Quinta-feira, 16 de junho de 2016 - 22h17
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e asma foram os temas abordados no Simpósio de Pneumologia ocorrido na última sexta-feira (10) na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), que contou com a participação do Dr. José Roberto Jardim, pós doutorado em Fisiopatologia Respiratória pela Universidade McGill do Canadá e também do Dr. Aldo de Albuquerque Neto, especialista em Pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo.
Quem deu início ao evento foi o presidente do Cremero, Dr. Cleiton Bach, que agradeceu a presença de todos os estudantes e profissionais da saúde e ressaltou a importância do simpósio que integra o projeto de Educação Médica Continuada. “Muita gente tem essas doenças e desconhecem. Sabemos que o diagnóstico muitas vezes é negligenciado, e consequentemente o tratamento não é ofertado” ressaltou o presidente.
A DPOC é uma doença progressiva que dificulta a respiração e se apresenta com maior frequência nos fumantes maiores de 40 anos de idade. Ela é diagnosticada através de um teste de espirometria, no qual os pacientes expiram profundamente em um tubo conectado a uma máquina que realiza uma leitura da função pulmonar.
“Apesar de ser uma doença inflamatória e progressiva, ela é tratável. Além do tratamento farmacológico existe o tratamento não farmacológico e é aí que entra a importância do exercício físico. Como não existe centro de reabilitação o suficiente nem no Brasil nem no mundo, o ideal é que o paciente pare de fumar ou de ficar exposto a fumaças de lenhas ou de produtos químicos e comece a caminhar quarenta minutos, quatro vezes por semana. O exercício prepara o músculo para viver com menos oxigênio, permitindo a reabilitação pulmonar” explicou Jardim.
O médico palestrante apresentou ainda dados importantes sobre a doença no país. De acordo com ele, a doença ainda é subdiagnosticada no Brasil. 80% das pessoas que tem a DPOC são fumantes. Quatro milhões de pessoas no Brasil tem a doença e 70% delas nem sabem disso. “Sem diagnóstico, elas não terão a chance de receber a orientação adequada” salientou Dr. José Roberto que ainda apontou dados sobre a asma no país. “Dez porcento da população brasileira tem asma. Isso dá um número total de 20 milhões de pessoas asmáticas e só 10% dessa população está com a doença controlada” finalizou.
Tabagismo no Brasil
Segundo Dr. Aldo Neto, algumas pessoas apresentam poucos sintomas da DPOC e a doença tem contribuído diretamente no custo social do mundo. O especialista afirmou que o tabagismo está em queda não só em Rondônia, mas em todo o país. “Isso envolve muitos aspectos que vão desde ao custo do cigarro até a questão das grandes campanhas educativas. Para você ter uma ideia, é considerado tabagista uma pessoa que já tenha fumado 100 cigarros” ressaltou.
Na contrapartida, o portal da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que 100 mil pessoas tornam-se fumantes a cada dia. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da feminina fumam. “Qualquer pessoa, fumante ou não, que apresentem tosse, falta de ar, excesso de produção de escarro ou catarro e outros sinais de dificuldades respiratórias devem imediatamente procurar um médico” finalizou Dr. Aldo.
Fonte: Renata Vannier
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