Terça-feira, 14 de junho de 2016 - 17h51
A Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron) homenageou pessoas que doam sangue e instituições que enviam doadores para salvar vidas, em solenidade nesta terça-feira (14), alusiva ao Dia Mundial do Doador de Sangue. Na ocasião, o presidente da Fhemeron, Orlando José Ramires, lançou a campanha “Doe Sangue, a Vida Merece Esse Gesto”.
Ele explicou que o objetivo da data é aumentar a consciência da necessidade de componentes sanguíneos seguros e agradecer a todos os dadores as suas dádivas voluntárias, assim como reconhecer sua importância e contributo em salvar vidas e melhorar a saúde e qualidade de vida de muitos doentes.
Segundo Ramires, atualmente a Fhemeron está presente em 18 municípios rondonienses, e tem cadastrados 70 mil doadores de sangue, mas nem todos comparecem no prazo certo para fazer a doação. “Por isso que precisamos divulgar e sensibilizar a população do ato nobre de doar sangue, uma vez que somente sangue substitui sangue”, reforçou.
Entre as instituições homenageadas nesta terça-feira, estão a Base Aérea de Porto Velho, 17ª Brigada de Infantaria, Polícia Militar, Assembleia Legislativa, Corpo de Bombeiros, Loja Maçônica, faculdades, emissoras de TVs e jornais, igrejas e empresas privadas.
O médico Aparício Carvalho, diretor da Fimca, representou os homenageados na solenidade, e agradeceu ao governo do estado pelos avanços na saúde, “que tornaram a Fhemeron um dos melhores hemocentro do País”.
A Embaixada Mundial dos Ativistas pela Paz, uma Organização Não Governamental (ONG), conta com uma média de 700 voluntários e mantém parceria com a Fhemeron há mais de três anos, através do projeto “No sangue a vida, Seiva da Vida”.
“Nosso objetivo é introduzir a cultura voluntária de doação de sangue como um ato de amor ao próximo, solidariedade e cidadania”, acrescentou Levi Albertino de Sousa, coordenador da ONG.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 92 milhões de pessoas doam sangue anualmente, sendo que 45% têm menos de 25 anos e 40% são mulheres. A OMS quer expandir este universo de dadores, encorajando outras pessoas a tornarem-se dadoras. A proposta é que em 2020 as doações de sangue em todos os países sejam completamente benévolas e não remuneradas.
CACOAL
É em clima de festa junina que as doações de sangue acontecem durante este mês em Cacoal. Nesta terça-feira (14), Dia Mundial do Doador de Sangue, o lanche servido aos que doam sangue foi reforçado: canjiquinha, curau, pipoca, paçoca, bolo de milho e de diversos outros sabores foram servidos. Tudo isso para tornar a doação de sangue algo mais especial no Dia do Doador, sendo, também, o atendimento estendido até às 17h.
De acordo com o diretor da unidade da Fhemeron em Cacoal, Tochiuqui Nakandakare, a expectativa é que neste dia sejam coletadas cerca de 100 bolsas de sangue. “Regularmente, em dias comuns, a média de coleta é de 25 bolsas. Hoje esperamos superar 100 bolsas coletadas e fidelizar doadores que estão aqui pela primeira vez”, explicou.
Conforme Tochiuqui, a demanda da Fhemeron aumentou com a inauguração do Hospital de Urgência e Emergência Regional (Heuro) de Cacoal, em dezembro de 2015. “Com o Heuro, o número de atendimentos em Cacoal aumentou e a demanda por bolsas de sangue aumentou também. Para aumentar nosso estoque, realizamos coletas externas, ou seja, vamos em outros municípios para a coleta de sangue”.
Segundo o diretor, na próxima semana a equipe do Hemocentro de Cacoal estará em Primavera e Alvorada. Mensalmente, três coletas externas são realizadas, sendo que, em cada uma delas, uma média de 80 bolsas de sangue é coletada. A capacidade de armazenamento da Fhemeron em Cacoal é de até 200 bolsas por dia.
A recepcionista Daniele Ramos Barbosa, de 24 anos, doou sangue pela primeira vez. Para ela, este é um ato de amor ao próximo. “Quando sensibiliza o coração da gente, nós tomamos uma atitude. Não é só falar, é vir fazer, é doar, é salvar vidas. Meu marido doa sangue há um tempo e hoje eu aproveitei e vim com ele, e estou muito feliz, pois sei que estou fazendo a minha parte”, declarou.
Livia Alves de Oliveira, de 32 anos, mora há dois anos em Cacoal, e também doou sangue pela primeira vez. Mas antes disso vivia em JI-Paraná, onde doava regularmente. “Eu doo sangue para salvar vidas. Além disso, a gente nunca sabe o dia de amanhã. Pode ser que um dia eu precise do sangue de alguém para que a minha própria vida seja salva. A sensação de estar aqui e saber que esse simples gesto pode salvar uma vida é indescritível”, comentou.
Fonte
Texto: Marilza Rocha e Giliane Perin
Fotos: Daiane Mendonça e Giliane Perin
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