Sábado, 1 de agosto de 2009 - 10h23
Visando esclarecer as principais dúvidas sobre a o atendimento a pacientes com suspeita de contágio pela Influenza (H1N1), o Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), realizará na terça-feira (04/08), em Porto Velho, palestra voltada a médicos e acadêmicos de medicina. A palestra, Esclarecimento sobre a Influenza A (H1N1), abordará a questão da assistência médica preventiva, ambulatorial e hospitalar. Está prevista para começar às 20h, no auditório do Cremero, na Avenida Migrantes, nº 3414 (BR-319), bairro Liberdade.
A presidente do Cremero, Inês Motta, explica que a doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1), tem gerado uma série de dúvidas, tanto nos pacientes quanto nos médicos. Segundo ela, a palestra aos médicos visa garantir atendimento ágil a pacientes com quadro grave ou com potencial para complicações e evitar superlotação de hospitais com casos leves.
Inês explica que, devido ao pânico que se gerou com as notícias de contágio e mortes pela Influenza em alguns estados, já se observa dificuldade de atendimento nos hospitais de referência em função da alta procura de pessoas com sintomas leves e, muitas vezes, com infecção por outros vírus.
Os números da nova gripe
Desde o início da nova gripe, há pouco mais de dois meses, a Fundação Osvaldo cruz (Fiocruz) processou 1.447 amostras de pacientes. Cinqüenta por cento teve resultado negativo para influenza, 29% foram confirmados para a nova gripe e 21%, para a gripe comum.
Segundo o novo protocolo de vigilância de influenza, são considerados casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aquelas pessoas que apresentarem febre, tosse e dispnéia.
Até 22 de julho de 2009, foram registrados 1.857 casos de SRAG no Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), sendo que 226 (12,2%) foram confirmados para o novo vírus influenza A (H1N1), 89 (4,8%) para influenza sazonal, 296 (15,9%) foram descartados para influenza e outros vírus respiratórios e 1.246 (67,1%) estão em investigação.
Do total de 226 casos confirmados de SRAG pelo novo vírus influenza A (H1N1) 29 evoluíram para óbito, o que corresponde a uma taxa de letalidade em relação aos casos graves de 12,8%. Cabe destacar que, de acordo com o novo protocolo, o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos. A taxa de mortalidade dos casos confirmados de SRAG pelo novo vírus influenza A (H1N1) é de 0,015/100.000 habitantes.
Fonte: Ascom/Cremero
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