Quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019 - 13h59
Diabetes é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo de
glicose no sangue, que, com auxílio da insulina – produzida por células
especializadas do pâncreas, chamadas Ilhotas de Langerhans –, é carreada para
dentro das células. Na pessoa afetada, as células não captam essa glicose por
falta de insulina, provocando altas taxas de açúcar no sangue periférico. Pode
ocorrer ainda resistência das células à própria insulina.
Como consequência do excesso de açúcar no sangue, podem
ocorrer problemas como:
·
Distúrbios visuais (retinopatia diabética);
·
Nefropatias;
·
Neuropatias (lesões nervosas);
·
Aterosclerose (destruição e endurecimentos das
paredes dos vasos sanguíneos);
·
Hipertensão arterial;
·
Dificuldade de cicatrização de feridas,
principalmente nas extremidades (pé diabético).
Existem cerca de 171 milhões de diabéticos no mundo, com
diferentes classificações da doença:
Tipo 1: as causas geralmente são genéticas – há casos raros
de diabetes hereditários –, ambientais ou autoimunes – ou seja, o próprio
sistema de defesa do organismo ataca as células produtoras de insulina e o
indivíduo perde a capacidade de produzir essa substância ou produz muito pouco
–, sendo difícil prevenir ou evitar. O tratamento é feito com uso regular de
insulina.
Tipo 2: representa cerca de 90% dos casos de diabetes. Em
geral a produção de insulina está preservada, mas é baixa e encontra muita
resistência ao tentar penetrar nas células, porque as cargas de glicose estão
muito elevadas. Ocorre habitualmente após os 40 anos e é relacionado à obesidade.
O tratamento é feito com drogas que reduzem os níveis de açúcar do sangue
(hipoglicemiantes orais), e dispensa insulina.
Outros tipos: defeitos genéticos de ação da insulina,
doenças que afetam a secreção das insulinas como pancreatites, doenças endócrinas,
uso de drogas como anti-inflamatórios à base de glicocorticoides e algumas
síndromes genéticas como, por exemplo, a de Down.
Gestacional: geralmente finda no final da gestação. Os
fatores que causam a doença são desconhecidos e pouco pesquisados.
Por ser uma doença evolutiva e crônica, a pesquisa sobre
células-tronco (embrionárias ou de sangue de cordão umbilical) é uma das poucas
esperanças de cura. Alguns grupos estudam o potencial das células-tronco
embrionárias, mas por motivos éticos e religiosos as pesquisas têm se
direcionado mais para as células do cordão umbilical. No momento, os resultados
de laboratório dão expectativa excelente sobre a possibilidade de trazer
benefícios aos milhões de pacientes afetados pela doença.
Há muitos dados sobre transformações de células-tronco em
produtoras de insulina (Ilhotas de Langerhans). Atualmente, pesquisas que
envolvem animais estão em andamento e futuramente ocorrerão testes em seres
humanos. Um estudo publicado pela revista Proceedings,
da Academia Nacional de Ciências dos EUA, mostrou ser possível produzir
insulina em cobaias portadoras de diabetes, com o auxílio de células-tronco
embrionárias. Também haverá grande possibilidade das células-tronco tratarem os
efeitos colaterais da doença.
Essas pesquisas objetivam curar o diabetes, pois as
células-tronco do cordão umbilical são jovens e possuem grande potencial de
diferenciação. Os resultados momentâneos dão suporte para que se continue
trabalhando neste sentido, pois no futuro teremos respostas curativas para
milhões de doentes.
*Texto produzido em parceria com o portal Leet Doc
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