Sábado, 28 de março de 2009 - 18h08
Disfonia ocupacional é um transtorno da voz decorrente da ocupação profissional, provocado ou agravado pelo uso desta no ambiente de trabalho (ruído, poeira, falta de técnicas vocais, mau uso ou abuso vocal) ou por exposição a agentes nocivos como produtos químicos, resíduos industriais, dentre outros poluentes. Os sintomas mais comuns são: cansaço para falar ao final do dia, rouquidão ao acordar, quebras ou falhas do tom, rouquidão, pigarro em excesso, voz fraca, dor ou desconforto laríngeo ao falar.
Muitas são as classes atingidas por problemas vocais decorrentes do trabalho, dentre as quais os professores, leiloeiros, cantores, atores, vendedores ambulantes, advogados, telefonistas, recepcionistas, políticos, líderes religiosos, jornalistas, operadores de telemarketing, mas deve ser incluído todo e qualquer indivíduo que faça uso da sua comunicação vocal como instrumento de trabalho (profissional da voz). Segundo a Academia Brasileira de Laringologia e Voz (2009), 70% da população mundial economicamente ativa dependem de sua voz para desempenhar de suas funções no trabalho.
No Brasil, a maioria dos problemas vocais ocasionados pelo uso ocupacional não recebe a devida valorização por parte dos empregadores e da legislação trabalhista. "Poucas são as empresas e instituições que investem em medidas a fim de garantir a saúde vocal dos trabalhadores. Entretanto, todos os profissionais que necessitam preservar a integridade da sua comunicação devem avaliar e acompanhar periodicamente sua saúde vocal com um médico otorrinolaringologista", orienta a fonoaudióloga Elisangela Hermes, especialista em Saúde Pública, professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas. Segundo ela, o fonoaudiólogo, especialista em voz, poderá não somente contribuir em situações onde já tenha uma alteração vocal instalada, como também prevenir futuras complicações vocais decorrentes da ocupação profissional.
Em 2009, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, a Academia Brasileira de Laringologia e Voz e a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial promovem mais uma edição da Campanha Nacional da Voz. São 10 anos dedicados a esclarecer a população sobre a importância dos cuidados com a voz e da realização de exames preventivos regulares. Dada a sua relevância e graças à iniciativa brasileira, a campanha foi reconhecida internacionalmente e, desde 2003, o dia16 de abril passou a ser o Dia Mundial da Voz. Neste ano, serão desencadeadas ações de conscientização o ano inteiro e por todo país. Em Porto Velho-RO, a Seduc (Secretaria Estadual de Educação), em parceria com a Faculdade São Lucas, realizará palestras educativas sobre higiene vocal aos professores nas escolas da rede estadual. Mais de dois mil profissionais terão acesso aos serviços de fonoaudiologia.
De acordo com Elisangela Hermes, o acompanhamento da saúde do trabalhador deve ser programado e fazer parte de um projeto que reduza e controle todos os fatores de risco, caso contrário poderá não obter os resultados esperados. "O trabalhador deve ser avaliado no momento da sua contratação, anualmente e no momento do seu desligamento da fonte empregadora. O objetivo é documentar e acompanhar a condição prévia e atual de saúde do indivíduo, além de podermos conter ou prevenir o surgimento de um problema maior de saúde", acrescentou.
Elisangela Hermes informou que a voz e a comunicação dos trabalhadores podem ser aprimoradas para que estes obtenham maior resultado em suas ações. Conforme a fonoaudióloga, vendedores com maior capacidade de argumentação e com uma abordagem vocal mais adequada junto ao cliente poderão obter resultados melhores nos indicadores de venda da empresa. "Em outra situação se imaginarmos um professor universitário, este poderá aprimorar sua comunicação e sua interação com os alunos, melhorando o aprendizado e o interesse pelo conteúdo. É importante salientar que a comunicação é uma habilidade possível de ser aprendida e melhorada", acentuou.
Se você é profissional da voz faça a auto-avaliação abaixo e saiba se precisa evoluir no seu processo de comunicação verbal.
Aponte quantas afirmações abaixo você responderia positivamente.
-Fico com a voz rouca e cansada ao final do dia.
-Quando vou falar não sei como minha voz sairá.
-Preciso respirar muitas vezes enquanto falo, pois o ar acaba rápido.
-Sinto muito pigarro e necessidade de tossir e pigarrear constantemente.
-Preciso repetir o que falo para ser compreendido.
-As pessoas pedem para que eu explique novamente o que acabei de falar.
-Preciso gritar para conquistar o espaço de fala em determinados grupos.
-Não gosto da minha voz e/ou do meu modo de falar.
-Acredito que sofro prejuízo profissional por causa da minha voz e/ou fala.
Se você respondeu SIM para alguma destas afirmações, não deixe de consultar um especialista que lhe ajudará a avaliar sua insatisfação.
Conheça os programas de treinamento e assessoria fonoaudiológica da Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas.
Agende seu horário pelo telefone (69) 3211-8037.
Fonte: Chagas Pereira
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