Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 - 13h24
Desde a semana passada o presidente da Fhemeron, médico sanitarista Orlando Ramires, está mantendo contato com empresários e altos comandos militares para que estes convoquem seus subordinados para atuarem como voluntários na doação de sangue. “Queremos trabalhar com metas de captação de material para os públicos internos e externos”, explica o médico. “Também é muito importante que os doadores que procuram nossos postos continuem doando”, ressalta.
A Fhemeron dispõe de unidades de captação e distribuidoras além de Porto Velho, em Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura, Vilhena e Guajará Mirim, que integram a hemorede, um conceito novo que está sendo implementado na gestão. Partindo deste princípio todas as regionais estão envolvidas em prover o abastecimento onde for necessário. Esse método também põe fim a perda de material. “Uma bolsa de sangue tem validade de 35 dias, quando verificamos a proximidade de seu vencimento, já viabilizamos parte do estoque para onde há maior demanda”, destaca Orlando Ramires.
O presidente da Fhemeron salientou que entregou na Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), um projeto para cobrança das bolsas fornecidas aos hospitais particulares com os custos do Sistema Único de Saúde (SUS). “Em 2012 deixamos de cobrar da iniciativa privada R$ 790 mil, referente às bolsas repassadas”. Ramiro esclarece que a Fhemeron não vai vender o sangue, mas cobrar pela tabela do SUS, o que é determinado pela legislação, as despesas da coleta. Segundo ele, uma bolsa de sangue tem um custo para o Estado de mais de 600 reais, e o que deverá ser repassado pelos hospitais será em torno de 150 reais por unidade. Os hospitais já recebem o sangue fracionado com os hemocomponentes prescritos pelo médico solicitante, como plaquetas, hemácias e outros. Para fracionar, há um custo que até então vem sendo arcado única e exclusivamente pela Fhemeron. “Nada mais justo do que cobrá-los, uma vez que os mesmos já são repassados aos pacientes”, salienta. Estes recursos deverão ser investidos na própria instituição que precisa melhorar a qualidade dos serviços e do ambiente.
Fonte: Alice Thomaz
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