Segunda-feira, 17 de março de 2025 - 08h07
O Tribunal de Contas
do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou, neste domingo (16/3), uma nova
fiscalização nas UPAs e nas Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino, em Porto
Velho. Todas as unidades de saúde são gerenciadas pelo município. O objetivo é
melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho dos profissionais
de saúde.
Os auditores do TCE
identificaram avanços importantes, com soluções para problemas apontados
anteriormente. No entanto, ainda persistem falhas, como falta de insumos,
medicamentos e problemas estruturais.
USUÁRIOS PERCEBEM
MELHORIAS
Pacientes relatam
mudanças positivas no atendimento. A dona de casa Mirian Oliveira lembra que
antes a espera era longa e faltavam médicos. Na avaliação dela, o serviço mudou
após as fiscalizações do TCE. “Só tenho a gratidão porque o atendimento
melhorou muito”, disse após ser atendido na UPA da zona sul.
Outra usuária,
Kellyane Gonçalves, levou o filho para atendimento médico na UPA da Zona Sul.
“Fui bem atendido e foi super-rápido”, comentou.
IMPACTO TAMBÉM PARA
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O presidente do
Conselho de Medicina de Rondônia (Cremero), Lucas Levi Sobral, acompanhou a fiscalização
e destacou avanços após a atuação do TCE. “Observamos equipamentos novos,
materiais disponíveis e laboratório em funcionamento. Houve realmente
melhorias”, destacou.
A técnica de
radiologia Angélica dos Santos reforça a importância da fiscalização: “Tudo o
que é cobrado, funciona. Parabéns ao Tribunal. Vocês são nota 10”.
PRINCIPAIS PROBLEMAS
IDENTIFICADOS
Apesar dos avanços,
as equipes de auditoria identificaram, neste domingo, falhas estruturais, falta
de insumos e necessidade de reforço no quadro de profissionais.
Na Policlínica José Adelino, há infiltrações e consultórios mal distribuídos. Os profissionais reclamam da alimentação e da necessidade de mais médicos, principalmente nos períodos críticos.
Na Policlínica Ana
Adelaide, os auditores identificaram escassez de luvas e medicamentos básicos.
A UPA da Zona Sul
opera de forma satisfatória, com destaque para limpeza e organização, mas
precisa melhorar a gestão de resíduos, atualmente descartados na rede de esgoto
comum.
Já na UPA da Zona
Leste, exames e regulação melhoraram, mas ainda faltam insumos essenciais, como
luvas. Além disso, a unidade passará por reforma.
Os problemas foram
registrados em relatório e direcionados à gestão municipal, que têm cinco dias
para apresentar providências.
FISCALIZAÇÃO TRAZ
RESULTADOS PARA CIDADÃO
Os servidores do
TCE-RO destacam a satisfação de constatar o impacto positivo da fiscalização.
“Planejamos a auditoria e, ao ver os resultados na prática, sentimos orgulho do
nosso trabalho”, afirmou o auditor Paulo Lima.
Para o auditor
Gustavo Lanis, a presença do Tribunal faz diferença: “As pessoas percebem a
melhoria e se sentem valorizadas. Isso nos deixa felizes”.
O secretário-geral de
controle externo do TCE-RO, Marcus Cézar Filho, ressalta que as fiscalizações
contínuas geraram grandes avanços. “Há uma evolução significativa desde as
primeiras ações, para que o serviço de saúde seja fornecido de maneira adequada
no município”, completou.
GESTORES PODEM SER
RESPONSABILIZADOS
O TCE de Rondônia
reforça que a fiscalização tem caráter preventivo e corretivo. “Se os gestores
não cumprirem as determinações no prazo, o Tribunal instaura processos de
responsabilização, garantindo o devido processo legal”, alerta o presidente do
Tribunal de Contas, Wilber Coimbra.
Se forem divulgadas
irregularidades por ação ou omissão, as avaliações poderão ser aplicadas aos
responsáveis. O TCE-RO continuará monitorando as unidades para verificar o
cumprimento das recomendações.
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