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Saúde

Conhecimento é mais importante que aparato tecnológico


Ao ministrar aula neste fim de semana para cerca de 40 médicos que participam do Curso de Educação Médica Continuada do Conselho Regional de Medicina de Rondônia, o médico cirurgião e professor da Universidade Federal do Amazonas, Wilson Seffair Bulbol, disse que a principal arma do médico no seu cotidiano profissional deve ser o conhecimento científico. "Por isso reputo como da maior importância essa iniciativa do Cremero, com o Conselho Federal de Medicina e a Ufam", observou Bulbol. 

O principal enfoque das aulas ministradas pelo professor Bulbol foi apresentar o conhecimento já sedimentado por atividades médicas diversas. "Isso é fundamentalmente para colocar um bálsamo de conhecimento nas pessoas. É esse o objetivo da Educação Médica Continuada, trazendo também novidades e a utilização de novas tecnologias, mas principalmente, o conhecimento largamente experimentado (padrão)".

A padronização da conduta médica é vista pelo professor Bulbol como o melhor caminho a ser trilhado pelo profissional médico. "Deve-se sempre partir do mais simples para o mais complicado, tanto do ponto de vista de feitura de diagnóstico, como do ponto de vista da solicitação de exames. Deve haver o que chamamos de propedêutica, que é o caminho de busca do diagnóstico do problema do paciente", afirma.

Discordando dos profissionais que alegam falta de recursos tecnológicos para desempenhar bem a atividade, o professor Bulbol procura mostrar aos seus alunos (e na aula sobre nefro/urologia ministrada aos médicos de Rondônia que participam do Curso de Educação Médica Continuada do Cremero não foi diferente) que sedimentar conhecimentos é a melhor ferramenta para o sucesso profissional do médico e afirma: "o fundamental é o conhecimento e nesse aspecto o Conselho Regional de Medicina está corretíssimo em trazer para Rondônia esse curso. O médico deve usar seu arsenal de conhecimento, independente do aparato tecnológico. E esse arsenal se firma no exame do paciente e na relação adequada médico-paciente", disse. 

Ao avaliar o aproveitamento e a receptividade da aula ministrada no auditório do Cremero, o doutor Wilson Bulbol assegura que gostou muito da forma como os médicos de Rondônia interagiram com os assuntos abordados. Tendo como tema central de sua aula as doenças renais, o sétimo módulo do Curso de Educação Médica Continuada abordou o assunto sobre todas as variáveis e enfocando os diversos males que afetam as funções renais. Wilson Bulbol avalia que o aproveitamento dos colegas médicos foi bastante satisfatório, "até porque são profissionais já experimentados, o que lhes falta é o encaminhamento de como fazer o diagnóstico e como tratar mais simplesmente".

Médico com mais de vinte anos de experiência em doenças da região amazônica e professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Wilson Seffair Bulbol reafirma sua crença na educação médica continuada como meio de preparar melhor os médicos para os desafios da profissão. "Um médico medianamente preparado saberá solucionar pelo menos 90 por cento dos problemas de seu paciente. E, desse ponto de vista, o curso é uma vitória do Conselho e da classe médica do Brasil", acentua o professor.

O Curso de Educação Médica Continuada do Cremero em parceria com o Conselho Federal de Medicina e com a Universidade Federal do Amazonas começou em março e termina em dezembro, num total de dez módulos, sendo aplicado um todo mês. A coordenadora do Curso, vice-presidente do Cremero Inês Motta, destaca a participação dos profissionais de várias regiões do Estado e espera que o resultado final do curso seja a melhoria no atendimento prestado a população.

Fonte:  Cremero

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