Quinta-feira, 9 de abril de 2015 - 05h08
Os deputados Luizinho Goebel (PV), Dr. Neidson (PTdoB), Adelino Follador (DEM) e o prefeito de Vilhena, José Rover, estiveram ontem, quarta-feira (8), na Comunidade Santa Marcelina, a convite da diretora da Comunidade Santa Marcelina, irmã Lina Maria Ambiel, para conhecer o trabalho desenvolvido pela instituição e tomar ciência das dificuldades enfrentadas para sua manutenção.
A diretora esclareceu que o custo dos equipamentos como próteses, cadeiras de rodas, muletas e sapatos é praticamente coberto pelo Sistema Único de Saúde, mas a instituição tem dificuldades devido à defasagem da tabela do SUS, que paga R$ 10,00 por consulta e R$ 8,00 por internação.
Outro ponto levantado pela irmã Lina é em relação ao custeio de manutenção com a alimentação, porque muitos pacientes vêm do interior do Estado e não têm onde ficar. Também explicou que só foi feito um repasse referente ao Programa Nota Legal, e que elas não têm conhecimento de quando e quanto vão receber do Governo do Estado. A maioria das mutilações, segundo a direção, é em decorrência de acidentes e diabetes.
Os parlamentares tiveram a oportunidade de conversar com pacientes que receberam próteses e enalteceram o trabalho realizado pela instituição, como é o caso de Selene de Souza, do município de Jaru, que perdeu a perna em acidente com motocicleta, e de Arivaldo Freire, do Estado do Amazonas, que perdeu a perna em decorrência da hanseníase.
Ambos disseram a Comunidade Santa Marcelina realiza um trabalho de excelência. “Temos cadeiras de rodas motorizadas para fornecer a quem precisa desde que a pessoa atenda os requisitos necessários. Atualmente não estamos fazendo a cirurgia em crianças com pés tortos por faltas de recursos”, informou a diretora.
Diante das dificuldades apresentadas pela direção, os deputados decidiram realizar audiência pública com a participação de todos os parlamentares estaduais, prefeitos e vereadores, secretário de Estado de Saúde e Procuradoria Geral do Estado no ginásio da própria instituição. A irmã Lina sugeriu aos deputados alterações em lei estadual que não permite repasses para custeio, nem para obras, só para reformas. “E uma de nossas dificuldades é manter a alimentação e a falta de espaço, porque hoje só podemos reformar e não ampliar as salas”, ressaltou.
O hospital tem capacidade para 100 leitos e mais de 25 especialidades. Na comunidade são feitas as próteses que são colocadas após a recuperação cirúrgica, com atendimentos de psicólogas, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Durante a visita os deputados conheceram as salas de fisioterapia, oficia ortopédica e sapataria.
Fonte: Liliane Oliveira
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