a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) ou mesmo a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) estejam sonegando informações para a população ou para a imprensa, conforme circulou esta semana em sites da Capital. Mirlene disse que há semanalmente um intercâmbio com o Ministério da Saúde, sempre às quartas-feiras, através de videoconferência, quando são atualizados os boletins. Mesmo assim, reafirmou o telefone de contato do comitê para toda a população, que fica 24 horas disponível: 9979-0892.

Sobre o caso do rapaz com suspeita de gripe Influenza A, que veio a óbito nesta semana, o médico Luiz Augusto explicou o histórico clínico, informando que ele adoeceu no dia 22, foi internado no Cemetron no dia 31 de julho e que teria vindo a falecer no dia 10 de agosto. O comitê está aguardando o exame procedente do Adolfo Lutz para ver se confirma ou não o caso de Influenza A.

Segundo Mirlene, são somente três laboratórios no país que são referência para os exames: o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro e o Laboratório Evandro Chagas, em Belém. Os exames de Rondônia têm seguido para São Paulo e levam, em média, duas semanas para concluírem o resultado.


Descentralização da Medicação

Entre as medidas tomadas pela Sesau, Mirlene explicou que através de portaria emitida nesta terça-feira (11), o secretário da Sesau, Milton Moreira, expediu uma portaria descentralizando a medicação para os hospitais sedes das regionais de saúde no Estado: Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura, Vilhena e Guajará-Mirim, de modo a facilitar o atendimento a pessoas que se encontrem entre os grupos que necessitam de atendimento mais rápido, no caso, as gestantes, crianças menores de dois anos e idosos a partir de 60 anos.

Porta de entrada

Qualquer caso de suspeita de gripe Influenza A, a porta de entrada dos pacientes ainda é através das unidades municipais de saúde, onde o paciente é diagnosticado e, em caso de Síndromes Respiratórias Agudas Graves, há o encaminhamento para o Cemetron, unidade de referência para o tratamento em Rondônia. Até o momento, oito pacientes estão internados no Cemetron, sendo que destes, são três mulheres grávidas e um já teve a suspeita descartada, com alta.

O médico Luiz Augusto garantiu que existem 700 kits de tratamento disponíveis no Cemetron, segundo ele, número suficiente para dar suporte à demanda existente. Também garantiu que a situação da região Norte não pode ser comparada ao sul e sudeste do país, seja pela condição climática onde em locais frios existem maiores aglomerações de pessoas, o que não acontece em Rondônia ou no Norte do País, devido a alta temperatura. Segundo ele, na Região Norte não há transmissão sustentada do vírus, ou seja, ninguém contraiu ainda o vírus aqui na região. O caso positivado a pessoa teria vindo de fora, possivelmente do Japão.

Ações do Comitê

Formado por representantes do Cemetron, Sesau, Semusa, Lacen, Agevisa e Anvisa, o comitê trabalha em sintonia para manter as informações e as ações preventivas. De acordo com Mirlene Morais foram capacitados médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde. As escolas municipais e estaduais também receberam orientação de como proceder em casos de suspeitas de casos em crianças. Há ainda um Comitê de Fronteira formado por integrantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, que atua em Guajará-Mirim.

Fonte: Decom

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