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Cremero discute situação de João Paulo II e novo hospital de pronto socorro - Heuro


Cremero discute situação de João Paulo II e novo hospital de pronto socorro - Heuro - Gente de Opinião

Com mais de 34 mil atendimentos registrados no ano de 2021, segundo dados da direção da unidade, o Hospital e Pronto Socorro João Paulo II vive crise de lotação e falta de estrutura para atender a demanda que vem de todo o Estado. Nesta terça-feira (03), o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), se reuniu com representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sindicato dos médicos de Rondônia (Simero), Agência de Vigilância Sanitária (Agevisa), Conselho Estadual de Saúde (CES), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), médicos e gestores da secretaria de saúde (Sesau) e direção do JPII.

A reunião começou com a construção do Hospital de Urgência e Emergência Regional de Porto Velho (Heuro) visto que a operacionalização do mesmo assumirá com excelência e capacidade estrutural a assistência do Hospital João Paulo II, e o recurso de R$ 60 milhões já havia sido disponibilizado pelo TCE em conjunto com a Assembléia Legislativa do Estado, Defensoria Pública entre outros apoiadores. Representando o conselheiro do TCE Valdivino Crispim de Souza, esteve o Dr. Wagner Gonçalves que assegurou não haver impedimento legal no tribunal para o início das obras, cabendo ao estado e a empresa que venceu a licitação o início das obras. “Sabemos que este valor arrecadado não será o utilizado na construção do Heuro, mas caberá no fim do ano a secretaria prestar conta do feito com o mesmo”, ressaltou.

O representante da Sesau, secretário adjunto Dr. Maxwendel Batista, disse que a construção do Heuro será feita em 24 meses. “O planejamento do terreno já teve início. A primeira parte que compreende 50% do projeto, com 10 leitos de UTI e 106 leitos de internação tem prazo de entrega 10 meses pós-início”, acrescentou o secretário.

A presidente do Cremero, Ellen Santiago falou da importância de se divulgar essas informações para que médicos e população acompanhem com esperança. “É uma ótima notícia sabermos que este projeto está em andamento. Precisa ser noticiado o desenrolar da obra que visa atender uma grande necessidade da saúde no Estado”, comemorou.

Cirurgias ortopédicas 

Para o secretário adjunto da Sesau, a ortopedia é um dos gargalos mais expressivos do Hospital João Paulo II, que de acordo com o diretor geral do hospital, Dr. Madson Albuquerque Alves, as cirurgias ortopédicas de urgência e emergência continuam sendo feitas normalmente, porém o hospital considerado uma “mãe” tem recebido todas as demandas do interior do Estado, inclusive de pedidos de cirurgias eletivas. “Este nem é o perfil do hospital, porque não tem funcionários suficientes para isso. Mas na ânsia de atender o paciente vai se criando essa bola de neve”, acrescentou.

Fiscalizações Agevisa

Além da ortopedia, o Cel. BM Gilvander Gregório de Lima, diretor geral da Agevisa informou que a fiscalização é constante no Hospital João Paulo II, inclusive com o departamento de nutrição, quando aguarda a reforma da cozinha se comprometendo a enviar os relatórios dos trabalhos feitos em todo o hospital, até o momento, ao Cremero.

Doentes Psiquiátricos atendidos no JPII

A Dra. Ellen Santiago acrescentou a preocupação com o atendimento de pacientes da saúde mental no hospital João Paulo II, acrescentando que se faz imprescindível a construção de um centro de atendimento exclusivo também para esses pacientes. 

O diretor geral do hospital João Paulo II, explicou que o assunto da psiquiatria está sendo tratado e que deve ser passado pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB/RO) para regularização de novo fluxo. Essa discussão na CIB é necessária já que o interior do Estado não tem um centro de atendimento psiquiátrico. Todos pacientes são referenciados para Porto Velho que tem apenas um CAPs e o atendimento desordenado no hospital João Paulo II e Hospital de Base.

Manutenção e revisão de contratos em unidades de saúde

O presidente do CES, Dr. Robinson Machado, ressaltou a necessidade de manutenção que se faz urgente não só no Hospital João Paulo II como em todas as unidades do Estado, assim como a importância de se rever os contratos terceirizados de prestadores de serviços.

A presidente do Cremero considerou como muito produtiva a reunião. “Entendemos que se faz de fato urgente as medidas informadas pela Sesau visto que diante de qualquer intercorrência quem acaba respondendo pelo paciente é o médico”, destacou.

O diretor de fiscalização, Dr. Cleiton Bach agradeceu a presença de todos na reunião destacando a ânsia de todos na busca pela solução dos problemas com a saúde em Rondônia. 

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