Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Saúde

Gestantes devem reforçar cuidados com o Aedes aegypti, diz Alexandre Padilha



Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Dois casos de microcefalia registrados recentemente na cidade de São Paulo estão sendo investigados por poderem ter relação com o vírus Zika, mas, em ambos, as mulheres apresentaram sintomas da doença no início da gravidez, quando ainda moravam no Nordeste. O secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, disse que a população precisa reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite tanto o vírus Zika quanto a dengue, pois a dengue é potencialmente mais grave para uma gestante do que o vírus Zika.

O secretário disse que, para as gestantes ou mulheres que desejam engravidar,  é preciso reforçar os cuidados, principalmente dentro de casa, combatendo os criadouros do mosquito. “Mais de 80% dos focos de dengue na cidade de São Paulo está dentro da casa das pessoas”, disse. Também é importante que a gestante faça sempre o pré-natal adequado desde o início da gravidez.

"Em relação às mulheres, tanto as gestantes quanto quem pretende engravidar ou planejar a gravidez, o que tenho dito é que a dengue é potencialmente mais grave para uma gestante do que o vírus Zika. Temos relatos de óbitos de gestantes com dengue. Temos relatos de aborto no período de infecção por dengue e de comprometimento do feto. Uma gestante que pega dengue tem um risco maior de ter um caso grave de dengue. Quem é gestante ou planeja engravidar tem de saber que precisa ter cuidados redobrados em relação à dengue. Se tomar cuidados com relação à dengue, ela já estará tomando cuidados com relação ao vírus Zika e à chikungunya”.

Os dois casos de microcefalia registrados na capital paulista, segundo Padilha, são de gestantes vindas de Pernambuco e da Paraíba e que apresentaram sintomas de vírus Zika no início da gravidez, quando ainda moravam no Nordeste. Uma delas deu à luz na semana passada no Hospital Municipal Mário Degni, no Butantã, zona oeste da capital. A outra recebeu o diagnóstico de microcefalia em um exame de imagem.

“As duas têm história clínica sugestiva no início da gravidez, muito antes de virem para São Paulo e por isso há a suspeita”, disse o secretário. No entanto, ele alertou que não há risco de que elas possam transmitir a doença para outras pessoas em São Paulo. “Não existe ligação possível delas [as gestantes] serem transmissoras do vírus Zika para a cidade de São Paulo, porque o período de epidemia é muito curto”, disse.

Segundo o secretário, São Paulo não registrou aumento no número de casos de microcefalia na cidade em 2015. A cidade costuma registrar entre 10 e 15 casos a cada ano e, neste ano, foram notificados 12 casos, o que ele considera dentro da média.

Quanto aos casos de vírus Zika, Padilha disse que a cidade de São Paulo ainda não recebeu nenhuma notificação de transmissão. “Tivemos três casos confirmados de vírus Zika na cidade de São Paulo e foram de pessoas que adquiriram em outros estados do país, sobretudo na Região Nordeste. Temos sete casos que estavam em investigação e não houve confirmação”, disse.

O secretário alerta que, mesmo que ainda não tenha ocorrido a transmissão de vírus Zika na cidade, é importante sempre combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite tanto a dengue quanto o vírus Zika. “Toda cidade que tem o mosquito do Aedes aegypiti tem risco de ter transmissão do vírus Zika e do chikungunya. Por isso a importância de combate ao mosquito, que é a única forma de evitar casos de dengue, vírus Zika e chikungunya”, alertou.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 13 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

TCE-RO fiscaliza hospital e unidades de saúde no fim de semana para melhorar atendimento à população

TCE-RO fiscaliza hospital e unidades de saúde no fim de semana para melhorar atendimento à população

As permanentes inspeções do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) seguiram, na tarde deste sábado (11/1), em unidades de pronto-atendime

Ji-Paraná recebe reforço na saúde com entrega de ambulâncias e insumos hospitalares pelo Governo de Rondônia.

Ji-Paraná recebe reforço na saúde com entrega de ambulâncias e insumos hospitalares pelo Governo de Rondônia.

Demonstrando compromisso com a população e agilidade na resposta às demandas, o Governo de Rondônia realizou, nesta sexta-feira (10), a entrega de d

Centro de Operações de Emergência monitora arboviroses em Rondônia

Centro de Operações de Emergência monitora arboviroses em Rondônia

Para ampliar o monitoramento das arboviroses, orientando a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao

Gente de Opinião Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)