Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023 - 14h12
Um estudo realizado
por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) sobre
a baixa adesão vacinal de crianças no estado foi destaque na imprensa nacional
na última sexta-feira (10/02).
Coordenado pelo
professor, advogado e especialista em direitos humanos Vinicius Miguel, o
estudo aponta que a falta de uma comunicação eficaz contribui para que Rondônia
esteja entre os estados com os mais baixos índices na cobertura vacinal
infantil, que tem como consequência a exposição de crianças a doenças que já
haviam sido erradicadas no país.
De acordo com o
relatório da pesquisa, que se propôs a estudar a relação entre desinformação,
indisponibilidade de dados públicos e escassez de transparência pública na
saúde, a vacinação no estado é dificultada pela falta de informação básica e
acessível, como local e horário para vacinação e a disponibilidade de vacinas,
além da falta de atendimento telefônico.
“Passamos, com os
levantamentos, a perceber a escassez parcial ou total de uma comunicação
pública, propositiva e até mesmo mais básica sobre vacinação, sua importância,
necessidade, efetividade e biossegurança”, conta Vinicius Miguel.
Apesar da falha do
Estado em garantir a efetividade do direito à saúde de crianças e adolescentes,
o professor e coordenador do estudo conta que o grupo percebeu um discurso
corrente que atribui culpa exclusiva à família ou ao usuário do Sistema Único
de Saúde (SUS) para a queda de vacinação.
“Não se ignora a
emergência de movimentos antivacina e anticiência, mas o nosso olhar era de que
isso, por si só, era insuficiente para explicar a queda da cobertura vacinal
como um todo”, explica o pesquisador.
O coordenador do
estudo aponta que o poder público precisa apresentar uma reação enérgica contra
os movimentos antivacina, além de retomar canais de comunicação com a sociedade
sobre riscos e prevenção.
“Os municípios,
estados e mecanismos de vigilância sanitária precisam facilitar a informação
básica e prática. Percebe-se que há uma lacuna enorme de dados sobre calendário
vacinal, onde tomar vacinas e mesmo horários de funcionamento das unidades”,
enfatizou Vinicius Miguel.
Também é importante
informar sobre a disponibilidade de vacinas: muitas vezes, o cidadão se desloca
até a unidade de saúde e é informado sobre a falta, volta para casa e não
recebe mais informações quando ocorre o abastecimento. Neste contexto, o
professor complementa que o Estado deixa de aproveitar as muitas possibilidades
de facilitar o cotidiano do cidadão.
“Mecanismos como
disponibilizar local e horário de atendimento ou mesmo desenvolver mecanismos
de alerta (como SMS ou mensagem de WhatsApp) para que responsáveis levem as crianças
para vacinação ou usar modos de agendamento da vacinação que o usuário pudesse
também identificar o local e horário mais conveniente e próximo de sua
residência”, aponta o autor.
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