Quarta-feira, 1 de dezembro de 2021 - 14h02
O deputado Cirone Deiró (PODE) apresentou na
madrugada da última terça-feira, 30 de novembro, ao secretário Fernando Máximo
as reivindicações de familiares e pacientes que não estão conseguindo
atendimento médico no hospital de Urgência e Emergência-Heuro de Cacoal.
Familiares de pacientes internados no Heuro denunciaram ao deputado a
superlotação, incluindo os pacientes que esperam atendimento nos corredores
devido à falta de profissionais para prestar atendimento médico. Cirone Deiró
relatou ao titular da Secretaria de Estado da Saúde-Sesau que as dificuldades
enfrentadas pelos pacientes para conseguir atendimento no Heuro ultrapassaram
os limites toleráveis e que providências urgentes precisam ser adotadas para
resolver a situação.
Recentemente, com o voto favorável do
deputado Cirone, a Assembleia Legislativa aprovou crédito suplementar no valor
de R$ 200 milhões para que o secretário Fernando Máximo contrate de forma emergencial
novos serviços e profissionais para atender a grande demanda na rede pública de
saúde. "Todos os deputados estão comprometidos com medidas que buscam
melhorar o atendimento à população na área da saúde. Os projetos da Secretaria
de Estado da Saúde têm sido priorizados na Assembleia Legislativa, infelizmente
não estamos constatando as melhorias nos serviços oferecidos a população,"
assinalou.
Na avaliação do deputado Cirone, o
enfrentamento à Covid-19 resultou na paralisação e suspensão dos atendimentos
das cirurgias eletivas na rede pública de saúde em Rondônia. "Situação que
se justificava a época, porque toda a estrutura do sistema de saúde foi
direcionada para o enfrentamento da emergência de saúde pública em razão da
pandemia. Ocorre que a suspensão desses serviços resultou em uma fila de espera
que ultrapassa 25 mil pacientes que estão aguardando por algum dos
procedimentos médicos que se enquadram na modalidade de cirurgias eletivas. O
momento exige um plano de ação emergencial para reorganizar o atendimento aos
pacientes da rede pública, especialmente no hospital regional e no Heuro de
Cacoal", afirmou.
Cirone Deiró apresentou ao secretário
Fernando Máximo a necessidade da Secretaria de Estado da Saúde-Sesau adotar
medidas excepcionais para desafogar a enorme fila de cirurgias e
exames que não foram realizadas nos períodos mais críticos de transmissão do
coronavírus. "É inegável que uma das áreas mais atingidas pela pandemia
foi o sistema de saúde. Diante dessa grande necessidade de reestruturação dos
serviços de assistência à saúde em todos os níveis o secretário Fernando Máximo
precisa adotar medidas que tragam respostas imediatas para a população, tanto
no que diz a realização de exames, quanto a realização de cirurgias de
pacientes que estão há quase dois anos, à espera desse procedimento, como
também para o atendimento de urgência que colapsou" defendeu.
A contratação dos serviços de cirurgias na
rede privada de saúde e a prorrogação do estado de calamidade foram algumas
propostas apresentada ao secretário Fernando Máximo. Cirone explicou que para
zerar a fila de mais de 25 mil pacientes à espera de atendimento médico
hospitalar precisa de um plano de ação da Sesau para contratar serviços na rede
privada. Segundo o deputado, essa medida já foi adotada por outros estados, a
exemplo do Mato Grosso do Sul e São Paulo, que adotaram valores diferenciados
da tabela SUS para a rede privada realizar os procedimentos cirúrgicos.
"Com o devido acompanhamento do Tribunal de Contas e demais órgãos de controle
é preciso pactuar com a rede privada uma tabela diferenciada de procedimentos
em relação ao que tem sido pago atualmente pelo SUS, considerando que os
valores da tabela SUS não cobrem os custos dos procedimentos. Em relação a
prorrogação do estado de calamidade na saúde é preciso manter a estrutura
criada para atender os pacientes da Covid", explicou
Cirone justificou a proposta diante do
agravamento da situação nos últimos dias, porque o Heuro de Cacoal não está
conseguindo atender nem mesmo os pacientes da emergência, situação semelhante
enfrenta os pacientes do João Paulo, em Porto Velho. No caso de Cacoal, Cirone
defendeu que o secretário Fernando Máximo disponibilize os técnicos da
Secretaria de Estado da Saúde para ajudar o município a colocar a Unidade de
Pronto Atendimento-UPA em funcionamento. Segundo ele, o Heuro e o Hospital
Regional atendem uma população de mais de 800 mil pessoas da grande região
central do estado. "Por isso, é inadmissível que atendimentos de menor
complexidade que deveriam ser realizados na UPA estejam sendo todos
centralizados no Heuro, contribuindo para a precarização do atendimento de
pacientes graves", concluiu.
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