Terça-feira, 19 de novembro de 2013 - 09h44
Uma pesquisa divulgada recentemente mostra que, nos últimos dez anos, aumentou o estresse entre as mulheres, principalmente as executivas. O estudo foi feito com 14 mil mulheres, entre 2000 e 2013. Além disso, também aumentou o número de casos de doenças decorrentes do estresse, como gastrite, úlcera e hipertensão arterial. Vera Martins, professora e autora do livro Tenha Calma! (Ed. Elsevier), falou sobre os fatores que levam as mulheres ao estresse no trabalho. “Existem três fatores que impactam diretamente no gênero feminino. O cansaço gerado por jornada dupla e, às vezes, tripla que a mulher acumula em suas diversas funções de profissional, dona de casa, mãe e esposa, quando não muito, também de estudante que necessita se atualizar para fazer frente aos seus anseios profissionais. O cansaço se agrava quando o sentimento de culpa se apodera do seu emocional levando a mulher a sentir ansiedade e angústia por não ser competente o suficiente em todos os seus papéis. Essa ansiedade aumenta na medida em que as cobranças pelo “não feito 100%” acontecem por parte do chefe, do marido, dos filhos e do professor”, explica.
A especialista também citou o famoso estereótipo da mulher frágil. “Nesse caso, a mulher ainda deve provar que é tão capaz quanto o homem para gerar resultados na empresa. Isso pesa na mente feminina, levando a mulher profissional a ter maior exigência de si no que tange a qualidade e quantidade de resultados. O pior, muitas vezes acontece, pois ela exacerba na imitação da referência masculina apresentando comportamentos extremamente agressivos, principalmente quando ela assume posições de comando”, comenta.
A autora destacou ainda as necessidades emocionais mais expressivas nas mulheres. “Essas necessidades mais enraizadas se afloram no ambiente de trabalho em função dos dois fatores citados, que, quando não atendidas, provocam emoções e sensações negativas como por exemplo: a sensação de incompetência gerada pelo feedback negativo e agressivo. A mulher, por razões já citadas, sente uma necessidade especial do reconhecimento, que é aquele tapinha nas costas como reforço positivo ou ouvir do seu gestor o quanto ela é valiosa, importante e contributiva aos resultados da área. Ela precisa sentir que está valendo a pena seu esforço em fazer dois ou mais turnos de atividades para cumprir sua missão feminina”, disse.
Para Vera, todos esses fatores formam um ciclo vicioso que se instala na mente da mulher. “O sentimento de culpa por não cumprir com perfeição todos os seus papéis estimula um comportamento agressivo que por sua vez gera culpa e ansiedade e, por fim, o estresse. Esse ciclo emocional, ao se tornar crônico, estimula altas doses de hormônios do estresse no organismo feminino provocando danos físicos já citados na pesquisa e sociais, tais como problemas de relacionamentos e conflitos em casa e no trabalho”, afirma.
Um dos principais conselhos da professora para mulheres que desejam sair dessa situação é tentar ser assertiva. “É importante dar a si o direito de expressar com naturalidade suas opiniões, seus sentimentos e suas necessidades. Pedir e oferecer ajuda estimula a cooperação entre colegas e cria um clima amigável no trabalho. Respirar fundo e contar até 10 também funciona. E principalmente ter uma mente focada na solução ajuda a profissional a ter bons pensamentos, diferente dos profissionais que só pensam no problema e se colocam como vítima. Enfim, sendo bem resolvida e assertiva, a mulher equilibra e resolve as emoções negativas geradoras de estresse e foca em soluções aos problemas de trabalho, aumentando assim sua credibilidade profissional”, comenta.
A especialista afirma ainda que o comprometimento em excesso não faz bem à saúde da profissional e explicou o que fazer quando surgir a vontade de pedir um tempo para o chefe. “Tudo que é excessivo é prejudicial a saúde, pois é exatamente o excesso que gera o estresse. Excesso gera desequilíbrio que por sua vez gera problemas. Existem algumas implicações para uma mulher pedir um tempo. No mundo corporativo, tempo é dinheiro, portanto não pode ser desperdiçado. Por outro lado, a competência emocional é valorizada com mais intensidade no ambiente organizacional, o que pode parecer fragilidade feminina. Assim pedir um tempo pode reforçar um sentimento de fraqueza, sentimento esse que a mulher profissional que tenta parecer forte, jamais quer sentir. Se a mulher tiver esses pensamentos defensivos, nem cogitará de pedir um tempo. Aguentará o tranco. Se a mulher for realmente bem resolvida e resiliente nem precisará pedir esse tempo, pois saberá administrar e equilibrar sua vida profissional e pessoal com resiliência”, explica.
A autora falou sobre as principais atitudes que as mulheres que vivem estressadas devem tomar. “Em primeiro lugar, não queira abraçar o mundo de uma só vez. Dar passos para frente sim, porém de forma planejada e sólida, para ter tranquilidade no desenvolvimento de sua carreira e não deixar de lado, os outros papéis que ajudam a manter seu equilíbrio emocional. É preciso alinhar suas expectativas com seus limites internos, ou seja, não se cobrar além do que pode dar, em cada momento da sua vida. Em segundo, planejar sua vida e ser firme para atuar nos diversos papéis. Assim terá tempo para ir a academia, conversar com filhos e marido, lazer, etc. Saber que ao priorizar a carreira profissional deve criar uma infra estrutura familiar com ajuda de terceiros, boa escola para filhos, bons serviços de profissionais domésticos, etc. Em terceiro, viver intensamente o momento presente, ou seja, seu pensamento deve estar sempre no papel que está vivendo naquele momento. Por fim, ter pensamentos positivos e se perdoar por não ser perfeita em todos os papéis”, finalizou.
Fonte: Iolanda Vieira
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