Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025 - 15h38
Nos últimos dois anos, o Brasil alcançou avanços significativos na
cobertura vacinal da população. O Ministério da Saúde registrou um aumento
expressivo no número de municípios que superaram a meta de 95% de imunização
para as vacinas essenciais do calendário infantil. Um exemplo disso é a vacina
tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A meta
para a primeira dose foi alcançada em 3.870 municípios brasileiros em 2024,
frente às 2.485 cidades de 2022, o que representa um crescimento de 55,7%. Em
Rondônia, o número de municípios que atingiram a cobertura vacinal superior à
meta para esse imunizante subiu de 29, em 2022, para 45, em 2024. A alta também
foi registrada na segunda dose da vacina, que passou de sete para 30
cidades.
O número de municípios que atingiram a meta para a Vacina Oral
Poliomielite (VOP) em Rondônia também registrou crescimento, subindo de 14 em
2022 para 32 em 2024. Esse avanço acompanha o cenário nacional, que registrou
um aumento de quase 93%, passando de 1.466 cidades em 2022 para 2.825 em 2024.
Em novembro, o Ministério da Saúde substituiu a VOP, conhecida
como gotinha, por uma dose de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) que é
injetável, para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro. A nova
estratégia para uso do imunizante injetável é mais um passo para garantir que o
Brasil se mantenha livre da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença,
graças à vacinação em massa da população.
Todos esses resultados refletem o esforço do Governo Federal para
reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS),
da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país. O Brasil vinha
enfrentando graves quedas na cobertura vacinal desde 2016. Com o lançamento
do Movimento Nacional pela
Vacinação, em 2023, o país reverteu essa tendência de queda. Em
2024, 15 das 16 vacinas recomendadas
para o público infantil registraram aumento.
Para a ministra Nísia Trindade, esses resultados demonstram o
compromisso do Brasil com a proteção da população. “Desde o início da gestão,
nosso objetivo foi retomar e ampliar as coberturas vacinais. Ao fortalecer o
sistema de saúde e investir na atenção primária, criamos condições para que a
vacina chegue a todos os brasileiros. O Movimento Nacional pela Vacinação foi
um marco e com o apoio de parceiros nacionais e internacionais, hoje colhemos
os frutos desse trabalho”, destacou.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, reforçou
a importância de levar a vacinação para áreas de difícil acesso. “Conseguimos
vacinar mais pessoas em 2023 do que nos quatro anos anteriores, graças a um
esforço conjunto e integrado. Chegar até as comunidades mais isoladas, por meio
da Operação Gota, por exemplo, foi essencial para atingirmos essa meta e
garantir a proteção de todas as crianças e comunidades”, afirmou.
Demandas da população estão asseguradas
No último mês, o Ministério da Saúde enviou 100% da demanda de imunizantes
apresentada pelos estados. Todas as vacinas do calendário básico
estão com estoques abastecidos. Segundo o painel de distribuição, entre 2023 e
2024, foram enviadas mais de 604 milhões de doses a todos os estados.
No caso das vacinas varicela e tetraviral (que também possui o
componente varicela), houve escassez de matéria-prima mundialmente. O diretor
do Programa Nacional de
Imunizações, Eder Gatti, reforçou que eventuais problemas serão
resolvidos com os novos fornecedores. “Garantimos abastecimento inclusive da
varicela, que enfrentava pendências, superando um problema por conta de
fornecedores. Hoje, contamos com três fornecedores para essa vacina,
assegurando a normalização ao longo do primeiro semestre de 2025”,
detalhou.
Mesmo diante da dificuldade de fornecimento, o Ministério da Saúde
garantiu estoque estratégico da vacina varicela para atendimento de situações
de bloqueio surto e todos os pedidos foram atendidos pela pasta, totalizando
mais de 1,7 milhão de doses em 2024.
Em 2023, o Ministério da Saúde retirou o sigilo dos estoques e dos descartes de vacinas e outros insumos. Mais de 12,3 milhões de doses de vacinas que seriam perdidas foram utilizadas e, com isso, foi evitado um desperdício de quase R$ 252 milhões. Em 2024, a pasta anunciou mais de R$ 7 bilhões dentro do Plano de Vacina para 2025, sem contar eventuais novas incorporações. O orçamento permite a compra de pelo menos 260 milhões de doses, garantindo o abastecimento em todo o país.
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